Homem é preso após ser filmado agredindo ex-esposa
Caso aconteceu no interior de São Paulo. O pai do rapaz tentou justificar o ocorrido dizendo que ela não é boa mãe e fica muito no bar.
Após ser filmado dando socos, joelhadas e chutes na ex-esposa, de 18 anos, em Álvaro de Carvalho, interior de SP, o pedreiro Kelvin Luiz Assis Soares, 24 anos, está preso. Os dois tem uma filha de três anos juntos e estão se separando.
O vídeo da câmera de segurança que registrou tudo teve grande repercussão após ser divulgado na internet, o que contribuiu para que ele se apresentasse à Justiça na manhã desta quarta-feira (2). O caso aconteceu na semana passada.
Nas imagens, é possível ver que a jovem de 18 anos estava sentada em um bar com outra mulher, quando Kelvin surge e logo parte para as agressões. Ela tenta se esquivar, mas ele continua.
O pai do rapaz, o vereador pelo DEM Luiz Geraldo Assis Soares, tentou explicar a situação à TV TEM, afiliada da Rede Globo, da seguinte maneira: “Esse caso eu não vou justificar, porque não tem justificativa. Mas, tudo aconteceu por causa dela. Ela fica até de madrugada bebendo, chega em casa bêbada, só dá problema. Não estou justificando, mas começou por causa disso. Ela não tem responsabilidade, fica com a criança na porta do bar. Ela não é mulher para ter filho. O que aconteceu justificou por causa dela”.
Leia também: Passamos o dia em uma Delegacia da Mulher e isso foi o que presenciamos
No entanto, segundo o G1, o Conselho Tutelar afirma nunca ter recebido queixas sobre o comportamento da jovem em relação as cuidados com a filha, e que a criança frequenta regularmente a creche. Vale ressaltar que, mesmo se as criticas do ex-sogro fossem verdadeiras, isso não daria direito ao ex-marido de agredí-la de forma alguma.
“É lastimável. Apesar da lei Maria da Penha ainda existe o machismo, é uma posse, que o homem se acha no direito de cometer essas atrocidades, até matar. Mas nada justifica a conduta do agressor. Essa conduta foi criminosa, não pode passar em branco”, disse Garça Maria Claúdia Mendonça, Presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB, ao G1.
Leia também: Violência é considerada algo normal por crianças mais pobres, aponta estudo
Veja o vídeo: