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Se tivesse mais 40 segundos, teria salvo, diz bombeiro sobre morador

Ele voltou para ajudar mulheres e crianças a saírem do prédio em chamas, contam testemunhas

Por Da Redação
1 Maio 2018, 21h46

O sargento Diego, bombeiro que colocava o equipamento de segurança em um morador quando o edifício desabou no centro de São Paulo, disse que, se tivesse mais 30 ou 40 segundos, teria conseguido salvá-lo. “Na hora que a gente ia retirar, o prédio caiu e a corda não aguentou o peso”, disse ele ao G1. O sargento Diego orientava o rapaz, chamado Ricardo, que agora é considerado desaparecido. “Ele dizia: ‘Me tira daqui por favor’, e eu respondi: ‘Calma, confia em mim'”, lembra o bombeiro. A corda e o cinto usados pela vítima foram achados nos escombros do prédio.

Os bombeiros fizeram um buraco em outro prédio para chegar até a laje de um edifício vizinho ao que foi incendiado. “Perguntei o nome dele, parece que era Ricardo. Não deu para ouvir, tinha muito barulho”, explicou. Moradores da ocupação também disseram que ele se chama Ricardo, tem cerca de 30 anos e é conhecido pelo apelido de Tatuagem.

Segundo moradores ouvidos pelo G1, Ricardo já tinha saído do edifício, mas voltou para ajudar mulheres e crianças, principalmente dos andares mais altos. “Muitas mulheres moravam sozinhas e havia crianças. Ele voltou para ajudar no resgate dessas famílias”, diz Gerivaldo Araújo, de 42 anos, morador e antigo porteiro do prédio. Ricardo vivia no prédio de 24 andares na região do Largo Paissandu havia quatro anos, onde era coordenador do nono andar _cada pavimento tinha um responsável.

Bombeiro tenta resgatar morador segundos antes de prédio desabar em São Paulo (Reprodução/Rede Globo)

O prédio, que já abrigou a sede da Polícia Federal, pegou fogo na madrugada desta terça (1). As chamas também atingiram um edifício vizinho. Cerca de uma hora e meia depois do incêndio começar _ainda não há pistas do que aconteceu_, a torre ruiu. O local era uma ocupação irregular, e moradores afirmam que o fogo começou por volta da 1h30 no 5º andar e se espalhou rapidamente pela estrutura.

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Habitavam o prédio 372 pessoas, de 146 famílias, segundo o Corpo de Bombeiros. Dessas, 44 pessoas ainda não foram localizadas _o que não significa necessariamente que todas estivessem no prédio na hora da tragédia.

 

Leia mais: como ajudar as vítimas do prédio que desabou

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