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Treinador de ginástica é afastado por clube após relatos de abuso sexual

Ao todo, 42 pessoas denunciaram abusos físico, moral e sexual por parte do técnico; casos ocorreram ao longo de 15 anos

Por Maria Beatriz Melero Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 abr 2018, 14h48 - Publicado em 30 abr 2018, 14h47

O treinador de ginástica e ex-técnico da seleção brasileira Fernando de Carvalho Lopes foi afastado de suas funções no Clube de Campo Mesc nesta segunda-feira (30). A decisão do clube de São Bernardo do Campo, cidade da grande São Paulo, foi tomada após veiculada reportagem pelo Fantástico, no último domingo (29), em que foram feitas acusações de abuso sexual contra ele.

As denúncias contra Fernando ocorrem desde 2016. Naquele ano, a menos de um mês para o início das Olimpíadas do Rio de Janeiro, o técnico, que na época  treinava o ginasta Diego Hypólito na seleção brasileira, foi desligado de suas atividades pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) após o relato de um ginasta de 13 anos do Mesc sobre abusos sexuais feitos cometidos pelo treinador no jovem.

De acordo com a denúncia, feita pelos pais do menino, além do adolescente de 13 anos, outros meninos menores de idade que trabalhavam com Fernando também foram abusados pelo treinador.

De acordo com reportagem apresentada pelo Fantástico, 42 pessoas disseram ter sofrido abuso físico, moral e sexual por parte de Fernando. Os casos ocorreram ao longo de 15 anos, entre 2001 e 2016.

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Entre as vítimas, está o ginasta Petrix Barbosa, 26 anos, medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011. “Essa pressão psicológica num moleque de 10 anos, 11 anos. Banho junto, espiar. Já acordei com ele, não sei quantas vezes, com a mão dentro da minha calça”, disse Petrix ao Fantástico.

De acordo com as vítimas, Fernando frequentemente pedia para ver e tocar nos órgãos genitais dos meninos alegando que examinava o nível de desenvolvimento de hormônios a fim de estabelecer os treinos dos ginastas.

Ao Fantástico, o treinador negou as acusações. “Nunca fui um técnico legal. Eu fui um técnico sempre muito rigoroso, às vezes até demais. E acho que, por outro lado, eu tive um problema de ser um cara que muitas vezes misturei, de achar que eu era mais do que um técnico. Acho que eu podia ser um amigo, podia ser um pai, que podia ser qualquer outra coisa. Então, isso talvez tenha dado uma margem de interpretação errada para cada um deles. Mas a ponto desse tipo de acusação, eu não tenho o que falar, acho que eles vão ter que provar”, disse.

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O clube Mesc afirma nunca ter sido notificado sobre o comportamento de Fernando e informou que desde a denúncia feita há dois anos, o treinador havia sido realocado para cumprir serviços administrativos dentro da empresa.

Leia mais: Caso Valentina: como falar sobre assédio sexual com as crianças?

 

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