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Nesta eleição, mulheres foram eleitas em só 12% das prefeituras

A representividade feminina na política permanece muito baixa. A única capital encabeçada por uma prefeita continuará a ser Boa Vista

Por Letícia Paiva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Guta Nascimento
31 out 2016, 19h10

No domingo (2), houve segundo turno nas eleições para a prefeitura de 57 municípios brasileiros. Dentre os mais de cem candidatos em disputa, oito mulheres pleiteavam o cargo – e apenas uma saiu vencedora, Raquel Lyra (PSDB), na cidade pernambucana de Caruaru. As capitais Florianópolis e Campo Grande eram as únicas com candidatas no segundo turno, mas Angela Amin (PP) e Rose Modesto (PSDB) acabaram derrotadas. Com o resultado, a única capital  a ser governada por uma mulher continuará a ser Boa Vista, com a prefeita reeleita em primeiro turno Teresa Surita (PMDB).

O Brasil conta com 5,6 mil municípios, que passam a ser governados por 638 prefeitas a partir do ano que vem. Assim, o número de prefeituras encabeçadas por mulheres não ultrapassará os 12%. Até o fim deste ano, ocupamos 10% das prefeituras. As candidaturas femininas também foram minoria, com pouco mais de 30% de candidatas mulheres – sendo que lei de 2009 determina que cada partido tenha, no máximo, 70% dos candidatos do mesmo sexo. Nas capitais, haviam 36 mulheres em disputa no início das eleições. Ao todo, haviam 2 105 mulheres candidatas, contra 14 418 candidaturas masculinas. 

Leia também: 4 mulheres históricas da política brasileira que você precisa conhecer

É pouca representatividade. Nas grandes cidades brasileiras – grupo que compreende as capitais e os municípios com mais de 200 mil eleitores –, três mulheres se elegeram. Além de Raquel Lyra e Teresa Surita, em Pelotas venceu Paula Mascarenhas (PSDB). 93 municípios compõem esse grupo de grandes cidades, sendo que 57 delas contaram com candidaturas femininas. Em São Luís, Rio de Janeiro, Olinda, Montes Claros, Juiz de Fora e Florianópolis, o número chegou a três candidaturas femininas. Os partidos que mais lançaram mulheres candidatas têm pouca representatividade – os líderes do ranking são PSOL, com 18 candidatas, e PSTU, com 14.

Do total de municípios brasileiros, 68% tiveram eleições disputadas apenas por homens. Em 52 municípios, o contrário ocorreu. É o caso da pequena Ribeirão Vermelho, em Minas Gerais, em que os menos de quatro mil votos do município foram disputados por duas mulheres, Delma Batista de Souza (PT) e Ana Rosa Mendonça (PSD), eleita com quase 67,7% dos votos. A cidade é a única dos 853 municípios de Minas Gerais a ter o cargo disputado apenas por mulheres. 

A baixa presença de mulheres na política, expressa pelos resultados das eleições municipais, contrasta com o eleitorado: dos 75 milhões de eleitores brasileiros, 52% são mulheres. Com tão pouca representatividade – que se repete não apenas nos cargos executivos mas também no Legislativo, com 12% dos cargos ocupados por mulheres –, fica difícil que os interesses femininos sejam defendidos por seus representantes.

Leia também: Como é a participação da mulher brasileira na política?

 

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