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Roger Abdelmassih deixa prisão domiciliar e volta à cadeia

Condenado a 181 anos de prisão por 48 estupros de 37 pacientes, o ex-médico foi levado neste sábado para a prisão de Tremembé, a 150 km de São Paulo

Por Roberta Tinti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 18 fev 2020, 12h42 - Publicado em 1 jul 2017, 18h21
 (Marcelo Chello/CJPress/Estadão Conteúdo/Reprodução)
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Roger Abdelmassih, 74 anos, voltou ao presídio de Tremembé a pedido do Tribunal de Justiça para que ele cumpra sua pena de 181 anos na prisão. O ex-médico deixou na manhã deste sábado (1º) o apartamento nos Jardins, Zona Oeste de São Paulo, onde há uma semana cumpria prisão domiciliar por conta de problemas de saúde.

Segundo o G1 e reportagem da GloboNews, às 6h20 os polícias deixaram o prédio onde mora a mulher de Abdelmassih e seguiram ao Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), no centro da cidade. Durante o trajeto, ele chegou a passar mal. Logo após, foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para um exame de corpo de delito e, então, perto das 11h, ele seguiu para a penitenciária de Tremembé.

Leia mais: Violência doméstica contra a mulher: quando você pode – e deve – acionar a justiça

O ex-médico foi condenado a quase dois séculos de prisão por 48 estupros de 37 pacientes, mas, por conta de complicações cardíaca e pulmonar, havia conseguido permissão para cumprir a pena em regime domiciliar. Seu advogado, Antonio Celso Fraga, ainda havia pedido indulto humanitário, que perdoa a pena de presos com problemas graves e permanentes de saúde. No entanto, foi negado pela Justiça.

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Fraga, agora, diz que entrará com um pedido de habeas corpus o mais rápido possível porque considera “certa a soltura do doutor Roger. Não há risco de evasão, embora tenha tido um incidente no passado”, referindo-se ao episódio da fuga de Abdelmassih em 2011 para o Paraguai.

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O advogado do ex-médico ainda reitera que seu cliente se esquece de tomar os remédios porque sofre de demência. “O doutor Roger apresenta constantemente falta de lucidez. Ele esquece das coisas, ele esquece nome, está com dificuldade em relação a horário. Isso que o neurologista falou de estado confusional que já é o início de demência. E uma pessoa demente, obviamente, nessas condições não tem condições de se automedicar”, afirmou o profissional ao portal.

Leia mais: Em 75% dos casos de estupro, o autor do crime é próximo à vítima

Luiz Marcelo Negrini, promotor, disse ao G1 que não existe prisão no país que tenha condições de disponibilizar tratamentos de doenças graves. Porém, ele não concorda com a decisão de progressão de regime concedida ao ex-médico no último dia 21 porque Abdelmassih não havia cumprido pena suficiente. “Se a unidade não tem condições, ela presta assistência e leva o condenado ao hospital. E isso estava sendo feito, tanto é que ele foi internado diversas vezes. Se ele não estivesse sendo assistido, aí seria outra história”, informou Negrini.

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