Lutando contra anorexia, americana que chegou a pesar 18kg dá a volta por cima
Rachael Farrokh angariou fundos na internet para custear tratamento
A vida de Rachael Farrokh foi totalmente transformada em poucos meses graças à internet. No inicio deste ano a americana pesava pouco mais de 18 quilos. Isso mesmo. Menos do que uma criança saudável de 6 anos. Quase à beira da morte, Rachael decidiu dar o primeiro passo na sua luta contra a anorexia e fez um pedido desesperado por ajuda na internet. Pessoas de diferentes lugares do mundo se emocionaram com a história da jovem e a ajudaram a arrecadar quase 200 mil dólares.
O dinheiro foi usado para dar inicio ao tratamento que salvaria sua vida. Ela foi levada para um hospital próximo, em San Diego, onde foi submetida a sessões de terapia física e mental. Nos últimos meses, ela foi internada em Portugal no Hospital Particular do Algarve, um centro de tratamento intensivo especializado em casos de transtornos alimentares.
Ainda frágil e com muita dificuldade para ficar em pé ou andar sozinha, Rachael já tem muito a comemorar. Parte do tratamento inclui caminhadas de 15 minutos várias vezes ao dia para fortalecer os músculos e ajudar a recuperar o equilíbrio. Sua recuperação mental tem sido rápida, e o desânimo perdeu espaço para a esperança de uma vida saudável novamente. A terapia inclui ainda cuidar de um animal de estimação. Ela está até pensando em praticar jardinagem em seu terraço. Ela ganhou peso e já pouco lembra a mulher fragilizada e doente de alguns meses atrás. “Estou animada sobre a vida, porque o que foi um vislumbre de esperança três meses atrás se transformou em uma certeza para viver”, escreveu ela em sua conta no Facebook. “Eu recuperei a clareza e a força da minha mente.”
Com o apoio de sua equipe médica, Rachael viajou para Washington para participar de uma marcha pela luta contra os transtornos alimentares. O objetivo do grupo é pressionar o poder político a aprovar um projeto de lei que obrigue os professores e profissionais de saúde a fazer treinamentos para identificar e auxiliar adolescentes com transtornos alimentares. O grupo quer ainda estimular que os órgãos responsáveis investiguem os efeitos dos anúncios digitalmente alterados no aumento da incidência de transtornos alimentares. “Eu tenho tantas pessoas me apoiando! E agora tenho uma plataforma para realmente criar essa consciência. Ficar de fora é impossível para mim”, disse Farrokh à NBC sobre seu ativismo.