Assine CLAUDIA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Polonesas vão às ruas após governo restringir acesso ao aborto legal

Por decisão de tribunal, a interrupção da gravidez agora só poderá ser feita caso represente risco à vida da mulher ou seja resultante de estupro ou incesto

Por Da Redação
28 out 2020, 20h00

Pelo sétimo dia consecutivo, manifestantes ocuparam as ruas de diversas cidades da Polônia para manifestar contra a decisão judicial que tornou o aborto ainda mais restrito no país.

Por resolução do Tribunal Constitucional polonês, o aborto em caso de malformação grave do feto passa a ser proibido sob o argumento de que é uma prática incompatível com a Constituição. Com essa decisão, a interrupção da gravidez só poderá ser realizada caso represente risco à vida da mulher ou se for uma gestação resultante de estupro ou incesto.

Segundo informações da agência Frence-Presse, na capital Varsóvia, parte dos protestos se concentraram na frente da Ordo Iuris, uma organização de juristas ultracatólicos e responsável por diversas iniciativas favoráveis à proibição total do aborto.

Com uma população majoritariamente católica, a Polônia é um dos países mais religiosos da Europa, sendo atualmente governada pelo Lei e Justiça (PiS, na sigla em polonês), partido nacionalista e ultraconservador, que reformou o Tribunal responsável pela decisão. Nesta quarta-feira (28), os manifestantes também foram à sede da emissora pública de televisão, a TVP, considerada o principal canal de propaganda do governo.

Continua após a publicidade
(Romy Arroyo Fernandez/NurPhoto/Getty Images)

No domingo (25), já havia sido registrado conflitos entre os grupos que protestavam, policiais e ativistas antiaborto. Em algumas cidades, os manifestantes invadiram igrejas católicas durante missas, chegando a pichar nas paredes dos tempos números de telefones de fornecedores de pílulas abortivas, conforme relatou a Associated Press.

A decisão de restringir o acesso ao aborto faz parte de uma série de ataques do Lei e Justiça aos direitos básicos e às políticas progressistas. Em meados desse ano, o país foi tomado por uma série de protestos após a prisão de uma ativista LGBT, parcela da população abertamente perseguida pelo presidente Andrzej Duda.

Continua após a publicidade

“Nós queremos que o nosso governo pare a propaganda contra nós da comunidade LGBT. Nós somos usados como uma distração para cobrir os reais problemas que os poloneses enfrentam”, declarou a polonesa Helena, na época, em entrevista a CLAUDIA.

O que falta para termos mais mulheres eleitas na política

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de R$ 12,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.