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Mais de 420 mulheres denunciaram agressões no Dia da Mulher

São Paulo figura o primeiro posto da lista com 52 casos, mas número pode ser ainda maior.

Por Isabella Marinelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
10 mar 2017, 12h55

Em um dia que as ruas foram tomadas por protestos pedindo a igualdade de direitos e o fim da violência de gênero, as delegacias especializadas em crimes contra elas ilustraram a necessidade do movimento: foram mais de de 420 ocorrências no dia 8 de março.

Em levantamento realizado pelo portal de notícias G1 em 22 capitais do país e no Distrito Federal, consta que foram registrados ao menos 422 boletins de ocorrência, que vão de injúria e ameaça até agressão física e estupro. Também foram denunciados casos de descumprimento de medidas protetivas, que é quando o agressor é impedido pela Justiça de se aproximar da vítima.

São Paulo figura o primeiro posto da lista com 52 casos – número que pode ser maior, já que três das nove delegacias da mulher da capital se recusaram a enviar os dados deste dia (2ª DDM Sul; 6ª DDM Campo Grande e 7ª DDM Leste). Na capital, só o posto localizado na região central emitiu 26 boletins de ocorrência – o que dá mais do que uma ocorrência por hora.

Leia também: Até quando assistiremos a tantos feminicídios?

Nem todos os casos são denunciados

“Em geral, o agressor de mulheres é um homem que não seria caracterizado como violento: é inseguro e tem pouca habilidade de argumentação. Ótimo da porta para fora, mas dentro de casa exerce o controle sobre a mulher – que pode ser demonstrado sob forma de humilhação, manipulação e chantagem emocional, não tão visíveis quanto tapas, socos e chutes. Após a violência, há um pedido de desculpas, vive-se uma fase de lua de mel, mas logo as agressões retornam, tornando-se cada vez mais frequentes”, explica Tatiane Moreira Lima, juíza da Vara de Violência Doméstica do Fórum do Butantã, em São Paulo.

A dúvida em relação à palavra da mulher e ao comportamento abusivo do homem afastam as vítimas da denúncia, que se calam por medo ou vergonha. Segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no ano de 2016, 61% dos atos de violência contra a mulher foram cometidos por um conhecido – os agressores eram companheiros (19%) ou ex-companheiros (16%).

O mesmo estudo apontou que mais de 500 mulheres são vítimas de agressão física por hora no Brasil. E 52% das entrevistadas não procuraram a polícia após a agressão.

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