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Família de grávida morta em Brumadinho pede R$ 40 milhões à Vale

A mulher e o marido estavam hospedados na Pousada Nova Estância quando a tragédia aconteceu

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 09h39 - Publicado em 22 abr 2019, 16h36

As famílias de Fernanda Damian de Almeida, de 30 anos, e Luiz Taliberti Ribeiro da Silva, de 31 anos, vítimas fatais do rompimento da barragem em Brumadinho, entraram na Justiça contra a mineradora Vale solicitando R$ 40 milhões em indenização e um pedido de desculpas às vítimas. A mulher, que estava grávida de cinco meses, e o marido estavam hospedados na Pousada Nova Estância quando o acidente aconteceu.

A ação pede a indenização de 10 milhões de reais por familiar morto: Luiz Taliberti, Fernanda Damian, o bebê, que se chamaria Lorenzo, e Camila Taliberti, de 33 anos, irmã de Luiz.

“Nosso objetivo é lutar por uma mudança nos parâmetros indenizatórios por morte praticados no Brasil e que são vergonhosos. A Vale teve lucros superiores a 25 bilhões de reais no ano passado e quer pagar 300 mil reais, 500 mil reais por vida. A própria Vale fez um estudo de quanto valeria a vida humana e estipulou 2,6 milhões de dólares, que dá pouco mais de 10 milhões de reais”, diz Roberto Delmanto Junior, advogado responsável pela ação, à VEJA. Até hoje, foram identificados 231 mortos e 41 desaparecidos com a tragédia.

O pedido de desculpas pedido pela família consiste em uma foto das vítimas mantida na entrada de todas as unidades da Vale dentro e fora do Brasil com a inscrição: “A vida vale mais do que o lucro. Camila, Fernanda, Lorenzo e Luiz, desculpem-nos por tirar-lhes as suas vidas”.

Além disso, também é solicitado que, em todas as assembleias de acionistas da empresa, seja feito um minuto de silêncio e que o presidente mande todos ficarem em pé. ” Isso é uma questão ética e de reconforto moral para as famílias”, afirma Delmanto Junior.

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A ação foi trabalhada em conjunto com o advogado Paulo Thomas Korte. Com ela, espera que os demais familiares de vítimas fatais de Brumadinho busquem indenizações e não acordos. “Muitas aceitam acordos porque necessitam do dinheiro ou acham que o processo vai demorar, mas estamos falando de vidas humanas. Estamos preparados para esperar. Queremos justiça”, explica.

Segundo Thomas Korte, se ganhar a causa, a família pretende abrir uma fundação com parte do valor.

O que diz a Vale 

A empresa afirmou não ter sido “intimada ou citada para os termos da referida ação”. Segundo informações de VEJA, no dia 8 de abril a Vale assinou um Termo de Compromisso com a Defensoria Pública para que pessoas atingidas pelo rompimento da barragem possam fazer acordos individuais ou coletivos para indenização por danos morais e materiais.

Além disso, a mineradora afirma que, até 12 de abril, 272 famílias vítimas da tragédia receberam doação no valor de 100 mil reais e que indenizações emergenciais foram pagas a 12.400 moradores em Brumadinho, Mário Campos e São Joaquim de Bicas.

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O valor de indenização por vítima fatal não foi informado pela Vale e, segundo a empresa, os 2,6 milhões de dólares citados na ação “são extraídos de um documento sem eficácia jurídica, baseado em cenário hipotético e dissociado de situações concretas”.

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