Nossas apostas: quem deve ganhar o Oscar?
No domingo 28, acontece a cerimônia de entrega do Oscar. Confira os filmes indicados que estreiam neste mês e as nossas apostas de quem deve levar o prêmio
O Regresso
O mexicano Alejandro González Iñárritu está na corrida de novo, um ano depois de ter levado as estatuetas de filme e direção por Birdman. Desta vez, ele conta uma história de sobrevivência e vingança baseada em fatos reais de 1820. Leonardo DiCaprio deve finalmente carregar seu homenzinho dourado para casa pelo papel de Hugh Glass. Tom Hardy é a surpresa da categoria ator coadjuvante. O longa ainda concorre como melhor fotografia, edição, design de produção, figurino, maquiagem e cabelo, mixagem de som, edição de som e efeitos visuais – nesta última, em grande parte pela memorável cena do ataque do urso.
O oscar vai para…
A disputa do melhor filme do ano está acirrada. O Regresso tem fortes concorrentes em Spotlight: Segredos Revelados, de Tom McCarthy, que mostra a investigação jornalística de um escândalo de pedofilia na Igreja Católica; A Grande Aposta, de Adam McKay, sobre o colapso do mercado imobiliário americano em 2008; e o drama de ação apocalíptico de George Miller, Mad Max: Estrada da Fúria. O veterano Miller, 70, aliás, lidera as apostas entre os diretores – seu principal rival é Iñárritu, mas é possível que a Academia não queira premiá-lo duas vezes seguidas. Entre as atrizes coadjuvantes, Alicia Vikander, de A Garota Dinamarquesa, parece favorita. Entre os atores coadjuvantes, a vitória se inclina para Sylvester Stallone, que, em Creed: Nascido para Lutar, volta ao personagem que o consagrou em Rocky (1976) e pelo qual concorreu como melhor ator e roteirista – sem ganhar. Entre os documentários, uma barbada: Amy, sobre a cantora, leva. Para frustração dos brasileiros, que torcem por Alê Abreu (ver página 22), Divertida Mente tem tudo para sair como melhor animação.
A Garota Dinamarquesa
Estrela em ascensão, a sueca Alicia Vikander, 27, é uma das favoritas ao Oscar de atriz coadjuvante. Ela vive a artista plástica Gerda Wegener, que, na década de 1930, vê o marido, o pintor Einar (Eddie Redmayne, que volta a concorrer como melhor ator depois de faturar o prêmio no ano passado), transformar-se em Lili Elbe e se tornar uma das primeiras pessoas do mundo a se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo. O longa de Tom Hooper esbanja elegância nas roupas e cenários e, não à toa, disputa também nas categorias figurino e design de produção.
O Quarto de Jack
A californiana Brie Larson, 26 anos, é favorita ao Oscar de melhor atriz por sua interpretação de Ma. A personagem, mantida por anos num quarto, tenta transformar o horror de sua realidade no cativeiro em um ambiente lúdico para Jack (Jacob Tremblay), seu filho com o sequestrador. O filme de Lenny Abrahamson concorre ainda a melhor direção, filme e roteiro adaptado.
O Filho de Saul
Não tem para ninguém: o húngaro László Nemes está com as duas mãos no Oscar de melhor filme estrangeiro. Seu longa de estreia consegue falar do Holocausto de maneira nova e igualmente chocante. Saul (Géza Röhrig) é prisioneiro de Auschwitz, mas ganha sobrevida por ser encarregado de ajudar no campo de concentração, retirando os pertences e queimando os corpos de vítimas que fazem parte de seu povo.
Brooklin
Aos 21 anos, Saoirse Ronan concorre ao Oscar de melhor atriz. É a sua segunda indicação – a primeira, como coadjuvante, foi aos 13, por Desejo e Reparação. Em seu novo trabalho, ela faz uma irlandesa dividida entre dois amores e dois países (o de origem e os Estados Unidos). O filme, dirigido por John Crowley, também disputa o prêmio de melhor do ano e roteiro adaptado.