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Aung San Suu Kyi, líder do Mianmar, é presa durante golpe militar

A ativista de direitos humanos já passou 15 anos presa, quando o país vivia em um antigo regime militar

Por Da Redação
Atualizado em 1 fev 2021, 19h48 - Publicado em 1 fev 2021, 19h42
Aung San Suu Kyi
 (Mark Metcalfe/Getty Images)
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Chamado de Birmânia até 1989, o Mianmar sofreu um golpe militar na madrugada desta segunda-feira (1). O exército derrubou o governo eleito em novembro de 2020 e prendeu a líder do país, Aung San Suu Kyi, que é vencedora do Prêmio Nobel da Paz, além de outros integrantes do partido da Liga Nacional pela Democracia.

Por meio de um anúncio transmitido na emissora militar, o exército informou que o comandante Min Aung Hlaing passa a controlar toda a autoridade do país, onde foi decretado estado de emergência por um ano. Segundo a instituição, o resultado das últimas eleições foram frutos de “fraude eleitoral”.

Suu Kyi, que ficou presa anteriormente por 15 anos, deixou um pedido para os cidadãos antes de ser presa. Em uma carta, ela lembra que as ações orquestradas pelos militares resultam em uma ditadura e convocou os eleitores para protestos contra o golpe.

Segundo moradores, a comunicação está precária por conta da instabilidade do sinal de internet móvel e de linha telefônica. A emissora estatal MRTV também informou que está sem sinal por conta de problemas técnicos. Demais emissoras internacionais com base no país seguem fora do ar.

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Saiba quem é Aung San Suu Kyi

O general Aung San, pai de Aung San Suu Kyi, foi protagonista no processo de independência do Mianmar, mas não chegou a ver o país desvinculado do domínio colonial britânico, já que foi assassinado.

Até se tornar uma das principais lideranças do país, Suu Kyi construiu uma carreira no ativismo pelos direitos humanos. A luta para questionar os militares do exército tirou a sua liberdade. Foram 15 anos detida de 1989 a 2010. Inclusive, o Nobel da Paz foi concedido à líder durante o período que esteve presa em casa.

A associação de Suu Kyi com o partido NLD, em uma posição estratégica e de liderança, aconteceu em 2015. O encontro atendeu às expectativas dos eleitores que elegeram o partido, com folga, na primeira eleição aberta após 25 anos de uma ditadura militar.

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Um conflito internacional abalou a imagem de Suu Kyi. Em 2017, refugiados Rohingya tiveram que fugir para Bangladesh por conta da violência militar no estado de Rakhine. Antigos apoiadores da líder esperavam um posicionamento mais enfático de sua parte em relação aos militares, o que não ocorreu. Mas dentro do país Suu Kyi continua sendo aclamada pelos cidadão, principalmente pelos budistas, que não são tão próximos dos Rohingya.

A Constituição não permite que Lady, como é chamada pela população do Mianmar, se candidate como presidente. O problema está no fato dela ser  mãe de estrangeiros.

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