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Mudaram os contos de fada: em Malévola, Angelina Jolie mostra o ponto de vista da vilã

Depois de anos de histórias protagonizadas pelas princesas, é a vez de a vilã mais famosa da Disney ganhar um filme só seu. Malévola dá lições sobre as possibilidades do amor e o perigo de dividir tudo entre bem e mal.

Por Mariana Conte (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 01h56 - Publicado em 29 Maio 2014, 22h00

Diferente dos contos de fada tradicionalmente produzidos pela Disney, que têm a princesa (linda e geralmente indefesa) como protagonista, o longa Malévola, que chega aos cinemas de todo o Brasil na quinta-feira (29), traz a história contada pela vilã de “A Bela Adormecida”. Com Angelina Jolie no papel principal, o filme descortina o passado e o contexto em que vivia a fada má (sim, ela era uma fada) que lançou um feitiço sobre a princesa Aurora.

A própria Malévola é o centro da história e revela, em detalhes, o sofrimento que despertou seu lado malvado – causado, veja só, por um humano. No início, ela é uma fada doce e bondosa que vive em um reino em plena harmonia com outras criaturas mágicas. Ainda na infância, conhece o garoto Stefan, do reino dos humanos, marcado por guerras e lutas por poder. Stefan se apaixona por Malévola, mas sucumbe à ambição e, para alcançar o trono que lhe fora prometido, chega bem perto de matá-la, traindo o amor e a confiança dela. Enfurecida, Malévola decide se vingar, o que fará quando a futura filha de Stefan, Aurora, nascer – Elle Fanning faz a princesa adolescente. Há aí uma questão importante e que talvez seja uma boa lição às crianças: ninguém é unicamente bom ou ruim, alguns acontecimentos podem despertar sentimentos perigosos nas pessoas e cabe a cada um aprender com essas situações.

A Disney apresenta mais uma vez outra visão do amor verdadeiro, quebrando estereótipos assim como fizera com a animação Frozen (2013) – que mostra como a relação das irmãs Elsa e Anna pode ser mais valiosa do que o amor ideal de um príncipe encantado. Em Malévola, a história conhecida ganha um final inesperado: não vai ser o beijo do príncipe que salvará Aurora do feitiço. Aqui, a protagonista vivida por Jolie encarna a heroína, mostrando que as meninas não precisam esperar por seus príncipes encantados para contarem suas próprias histórias.

O filme tem uma enorme riqueza visual: cenários, personagens e figurinos são extremamente encantadores. Mas, em boa parte de seus 97 minutos, é sombrio e pode até ser um pouco assustador para as crianças da plateia. Foi justamente por isso, aliás, que o papel de Aurora criança precisou ser entregue a Vivienne Jolie Pitt, de 4 anos, filha de Angelina e Brad Pitt – outras atrizes mirins choravam diante da vilã de chifres, maçãs do rosto salientes e maquiagem exagerada.

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Então, cuidado: a classificação indicativa é de 10 anos. E não é à toa. Levar crianças com idade inferior pode causar sustos e noites mal dormidas.

Para os mais velhos ou os pequenos corajosos que topam a aventura, é legal reforçar que toda história traz mais de um lado. Malévola não deixa de ser má nem de ter uma postura reprovável (como o desejo de vingança e justiça a qualquer custo), mas aquele seu sentimento tem uma origem. E isso pode ajudá-los a se colocar no lugar dos outros e entender suas atitudes.

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