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Norte-coreana revela horrores de viver no país

Ela fugiu com a mãe aos 13 anos e quer ajuda internacional para lutar pelos direitos humanos de seus compatriotas

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 28 out 2016, 06h09 - Publicado em 27 jan 2016, 17h50
Getty Images
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Yeonmi Park é uma norte-coreana de 22 anos. Aos 13, ela e a família fugiram do país com medo da repressão do regime ditatorial. “Quando eu tinha 4 anos, minha mãe me alertou para nem sussurrar, pois os ratos e pássaros poderiam me ouvir. Achei que o ditador estava lendo minha mente”, contou ela na Conferência One Young World, encontro de jovens do mundo inteiro para discutir questões políticas e sociais. 

Em um emocionante discurso, Yeonmi relatou que viu a mãe de uma amiga ser executada publicamente por ter assistido um filme gravado em Hollywood. “Na coreia do norte, só há um canal de tv. Não tem internet. Você pode ser executado por fazer uma ligação internacional. Não há livros, nem Romeu e Julieta chegou lá. Tudo que está disponível para seus cidadãos são histórias sobre nossos ditadores”, acrescentou. “É um país procurando desesperadamente a liberdade. Duvidar da legitimidade do regime pode levar 3 gerações da família à prisão ou à execução”.

No dia em que fugiram, a mãe de Yeonmi foi estuprada na fronteira. “Eu era o alvo, na verdade. Eu tinha 13 anos, mas minha mãe quis me proteger”. Elas atravessaram o deserto de Gobi com uma bússola, que quebrou no meio do caminho. “Seguimos as estrelas a caminho da liberdade”, lembrou ela. Só na Mongólia respiraram aliviadas. “Armados com facas, estávamos preparados para nos suicidarmos se fôssemos devolvidos à Coreia do Norte”, completou.

Segundo Yeonmi, que lançou autobiografia este ano, há cerca de 300 mil refugiados norte-coreanos morando China que estão vulneráveis – 70% das mulheres têm seus corpos vendidos por 300 dólares. Além disso, muitos são enviados de volta ao seu país de origem. Ao final do discurso, Yeonmi ressaltou maneiras de ajudar o povo norte-coreano:
“Primeiro, peço para buscarem informações sobre a crise de direitos humanos no meu país. Em segundo lugar, ajudem os refugiados que querem alcançar a liberdade. Em terceiro lugar, faça parte da petição para evitar que a China repatrie norte-coreanos. Precisamos jogar luz no lugar mais escuro do mundo. A Coreia do Norte é indescritível. Nenhuma pessoa deve ser oprimida por ter nascido onde nasceu. Precisamos pensar menos no regime e mais nas pessoas que estão sendo esquecidas.”

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