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Suicídio é epidemia silenciosa que mata uma pessoa a cada 45 minutos

O aumento dos casos entre jovens de 15 a 29 anos exige reflexão. Segundo a OMS, 90% das mortes podem ser evitadas se os sinais de alerta forem percebidos

Por Lia Rizzo
Atualizado em 12 jun 2018, 14h39 - Publicado em 8 jun 2018, 14h02

Aos onze anos César* senta com os pais. Estudioso, ele sonha em ser médico. Pede para ser transferido para uma escola em que ser muito dedicado nas aulas não seja motivo de bullying, como acontece no seu colégio. Quer mais desafios, um ambiente que o estimule. Gostaria de frequentar uma universidade internacional, como a americana Harvard. O idioma não seria um impeditivo, pois César nasceu nos Estados Unidos e é fluente em inglês. Juntos, os três analisaram as opções e escolheram uma das mais tradicionais instituições de ensino da cidade de São Paulo, conhecida pelo rigor das avaliações, alto índice de aprovação dos alunos em bons vestibulares e mensalidades caríssimas. Com o passar dos anos, César parece se adaptar, até entrou para um grupo de trabalho voluntário no Hospital das Clínicas. Introspectivo, passa o tempo livre entretendo crianças internadas para tratamento de câncer.

O pai não sabe precisar quando, mas em algum momento da trajetória promissora, o comportamento de César começou a mudar. Por alguma razão, o menino quieto e aplicado se tornou um rapaz ansioso, às vezes agressivo, e relaxado na escola. Levaram-no para um tratamento com psicoterapeuta. A mãe chegou a propor uma mudança, mas o menino resistiu a trocar de escola ou a fazer uma pausa para lidar com o emocional abalado. Achava que atrapalharia os planos de ser médico. Até que no dia 8 de maio, a angústia ficou maior que o sonho. Aos 16 anos, César se matou enquanto a mãe e o irmão mais novo dormiam nos quartos ao lado. Na carta em que deixou, admitiu que a pressão na vida escolar era grande demais. Para o irmão mais novo, legou seus pertences. Para os pais, a confissão de que já havia tentado dar fim à sua vida outras vezes.

Nas semanas seguintes, outros três casos de adolescentes que tiraram a própria vida vieram à público. Todos estudantes de escolas de elite, com acesso a oportunidades. Em um cenário em que tudo parecia tão bem, o que teria levado esses garotos a abreviarem sua existência?

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Epidemia silenciosa

A cada 45 minutos uma pessoa se mata no Brasil. Os idosos são as principais vítimas, mas é entre os jovens que ganha contornos de epidemia. Neste grupo, os índices crescem em níveis preocupantes – de 1980 a 2014, a alta foi de quase 30%. No primeiro boletim epidemiológico sobre o assunto, divulgado em 2017 pelo Ministério da Saúde, o suicídio consta como a quarta maior causa de morte entre brasileiros de 15 a 29 anos.

Na última sexta (8), o chef, escritor e apresentador Anthony Bourdain, 61 anos, foi encontrado morto em um quarto de hotel na França. Dias antes, na terça-feira (5), a estilista Kate Spade, 55 anos, se enforcou em seu apartamento em Nova York.

A medicina descreve o ato como uma série de condições e manifestações comportamentais ligadas à autodestruição. Geralmente, vai além de um impulso para colocar fim em um sofrimento insuportável. Antes de tirar a própria vida, muitos suicidas passam por diversas fases de ideação da morte. Fazem planos, cometem autoagressões, passam para as tentativas até chegar ao êxito. E por se tratar de um processo, a Organização Mundial da Saúde estima que 90% dos casos poderia ter outro desfecho.

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“O suicídio é potencialmente evitável. Apenas um percentual pequeno não tem relação com patologias mentais, identificadas ou não, que poderiam ser tratadas”, explica o psiquiatra e pesquisador Bruno Mendonça Coêlho, especializado em infância e adolescência, que no fim de 2017 concluiu estudo dos traumas na infância e sua relação com transtornos mentais e suicídios. As doenças mentais, principalmente os transtornos de humor, são o maior fator de risco para o suicídio – estão presentes em 87,3% dos casos.

“Mas ninguém se mata por uma única razão. O evento que desencadeou a reação deve ser analisado junto ao histórico do indivíduo, sua personalidade e fatores associados”, completa Bruno. Em sua pesquisa, ele se aprofundou em um aspecto que só há pouco ganhou atenção no Brasil, a exposição às adversidades precoces, experiências traumáticas ou ausência de circunstâncias positivas durante a infância que podem resultar em transtornos ou potencializar vulnerabilidades genéticas já existentes. Entre adversidades precoces, estão abuso emocional, sexual ou agressão física, assim como os efeitos decorrentes de um ambiente familiar disfuncional, tais quais morte de um dos pais, encarceramento, histórias de alcoolismo ou abuso de drogas ou ainda convivência entre familiares com depressão crônica, psicose ou comportamento suicida. Bruno explica que esses estresses produzem consequências a longo prazo, marcando profundamente o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo e deixando-o mais propenso a certos comportamentos. Um diagnóstico clínico correto de transtornos mentais existentes e de outros fatores de risco se faz fundamental para orientar a prevenção em casos de suicídio.

Há cinco anos, Marcella Sousa, 20 anos, acompanhou a dolorosa separação dos pais após duas décadas de casamento. O pai, que era porteiro do prédio onde a família morava, deixou sua mãe e ela para viver com outra mulher mais jovem. Elas então, foram despejadas pelo síndico do lugar onde viviam. “Tivemos duas semanas para achar um novo lugar. Minha mãe chorava todos os dias. Eu ignorava meus sentimentos para cuidar dela. Achava que ela tinha direito de estar deprimida, mas eu não”, conta a carioca, que passou a ser consumida pela dor que só crescia. Nos meses seguintes, chegou a pesar 36 quilos. Aos 16 anos, tentou o suicídio pela primeira vez durante uma visita ao pai. “Pensava nisso eventualmente, mas a ideia ficou frequente mesmo quando eu estava bem. Subi ao terraço do edifício decidida a me jogar. Fui salva pelo meu namorado, que percebeu a intenção e me segurou”, lembra-se. “E aí, ele contou para minha família”.

Marcella resistiu a falar com os pais. Não queria se tornar um fardo. Deprimida, desde os últimos anos do colégio, empreendeu enorme esforço emocional para se formar. Ao perceberem a angústia da filha, a família procurou terapias holísticas e homeopatia. Depois, um psicólogo, que a encaminhou para um psiquiatra. “Os medicamentos me fizeram sentir ótima, a princípio. Só que, em seguida, piorou terrivelmente. Sentia uma dor quase física.” Foi diagnosticada com ansiedade e crises de pânico e teve os remédios trocados.

Quando achou que estava melhor, Marcella suspendeu o tratamento por conta própria. O pânico voltou intercalado a episódios de automutilação. No dia 18 de abril, tentou colocar fim à própria vida novamente. “Escrevi cartas para meus pais, amigos e namorado. Beijei os meus bichos, vesti uma camisa e me deitei. Me sentia bem por finalmente estar me livrando daquela dor”, conta. Foi uma amiga, de quem se despediu contando o que faria, que acionou o socorro em tempo.

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Depressão aumenta 20 vezes o risco

Muitos jovens cogitam se matar ou praticam autolesão em algum momento da vida. “A adolescência é um período de grandes mudanças hormonais e comportamentais. Então é natural que a impulsividade aumente e influencie atitudes”, comenta o psicoterapeuta Marcelo da Rocha Carvalho, especialista em terapia comportamental infantil. Marcella estava com depressão grave, o que aumenta em 20 vezes o risco de morte, e tinha também personalidade impulsiva. A combinação se converteu em um quadro de vulnerabilidade ao qual a jovem sucumbiu.

Larissa Carneiro Pimentel, 29 anos, identifica algumas das mesmas características no irmão, Fernando, que se suicidou há três meses, semanas antes de completar 28 anos. “Para o Nando não existia meio-termo, tudo era oito ou oitenta”, relata a advogada mineira. A família ainda tenta reconstruir os momentos que antecederam o falecimento do rapaz e entender a decisão de dar fim a sua vida. Motorista de ambulância, nas horas vagas ele gostava de andar em sua moto pelas ruas de Buritis, no interior de Minas Gerais, onde vivia. Começou três cursos na faculdade e não concluiu nenhum. Era descrito como brincalhão e festeiro. “Minha mãe se preocupava com ele, mas quando o Nando chegava, enchia qualquer ambiente com sua vivacidade”, lembra Larissa, que acrescenta que o irmão tinha horror a suicídio e chegou a salvar uma pessoa próxima a ele.

Fernando se revelou homossexual para a mãe e a irmã aos 18 anos. Nunca teve coragem de contar ao pai, apesar de serem próximos. O segredo foi descortinado no dia da morte, já que foi o ex-companheiro, de quem se separara alguns dias antes, quem encontrou seu corpo. Para Larissa, o irmão não tinha diagnóstico de doença mental. “Ele chegou a ir a um psiquiatra para entender sua sexualidade, mas não seguiu com as consultas. Porém, sempre sofreu muito com o término de seus namoros e até se cortou após uma briga com um ex-parceiro”. No último relacionamento, tentou reatar de toda forma. Larissa acredita que Fernando tenha buscado um remédio definitivo para sua tristeza e desilusão, quando percebeu que a reconciliação não aconteceria.

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“Nem todos os suicidas estão obviamente deprimidos”, alerta Bruno. No entanto, alguns comportamentos podem ajudar a identificar a predisposição ao risco de suicídio. Há três perfis que acendem o alerta: o derrotista, o excessivamente pessimista e o incapaz de lidar com problemas, como se cada nova adversidade trouxesse a percepção de se estar acuado. Marcelo completa: “Se o indivíduo está fragilizado mentalmente, nos casos em que há um fator precipitante como o fim de um namoro, a sensação de que a vida fica pior leva a buscar uma solução definitiva para um problema que seria temporário, mas que ele não enxerga como tal naquele momento”.

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Estudos baseados nas chamadas autópsias psicológicas, que investigam relações próximas à vítima após a sua morte para entender o ambiente em que ela vivia, mostram que entre 47% e 74% dos adolescentes e jovens que se mataram apresentavam comportamentos que se enquadrariam em algum transtorno psiquiátrico. Enquanto em adultos é raro não haver um diagnóstico preciso de desordem mental, entre pessoas mais novas é comum que os sintomas tenham sido interpretados como um problema de conduta. A literatura médica aponta que, não raro, nestes casos em que não existe o diagnóstico certeiro, são relatadas outras questões como homossexualidade, indicadores disfuncionais de personalidade e perdas recentes, pouco antes da tentativa.

Da mesma forma que Marcella, Fernando chegou a avisar algumas pessoas sobre o que estava prestes a fazer. Em um grupo de Whatsapp formado por amigos, manifestou sua intenção e encaminhou imagens da preparação. Ninguém acreditou que o rapaz, que há poucas horas conversava alegremente em uma mesa de um bar, pudesse levar a cabo a ideia de se executar naquela mesma madrugada. Em ambas as histórias, o pedido de socorro disfarçado de aviso corrobora com outra constatação, a de que a maioria das pessoas que comete suicídio deu sinais de seus objetivos, as vezes muito claros, mas não foram levadas a sério. “E ainda que possa parecer que o indivíduo deseja morrer e está ciente de que não há mais volta, o comportamento suicida é, em geral, ambivalente. Esta pessoa na verdade pode estar tentando desesperadamente viver, mas não consegue encontrar soluções para o que a aflige”, afirma Bruno. A ambiguidade se faz presente também quando a reincidência da tentativa ou o suicídio efetivo ocorrem nas semanas após uma prévia, os chamados “dias de melhora”. Uma em cada quatro pessoas tentará novamente no ano seguinte e mais de 1/3 dos suicidas mantém a ideação por pelo menos uma década.

Ao se mudar do interior do Ceará para Fortaleza após se casar, Vanessa, 21, se candidatou a uma vaga em uma grande varejista considerada uma das melhores empresas para se trabalhar. Usaria as economias para comprar uma casa com mais espaço para seu cachorro de estimação, a quem considerava um porto seguro. A realidade que encontrou ao ser contratada foi bem diferente do que esperava. Viu-se em um ambiente abusivo, onde situações de assédio moral eram constantes e tratadas com trivialidade. Tanta pressão provavelmente estimulou a depressão que, ela acredita, começou em junho do ano passado. Quando, em novembro daquele ano, seu cão faleceu, ela piorou. Em meio a uma forte crise de ansiedade, no mês seguinte decidiu atear fogo ao próprio corpo. O marido, que sempre lhe telefonava quando estava a caminho de casa, foi quem conseguiu frustrar a primeira tentativa. “Encharquei meu corpo de querosene e estava com o isqueiro na mão quando o atendi. Conforme conversávamos, fui me arrependendo. Ainda assim, achava que não tinha como voltar atrás.” Nesta época ela já fazia tratamento com uso de medicamentos, mas não aceitava a terapia com psicólogos.

Pouco tempo depois, fez uma nova tentativa. Hostilizada pelos colegas de trabalho ao entregar um atestado médico, decidiu que pularia do estacionamento do shopping onde fica a loja. Foi salva por uma desconhecida, que percebeu seu abalo e a impediu de saltar. Somente no hospital, a jovem se deu conta do que havia pensado em fazer e finalmente aceitou começar a terapia. A partir de então, o marido adotou uma série de medidas preventivas. Tirou do alcance de Vanessa objetos que pudessem feri-la e medicamentos. Também passou a acompanhá-la mais de perto. E foi dentro de casa, mesmo após esses cuidados e quando parecia estar se recuperando, que Vanessa fez sua terceira tentativa de suicídio em cinco meses, bebendo a água sanitária que encontrou no banheiro, enquanto o esposo recebia suas sobrinhas para uma visita. Levada às pressas para o hospital, ela passou por uma lavagem estomacal e novamente se salvou.

Sinais de alerta

A intencionalidade é algo difícil de se avaliar, visto que o desejo de morrer nem sempre é explícito. Até para os médicos os protocolos existentes ainda são pouco específicos. “É necessário trabalhar com dois conceitos, a especificidade e a sensibilidade, dentro de uma avaliação global que inclui questões biológicas, psicológicas, de personalidade e de ambiente”, diz Bruno. “Daí a importância de se conhecer todos os indícios que podem sugerir a ideação e o grau dela. Uma tentativa leve pode mascarar um alto grau de intenção, principalmente entre crianças e adolescentes mais jovens, que nem sempre têm noção da letalidade do meio usado”, complementa.

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A Organização Mundial da Saúde destaca como sinais de alerta o crescente desinteresse com o próprio bem-estar, mudanças no convívio social, dificuldades ou queda de rendimento na escola ou no trabalho, alterações de apetite, sono excessivo ou insônia recorrente, fixação em assuntos relacionados à violência e à morte, aumento ou início de comportamentos perigosos ou promíscuos e súbita melhora em quadros depressivos moderados ou graves. Considerando que na infância as crianças são naturalmente exploratórias, Marcelo acrescenta como pontos de atenção humor mais choroso, intolerância a frustrações, indiferença e baixa motivação para atividades que chamariam a atenção de qualquer pequeno. Da mesma forma, na adolescência é preciso observar quando alguém é muito diferente da média dos jovens. “Vejo muitos pais que usam o rendimento do filho na escola como parâmetro de bem-estar. Então, se ele tem boas notas, tudo bem que esteja se isolando socialmente, por exemplo. O que é uma interpretação bastante equivocada quando falamos de comportamento”, exemplifica o terapeuta.

Da infância para adolescência, as taxas de mortalidade crescem, o que seria justificado não apenas pela maior consciência da letalidade, mas pelo ganho de autonomia conforme a supervisão dos cuidadores vai afrouxando. Os fatores de risco para as faixas etárias mais jovens são divididos em dois grupos, o de predisposição, que aumenta o risco de se matar, e o de precipitantes, que podem potencializar a ideia. No primeiro, estão os transtornos psiquiátricos, tentativas anteriores de dar fim à própria vida, história familiar de transtorno de humor ou comportamento suicida, ocorrência de abuso sexual ou físico e exposição a violência, além de fatores biológicos. No segundo, destacam-se os meios, uso de álcool e drogas, exposição ao suicídio de amigos ou familiares e mesmo na mídia, estresse e isolamento social.

Entre as desordens mentais, há um grupo de transtornos mais comuns a suicidas: o de humor, que inclui depressão e bipolaridade, a esquizofrenia (uma psicose), e os associados ao uso de substâncias como álcool ou drogas. “Lembrando que, apesar da prevalência de doenças mentais na maior parte dos casos, a presença de transtornos mentais não é uma sentença de morte. Isoladamente, eles não explicam um comportamento suicida especialmente nas faixas etárias mais jovens”, lembra Bruno. Ele se torna o principal fator de risco quando converge com uma série de fatores, tendo o suicídio como o pior desfecho.  Por isso, de novo, medidas singulares não são eficazes na prevenção e no tratamento.

Sintomas da nova era

A partir de 2011, a notificação de mortes por suicídio passou a ser obrigatória. O que talvez seja uma das justificativas para o aumento das estatísticas. Entretanto, há um consenso entre a classe médica sobre o fato de que adolescentes e jovens adultos nunca estiveram tão deprimidos e tão imediatistas. “A felicidade eterna não existe e esses adolescentes precisam ser preparados para lidar com frustrações e sofrimentos. Porém, desde muito cedo tendemos a deslegitimar a dor. Um exemplo simples é quando, ao cair, uma criança escuta que não foi nada ou não precisa chorar. Se doeu, é claro que pode chorar, para começar a criar consciência de que o sofrimento é temporário, o joelho sara e isso faz parte da vida”, explica o psicólogo  Marcelo Carvalho.

Nesta nova era, as redes sociais funcionam como o oásis no deserto. Ali todos são felizes, bonitos e populares, quando no mundo real a vida é muito mais ordinária, ninguém se sente bem o tempo inteiro e há  dias ruins eventualmente. Outra característica dos dias atuais é a pressão crescente para ser bem-sucedido. As cobranças começam cada vez mais cedo e os jovens precisam batalhar cada vez mais por espaços cada vez menores. É um papel dos pais, e também dos meios que contribuem para a formação do adolescente, questionar suas escolhas e dar liberdade para ele se encontrar e se conhecer.

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O excesso de liberdade, em contrapartida, não é considerado saudável. Por mais espaço que os pais queiram dar, é importante que os filhos saibam que podem contar com eles, que estão por perto e vigilantes. Uma preocupação que cabe principalmente em episódios de separação, quando os laços sociais podem ser diminuídos. A patrulha é fundamental ainda nas interações de crianças e adolescentes com o mundo virtual. Não se trata de invadir a privacidade, mas controlar acesso a redes em que estranhos possam contatá-los ou a dispositivos suspeitos. “Um aplicativo que incentiva o suicídio não é o que leva um indivíduo a se matar, mas pode ser um importante fator precipitante”, afirma Marcelo.

Por fim, o grande alerta de especialistas é estreitar cada vez mais os vínculos familiares, valorizar situações simples como um jantar em que todos conversem sem a TV ligada, uma rotina que limite o contato com redes sociais e internet e estimule atividades off-line.

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