“Novo El Niño”: Entenda o impacto do novo fenômeno climático
De acordo com especialistas, SST-W4 apresenta características que poderão desencadear uma série de mudanças significativas no Hemisfério Sul
Cientistas anunciaram nesta semana a descoberta de um “novo padrão climático” capaz de desencadear uma série de mudanças climáticas na atmosfera da Terra. Batizado de “Onda Número 4 do Padrão Circumpolar do Hemisfério Sul” ou SST-W4, e já apelidado de “Novo El Niño”, ele foi identificado em pequenas regiões próximas à Nova Zelândia e Austrália, mas com efeitos em todo o Hemisfério Sul.
O evento climático chama atenção de especialistas ambientais pela sua complexidade e semelhança com outros fenômenos já identificados, como, por exemplo, o “El Niño”.
De acordo com a equipe internacional de pesquisa a frente do projeto, o novo padrão servirá de ponto de partida para a compreensão de futuros eventos e desastres ambientais, além de auxiliar na previsão de temperaturas e outros fenômenos localizados no Hemisfério Sul.
“Essa descoberta é como encontrar um novo interruptor no clima da Terra”, diz Balaji Senapati, pesquisador e principal autor da pesquisa feita pelo Departamento de Meteorologia da Universidade de Reading, na Inglaterra. “Isso mostra que uma área relativamente pequena do oceano pode ter efeitos de longo alcance no clima global e nos padrões climáticos.”
Como funciona o SST-W4?
Segundo a pesquisa divulgada na revista científica Journal of Geophysical Research , o novo evento climático apresenta características de formação bastante semelhantes ao “El Niño”, que ocorre, em média, a cada 5 anos, provocando inundações, secas e outros diversos distúrbios ambientais.
Ao contrário do seu antecessor, o SST-W4 emerge em quatro regiões oceânicas mais ao Sul do que o “El Niño”, de maneira alternada e provocando desequilíbrios em cadeia em diversas regiões do Pacífico subtropical da Oceania, elevando ainda mais seus impactos em regiões do Hemisfério Sul do Planeta.
“Quando a temperatura do oceano muda nesta pequena área, desencadeia um efeito cascata na atmosfera. Isso cria um padrão que viaja por todo o Hemisfério Sul, carregado por fortes ventos do oeste”, diz Senapati.
De acordo com os pesquisadores, os estudos foram conduzidos a partir de uma série de evidências atmosféricas, terrestres e oceânicas, como o próprio gelo marinho, a fim de criar uma representação ampla do sistema climático da Terra em 300 anos.
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