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Xamanismo: saiba mais sobre esta prática

O xamanismo tem ganhado espaço fora das aldeias e cada vez mais pessoas vêm buscando nessa antiga forma de espiritualidade o autoconhecimento e o bem-estar do corpo e da alma

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 out 2016, 00h04 - Publicado em 10 jun 2012, 22h00

Para o xamanismo, é importante manter o corpo saudável e equilibrado e prestar atenção no modo como falamos e agimos
Foto: Getty Images

Entre os índios, o xamã é considerado mágico, médico e vidente. Utilizando as mais diversas técnicas que levam ao transe, é ele que se comunica com as forças ocultas em busca de ajuda para os mais variados problemas. Cura doentes, protege a comunidade, acha objetos perdidos e tem visões. Em geral, exerce um papel político importante na tribo e possui conhecimentos sobre o corpo e sobre elementos da natureza, como ervas e pedras.

Originário da Sibéria, onde, segundo a antropóloga Carmen Junqueira, começou a ser praticado há pelo menos 10 000 anos, o xamanismo não é uma religião. Trata-se de uma filosofia que sofre variações de cultura para cultura, mas que tem como princípio a conexão com outra dimensão do universo. Apesar de as tribos indígenas brasileiras sempre terem praticado o xamanismo, a maioria dos xamãs que atendem no eixo Rio – São Paulo aprendeu os ensinamentos sagrados com os índios americanos e não com os nossos pajés.

Em busca da cura para os males do corpo e da alma

Muito antes do surgimento da medicina moderna, as pessoas procuravam essa forma de espiritualidade para a cura. Antigas culturas acreditavam que os espíritos controlavam tudo, inclusive a saúde e, nesse sistema, o xamã, a pessoa em sintonia com esse mundo, era o grande curador. Quando os membros de uma tribo se sentiam doentes, ele realizava intervenções espirituais para trazer o paciente de volta à harmonia com o mundo sagrado e, assim, curá-lo.

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Ainda hoje, a maioria das pessoas que recorrem a técnicas e ensinamentos xamânicos busca alívio para problemas físicos e emocionais. Envolvendo recursos sofisticados, como o uso de imagens mentais e a interpretação de sonhos, as práticas xamânicas se parecem de certa forma com as psicoterapias contemporâneas.

Os xamãs urbanos

O ressurgimento do xamanismo na cultura moderna ocidental começou nos anos 60 com o aparecimento de uma literatura protagonizada pela figura do xamã. Um dos seus maiores expoentes foi o antropólogo Carlos Castañeda (1925-1998), autor de A Erva do Diabo, de 1968, e de outros best-sellers sobre o tema.

Fora das tribos indígenas, as pessoas que utilizam essas técnicas e participam dos rituais são chamadas neoxamãs. Da mesma forma que os índios, usam instrumentos como o tambor ou o chocalho para provocar o transe e têm visões. A diferença básica é que elas vivem e trabalham em grandes cidades. Ao transferir esse conhecimento tribal para outro espaço, acabam, segundo a antropóloga Maria Helena Villas Boas Concone, misturando elementos de diferentes culturas.

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Entre os povos indígenas, o xamã vive, de certa forma, de um jeito especial. Em geral, tem uma dieta alimentar rigorosa. Come muita pimenta e pouco açúcar e, em alguns períodos, é obrigado a fazer jejum e a praticar abstinência sexual.

Para o xamanismo, é importante manter o corpo saudável e equilibrado e prestar atenção no modo como falamos e agimos. De acordo com os xamãs, toda doença começa com uma energia negativa, que pode ser desde pensamentos até sentimentos como ódio, raiva ou inveja. Por isso, as palavras, assim como as atitudes, são fundamentais. “Em vez de dizer ‘tenho uma dificuldade’, é melhor falar ‘tenho um desafio’ “, ensina a xamã e terapeuta Gláucia Camarinha Stolf, de São Paulo.

Aos poucos, esse tipo de postura nos faz trocar o conflito pela paz interior, o medo pelo amor. Qualquer um de nós, de acordo com ela, pode ser xamã. Basta ter disciplina e disponibilidade para entrar em contato consigo mesmo e com outras dimensões do universo.

 

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