Pai é condenado por estuprar por 15 anos e engravidar filha
O agricultor abusou sexualmente das duas filhas por anos e pagou o filho para registrar o filho-neto gerada em uma delas
Ao longo de 15 anos, um agricultor da cidade de Theobroma, em Rondônia, estuprou as duas filhas, de 16 e 22 anos. Condenado pelo Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) na quarta-feira (15), ele agora terá de encarar 85 anos na prisão pelos crimes que cometeu. Ele está em cárcere desde junho de 2016 aguardando a sentença.
Os abusos começaram em 2001 e o homem chegou a ter um filho-neto com a mais velha. Ele pagou o filho de 16 anos para registrar a criança e não ser descoberto. Por 15 anos, ele manteve as filhas, duas esposas – que são irmãs entre si – e filhos em cárcere privado na propriedade rural em que moravam. As meninas começaram a ser violadas sexualmente quando tinham 7 anos de idade. As informações são do G1.
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Segundo o TJ-RO, o agricultor foi sentenciado pelos crimes de estupro de vulnerável, constrangimento e constrangimento ilegal, cárcere privado, tortura, supressão do registro de recém-nascido, corrupção de menor e posse ilegal de arma de fogo. A sentença foi julgada em 1ª instância e ainda cabe recurso. No entanto, ele deve permanecer preso em regime fechado devido ao alto grau de periculosidade apresentado nos fatos.
“Consta que o réu estuprou e engravidou sua filha e, para ocultar o crime, induziu o menor a registrar como sua a criança, oferecendo a ele a quantia de R$ 2 mil”, descreve o processo. A criança nasceu em julho de 2009.
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De acordo com a mãe da adolesente, o homem sempre dizia estar ansioso para que as meninas completassem sete anos. “Necessário destacar que a companheira do réu, afirmava que não via a hora das meninas fazerem sete anos, mas não sabia da finalidade, acreditava que era para começar os abusos e não sabe se ele mexia com elas antes desta idade”, menciona a sentença.
Além disso, o homem torturava as filhas e as esposas, com socos, chutes e, algumas vezes, amarrando-as para que elas não contassem sobre as barbáries que cometia.
A prisão em 2016 ocorreu após uma denúncia anônima ao Conselho Tutelar e o homem negou as acusações durante depoimento.