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Página reúne denúncias de assédio sexual nas escolas

Criado por 6 mulheres há menos de um mês, o projeto recebe de 3 a 5 relatos por dia de meninas que sofreram assédio sexual, agressão verbal e outros abusos

Por Isabella Marinelli
Atualizado em 11 abr 2024, 18h06 - Publicado em 27 out 2015, 14h12
Reprodução/Eu tinha um professor que
Reprodução/Eu tinha um professor que (/)
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Com intuito de denunciar e acolher vítimas de assédio sexual nas escolas do Brasil, seis mulheres criaram a página Eu tinha um professor que….  O projeto reúne relatos de meninas que vivenciaram ou presenciaram diversos tipos de violência, desde agressões verbais até assédio sexual dentro das paredes do colégio.

A ideia é criar um ambiente receptivo para que as vítimas se sintam confortáveis para desabafar. Além disso, as idealizadoras também esperam que isso sirva como instrumento de transformação – o que já está acontecendo, apesar do pouco tempo de vida da ação. “Já recebemos feedbacks agradecendo pela criação da página. Soubemos também que ela impulsionou a discussão o assédio em várias escolas”, disseram à CLAUDIA.

Recentemente, a jornalista Juliana de Faria, finalista do Prêmio CLAUDIA 2015 e autora do site Think Olga, criou a campanha #PrimeiroAssédio. Através do uso da hashtag, mulheres relataram as primeiras experiências nessa situação. Após uma análise de 3.111 histórias compartilhadas via Twitter, chegou-se a um número: 9,7 anos é a idade média do primeiro assédio sexual. Já segundo dados do Sinan e do Ministério da Saúde, 50% dos estupros no Brasil são de crianças de até 13 anos e, desses, 68% são cometidos por pessoas próximas, como familiares ou amigos.

Eu tinha um professor que Reprodução/Eu tinha um professor que

Quem tiver uma história para contar, pode enviá-la pelo formulário online disponibilizado por elas. Algumas são transformadas em ilustrações, mantendo o anonimato das vítimas e, assim, estimulando que o machismo e a pedofilia sejam pauta dentro e fora do ambiente acadêmico.

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Eu tinha um professor que Reprodução/Eu tinha um professor que

“Sabemos o constrangimento que é passar por situações de assédio. Por isso, é importante estimularmos a amizade entre mulheres, para que possamos, juntas, denunciar casos como esses – especialmente quando acontecem durante o colégio e a faculdade, quando podem nos desencorajar a estudar ou a fazer algo que gostamos muito”, completam. 

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