Por causa de dívida, museu de Santos Dumont fecha
“Vamos fechar antes que aconteça o mesmo que aconteceu com o Museu Nacional, no Rio”, anunciou a curadora Mônica Castello Branco
O Museu de Cabangu, que funciona na casa onde nasceu Santos Dumont, em 1873, no município que leva seu nome, em Minas Gerais, anunciou que fechará suas portas. Cheio de dívidas – débitos somam R$ 150 mil -, o espaço recebeu neste domingo, 13, seus últimos visitantes.
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Com estrutura deteriorada e o acervo ameaçado, o museu encerra as atividades após ter exibido por 70 anos importante coleção de cartas, fotografias, documentos, roupas e móveis do “pai da aviação”.
“Vamos fechar antes que aconteça o mesmo que aconteceu com o Museu Nacional, no Rio”, anunciou a curadora Mônica Castello Branco, filha do fundador. Ela se referiu ao museu carioca, que foi destruído por um incêndio na noite de 2 de setembro de 2018.
Mônica atribui o fechamento aos atrasos na subvenção da prefeitura, de R$ 12,6 mil mensais. Alegando falta de repasse de verbas estaduais devidas ao município, a prefeitura suspendeu os pagamentos em agosto. “Já havia atrasos anteriores e a dívida foi se acumulando pelos juros e encargos.”
Histórico de dificuldades
Esta não foi a primeira vez que o museu fechou as portas por problemas financeiros. Em fevereiro de 2018, quando lançou a campanha “Somos Todos Museu Cabangu”, o local fechou as portas e foi reaberto após mais de uma semana sem atividades. Na época, a Prefeitura Municipal de Santos Dumont anunciou em seu perfil no Facebook que foram pagos dois dos seis meses de salários atrasados dos quatro funcionários da instituição.
Segundo publicação da Exame, o secretário de Administração de Santos Dumont, José Geraldo de Almeida, disse que a prefeitura não permitirá o fechamento. “Se fechar, vamos entrar com medida judicial. A área é do município, podemos cancelar o convênio e assumir o museu.”