“Só podia ser coisa de preto”, diz professor à aluna negra
A agressão aconteceu em uma escola estadual de Rio Verde, em Goiás
Depois de saber que não era a única vítima, uma aluna de uma escola estadual de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, foi à polícia, na última sexta-feira, dia 27, denunciar os ataques racistas que sofreu pelo professor em sala de aula.
A adolescente de 14 anos diz que ele fazia “brincadeiras” e “micagens” atrás dela, a responsabilizava pelos sumiços de materiais por se tratar de uma negra, além de comemorar os dias que ela faltava na aula.
“Quando eu virava as costas, ele fazia brincadeiras e micagens atrás de mim. Quando eu faltava na escola, ele se ajoelhava no chão e falava graças a Deus que eu não tinha ido, aí os colegas me contavam. Aí um dia uma caneta sumiu e ele achou perto de mim, aí ele disse que isso só podia ser coisa de preto mesmo”, relatou a estudante em entrevista ao G1.
Outro colega, da mesma sala, também denunciou o professor que ameaçava tirar notas dos alunos que contassem à diretoria sobre as agressões. A polícia investiga o caso e, segundo a Seduce (Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte), o professor foi exonerado.
#MaisAmor
Por aqui, acreditamos que tal postura, tanto na internet quanto em qualquer outro ambiente, é extremamente ofensiva e inadmissível. O racismo e a incitação ao ódio são crimes e nada têm a ver com liberdade de expressão.
É por isso que a CLAUDIA de dezembro é uma edição-manifesto por menos ódio, violência e intolerância. Quem sabe assim, poderemos celebrar um 2016 com mais amor e humanidade.