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Mulher trans é proibida de usar banheiro feminino em bar no Ceará

A vítima tentou conversar com o profissional, mas não teve sucesso

Por Da Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 13h47 - Publicado em 6 set 2019, 19h10

Enquanto se divertia no Bar da Mocinha, na cidade de Fortaleza (CE), a jornalista Alí Nacif (32), que é uma mulher trans, foi impedida de usar o banheiro feminino do estabelecimento.

Na tentativa de explicar os seus direitos, segundo depoimento publicado em suas redes sociais, Alí chegou a ser agredida pelo gerente do bar, que a direcionou com força para o banheiro masculino.

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Sem sucesso no diálogo, a jornalista ligou para a polícia com o intuito de registrar a situação transfóbica que passou. Os polícias quando chegaram ao estabelecimento estavam despreparados, não sabiam que transfobia é configurado crime e ainda riram da situação, segundo Alí.

Para o Universa, a mulher relatou: “Os polícias me tratavam no masculino mesmo eu pedindo para ser tratada no feminino”, disse. “Eles deixaram de impor ao funcionário que eu poderia sim usar o banheiro e sequer pegaram o nome dele, mas quiseram meu telefone, data de nascimento e meu nome do registro civil. Tive que reforçar que por lei poderia usar meu nome social”, desabafou.

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Confira o vídeo do momento em que Alí tenta conversar com o funcionário do bar

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Acordei viva, porém morta por dentro! . ontem (domingo, 01 de setembro), fui com dois amigos ao Bar Da Mocinha curtir o pagode como sempre fui, bebemos, comemos e fui ao banheiro feminino como de costume e nada aconteceu, na segunda vez que vou ao banheiro um homem que até então se apresentava como “gerente” me barrou informando que o “banheiro masculino” era do outro lado, continuei firme e disse que eu iria usar aquele banheiro feminino pois era uma mulher e o cidadão começou a engrossar a voz e me empurrar. Voltei pra mesa, informei aos meus amigos e peguei o celular para registrar, volto ao bar e informei ao dono do estabelecimento e ele simplesmente disse que se eu quisesse ir ao banheiro deveria usar o masculino, oi? Neste mesmo momento o Duda Rabelo que estava comigo começa a filmar s conversar com o “gerente” em seguida o “dono do bar” puxa meu braço com força tentando me forçar a usar o banheiro masculino. Volto a tentar dialogar com o “gerente” na tentativa de fazê-lo entender meu direito e que o argumento dele estava errado, o mesmo me empurra não só uma vez e sim duas vezes mandando procurar meus direitos. Ok. Liguei para a Polícia Militar do Ceará onde por telefone fui bem acolhida (apenas por telefone), a viatura chegou e veio junto três polícias que de nada serviu, não sabiam de nada, nem da #LeiDeTransfobia, nem de direitos nenhum, por sinal uma das falas dos polícias era que eles não tinham que saber de leis, sério isso? Em seguida o tal “gerente” que depois já era “segurança” e não gerente veio até a viatura e mais uma vez nada foi feito. Nem o nome do cidadão a viatura pegou, pegou apenas o meu e ainda queria o nome de nascimento se recusando a aceitar meu nome social, até chegar um estudante de direito e começar a tretar com os polícias e fazê-los entender que eles tinham que recolher meu nome social e aceitar. Pronto, acabou dessa forma, apenas meu nome foi recolhido, sobre o estabelecimento do Bar da Mocinha nada foi dito ou feito e mais uma vez um estabelecimento de Fortaleza age de forma transfóbica e outra vez ficamos à mercê do estado que nada faz por nos. E aí? O que fazer? O que falar? Vou mesmo ter que ficar calada? A polícia n

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Segundo o Universa, até o momento, o Bar da Mocinha não procurou Alí para se posicionar diante do ocorrido.

 

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