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Empreendedoras podem ter ajuda para negócios atingidos pela pandemia

Com foco na periferia, programa Potência Feminina pretende impactar mais de 50 mil mulheres

Por Gabriela Teixeira (colaboradora)
Atualizado em 19 ago 2020, 17h37 - Publicado em 2 jul 2020, 10h21

Uma pesquisa realizada em maio pelos Instituto Rede Mulher Empreendedora (Instituto RME) e Instituto Locomotiva traz um panorama mais que preocupante da crise que está assolando o empreendedorismo feminino: por causa da pandemia do coronavírus, 86% dos negócios liderados por mulheres estão parados ou funcionando com menor movimento. Além disso, a expectativa de 60% das empreendedoras é de ter, no máximo, somente um salário mínimo como rendimento durante este período.

Foi então com o objetivo de apoiar essas mulheres que o Instituto RME e o Google.org se uniram para lançar o Potência Feminina. Realizado a nível nacional, o programa visa auxiliar a sobrevivência e o crescimento de empreendimentos comandados por mulheres, oferecendo a elas capacitação, capital semente e aceleração de negócios. A expectativa é de que nos próximos dois anos, o projeto, que recebeu um investimento de R$ 7,5 milhões, impacte mais de 50 mil pessoas.

“Sabemos que a pandemia prejudica inúmeros negócios pelo país. Mas esse impacto é ainda maior dentro do universo feminino, onde o acesso a crédito e a emprego é comprovadamente limitado”, diz Ana Fontes, fundadora do Instituto RME. Ela explica que, em termos de crédito, os entraves que uma empreendedora enfrenta são maiores que os de um empreendedor porque são estruturais. Em geral, os negócios de mulheres começam menores e por isso não são tão atrativos para os bancos. Além disso, “apesar de historicamente as mulheres serem melhores pagadoras, não existe nenhuma estrutura de avaliação de crédito que leve isso em conta e as forneça uma taxa ou acesso diferenciado”, continua Fontes. Por fim, elas também são mais receosas em fazer dívidas, o que acaba fazendo com que tenham menos apetite para buscar o crédito.

Com início previsto para o final de julho, as capacitações do Potência Feminina serão oferecidas para mulheres de 10 regiões periféricas do país. Os cursos abrangerão tanto conteúdo técnico, como ferramentas digitais e empreendedorismo, quanto prático, auxiliando na redação de currículos, por exemplo, além de noções básicas de programação. Com acesso livre a quem estiver interessada e ministradas tanto à distância quanto presencialmente, as aulas serão dadas por tutoras locais treinadas pelo Instituo RME, que também fornecerá computadores e internet para Organizações da Sociedade Civil (OSCs) sem fins lucrativos que participarem da parceria.

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“A crise gerada pela pandemia afeta a todos, mas de modo desigual, agravando ainda mais as disparidades presentes no Brasil. Acreditamos que, por meio da tecnologia, podemos ajudar quem está sendo mais penalizado a superar os desafios de hoje e, ao mesmo tempo, dar condições para a retomada das atividades em um futuro próximo”, afirmou Valdir Leme, head de Marketing do Google em nota de divulgação do programa.

Aplicando metodologias desenvolvidas pela RME, o projeto também prevê acelerar 6.350 negócios por meio de programas presenciais e online que ensinarão do desenvolvimento de hard skills, abordando temas como comunicação, negociação, administração do tempo, gestão financeira, autoconfiança, ferramentas digitais e vendas. Também promoverá um capital semente para 180 pequenas empresas, que receberão até R$ 10 mil para melhorias e desenvolvimento do próprio negócio e orientação, mentorias e acompanhamento técnico por seis meses. Após acompanhar os conteúdos, criar ou impulsionar um negócio e e integrar o programa de aceleração, as participantes passarão por uma banca de avaliação.

Fontes afirma que “este é um programa ímpar, porque reúne conteúdo, capacitação, aceleração e capital semente com foco em negócios de periferia.” Em termos de empregabilidade, é esperado que o Potência Feminina melhore as condições das participantes de buscar emprego e conquistar vagas mais qualificadas. Já em termos de empreendedorismo, os impactos serão de maior formalização de negócios, aumento do faturamento e também a geração de novos postos de trabalho.

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Para se inscrever no projeto, basta preencher o formulário disponibilizado no site do Potência. OSCs interessadas em participar da iniciativa e que atendem os requisitos do edital lançado pelo Instituo RME também podem se candidatar pelo mesmo link.

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