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Morre uma das mulheres pioneiras em Física no Brasil

Elisa Esther Maia Frota Pêssoa foi uma das primeiras a se graduar em Física no país, desafiando as convenções sociais

Por Da Redação
Atualizado em 29 dez 2018, 15h59 - Publicado em 29 dez 2018, 15h04

Morreu, aos 97 anos, Elisa Esther Maia Frota Pêssoa, uma das mulheres pioneiras no estudo de Física no Brasil, na sexta-feira (28). Devido a uma pneumonia, ela estava internada há 15 dias no Hospital Samaritano, no bairro do Botafogo, Rio de Janeiro.

Elisa foi uma das primeiras mulheres a se graduar em Física no Brasil, em 1942, tendo estudado na Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi), que mais tarde faria parte da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Dois anos após se graduar, começou a dar aulas na instituição.

Em 1949, ela foi uma das fundadoras do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), atualmente ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. É coautora do primeiro estudo científico publicado pela instituição. Tornou-se chefe a Divisão de Emulsões Nucleares do CBPF, deixando o cargo apenas em 1964. 

O preconceito por se destacar em uma área dominada por homens começou desde o colégio. Em uma ocasião, quando ela apresentou ao professor os exercícios de Física corretamente resolvidos, ele questionou se ela tinha um pai ou irmão bom na disciplina, cético que ela pudesse ter resolvido as questões sem ajuda. “De pronto, respondeu que, se ele tivesse dúvida, era para chamá-la para resolver as questões no quadro”, contou a filha Sônia, 76 anos, ao jornal O Globo

Elisa era pioneira também em outras áreas de sua vida. Ela se separou do biólogo Oswaldo Frota-Pessoa em 1951, duas décadas antes da legalização do divórcio no Brasil, e passou a viver com o físico Jayme Tiomno, companheiro até o fim da vida. 

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“Para mim, o papel mais importante da minha mãe foi como modelo de mulher independente, com ideias próprias, livre”, diz a filha. 

Em 1969, quando era professora na Universidade de São Paulo (USP) e provocava uma espécie de renovação na área, foi aposentada compulsoriamente pelo regime militar. A física continuou trabalhando até os 70 anos de idade.

 

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