Roger Abdelmassih está à beira da morte, afirma esposa
Larissa Sacco tenta defender que o marido continue cumprindo a pena em regime domiciliar em razão de seu estado de saúde
Larissa Maria Sacco Abdelmassih, mulher e advogada do ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a mais de 100 anos de prisão pelo estupro de várias pacientes, afirma que seu marido está à beira da morte.
Atualmente, Roger cumpre a pena em regime domiciliar. A informação foi dada ao Departamento Estadual de Execução Criminal (Deecrim), que apura supostos favorecimentos ao criminoso.
De acordo com relato feito pelo jornalista, detento e ex-prefeito de Ferraz de Vasconcelos Acir Filó, autor do livro Diário de Tremembé – O Presídio dos Famosos, o ex-médico teria forjado problemas de saúde para poder cumprir parte da pena em casa. A acusação foi reforçada por Carlos Sussumu Hasegawa, um médico e empresário acusado de sonegação fiscal.
Larissa afirma que tal acusação é falsa e que Carlos Hasegawa não pode avaliar o quadro de saúde de Abdelmassih porque o acompanhou por pouco tempo enquanto era médico do presídio e não por dois anos, como ele afirma.
“O prontuário médico oriundo da Penitenciária II de Tremembé/SP deixa bem claro quais as datas em que Roger foi atendido pelo senhor Carlos, e o que este senhor fez ou deixou de fazer. Após avaliação de rotina, não prescreveu medicamento ou tratamento algum, limitando-se apenas a recomendar a Roger a ingestão de líquidos e a continuar com seus medicamentos de uso regular”, afirma Larissa.
“Roger recebeu auxílio do detento/médico senhor Carlos por apenas dez oportunidades, e em nenhuma delas este senhor gastroenterologista prescreveu medicamentos para serem tomados fora do ambiente da enfermaria, o que faz cair por terra sua afirmação de que ‘eu prescrevia, se ele tomava, eu não sei”, completou a advogada.
Atualmente, a esposa-advogada tenta convencer a Justiça de que seu marido merece continuar cumprindo o regime domiciliar em razão de seu estado de saúde. “Como de conhecimento, Roger, de fato, entrou em coma e quase faleceu – aliás, está à beira da morte. Foram três os laudos médicos oriundos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, durante internação do reeducando Roger na UTI, após colocação de stent em uma de suas artérias que estava entupida, constatada, aliás, por exames”, conclui na petição.
Por fim, a esposa de Roger negou que fizesse visitas íntimas ao marido quando ele, teoricamente, já estava muito doente.
Relembre o caso
Conhecido por ser um dos principais especialistas em reprodução assistida do país, ele foi acusado de estupro por diversas pacientes. A primeira denúncia chegou ao Ministério Público em abril de 2008, vinda de uma ex-funcionária do ex-médico. Depois, dezenas pacientes com idades entre 30 e 40 anos revelaram os abusos sexuais sofridos dentro da clínica. Além das investidas em momentos a sós, sem companheiros ou enfermeiras, três mulheres foram molestadas após a sedação.
Foram 3 anos foragido até a deportação do Uruguai e a prisão em 2014. Em 2010, Abdelmassih foi condenado em primeira instância a 278 anos de prisão pela série de estupros. Por conta da prescrição de alguns crimes, a pena caiu para 181 anos em 2014.
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