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“Sonho acabou da pior forma”, diz noivo de vítima de helicóptero

Para surpreender o noivo Udirley Marques, Rosemere iria à cerimônia de casamento de helicóptero. Durante o trajeto, a aeronave caiu e ninguém sobreviveu

Por Da Redação
Atualizado em 6 dez 2016, 19h27 - Publicado em 6 dez 2016, 18h07
 (Reprodução/Reprodução)
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O chaveiro Udirley Marques Damasceno, de 34 anos, chegou meia hora mais cedo ao local da cerimônia de seu casamento, um sítio chamado Recanto Beija-Flor em São Lourenço da Serra, interior de São Paulo. O noivo esperava que Rosemere do Nascimento da Silva, de 32, também se arrumasse por lá.

“Eu estava tranquilo, coloquei a gravata e fui para o altar esperá-la”, relatou Damasceno, à VEJA SÃO PAULO. Ele ainda não sabia que noiva havia decidido fazer uma surpresa e alugara um helicóptero para chegar à festa.

“Quando deu quatro horas da tarde, começaram a organizar a fila dos padrinhos. Eu já estava lá com a minha mãe. Minha filha de 6 anos, fruto do meu primeiro casamento, era a daminha de honra. Nesse momento fui avisado pelo cerimonialista que a Rosemere chegaria de helicóptero mas que, devido ao mau tempo, se atrasaria. Meia hora depois, o dono do espaço me chamou em um canto e informou que a aeronave havia caído, mas que não tinha informação de vítimas. Depois disso chegou a notícia derradeira e foi uma choradeira só. Imagina 250 pessoas chorando desesperadamente”, narrou.

O baiano, que vive em Taboão da Serra há 11 anos, lembrou com carinho das surpresas de Rose. “Ela era detalhista, fez tudo para festa com muito amor, desde os preparativos até os enfeites. E gostava de pensar em surpresas para mim. Infelizmente essa última não pôde ser concretizada”, lamenta.

O casal namorava desde 2015, mas se conhecia há 3 anos. “Frequentávamos a mesma igreja. Depois de algumas trocas de olhar, começamos a namorar. Mas não sem antes eu falar com o irmão dela, que infelizmente decolou junto”.

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O irmão dela era Silvano Nascimento da Silva, de 40 anos, que também foi vítima do desastre. “Por ter perdido o pai muito cedo, era a principal referência masculina dela. Ele nos ajudou muito para realizarmos nosso sonho, que infelizmente acabou da pior forma possível”, relata.

A casa já estava mobiliada e pronta para a chegada do casal. “Nem sei o que fazer com os presentes. Vou deixar para a mãe dela decidir. Podemos doar para minha cunhada, irmã mais nova da Rosemere, que vai se casar no ano que vem”, reflete.

Agora, a Polícia Civil e a Aeronáutica investigam as causas do acidente. O delegado Albano Fernandes acredita em mau tempo e possível falha humana. Outras duas pessoas também morreram no acidente. Os irmãos Nascimento foram sepultados juntos, na segunda (5), no cemitério Parque dos Ipês, em Taboão da Serra. Já nesta terça (6), o corpo da fotógrafa Nayla Cristina, que estava grávida de 6 meses, foi enterrado em Itapecerica da Serra, e o do piloto Peterson Pinheiro, em Suzano.

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