PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Essas 6 mulheres brasileiras estão mudando o mundo com seus trabalhos

Finalistas do Prêmio CLAUDIA se reúnem em Brasília e contam as suas histórias no Prêmio CLAUDIA Talks. Acompanhe o próximo evento!

Por Aline Takashima (colaboradora)
Atualizado em 12 abr 2024, 16h43 - Publicado em 3 set 2016, 08h48
Catarine Silveira
Catarine Silveira (/)
Continua após publicidade

Se tem algo que une as candidatas do Prêmio CLAUDIA são as trajetórias de resiliência. Cada uma das 22 candidatas atua em áreas distintas e vive em regiões diferente do país. Mas, para conquistar seus objetivos, elas enfrentaram inúmeros contratempos. Na manhã de terça-feira (30/9), seis finalistas contaram as suas histórias, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em Brasília, no Prêmio CLAUDIA Talks – uma série de três eventos em que as candidatas do Prêmio CLAUDIA 2016 apresentam os seus trabalhos, a partir do tema “O futuro é extraordinário”.

Já é possível votar no Prêmio Claudia. Conheça as finalistas! 
 
O debate mediado pela redatora-chefe de CLAUDIA, Bel Moherdaui, contou com uma apresentação de cada participante e uma conversa sobre questões como o equilíbrio entre carreira e maternidade e as dificuldades que enfrentam nessa busca. Saiba o que rolou na primeira parte do evento:
 
A primeira a subir no palco foi a finalista na categoria Negócios, Carla Renata Sarni. Conhecida como “Camelô” na época da faculdade, vendia roupas para sobreviver enquanto cursava Odontologia, em Alfenas (MG). Assim que terminou a faculdade, a filha de um motorista de ônibus e de uma cabeleireira trabalhou como dentista na sobreloja de uma padaria. Sensibilizada com as pessoas que arrancavam os dentes para aliviar a dor, optou por cobrar menos pelos tratamentos odontológicos. O atendimento deu tão certo que ela comprou a sala em que trabalhava e montou o próprio negócio. Hoje, a rede conta com 209 clínicas no Brasil. “Acredito que morar bem, comer bem e ter saúde é um direito de todos e não somente dos ricos”, explica. Ela ainda criou um instituto que atende crianças gratuitamente.    
 
Trajetória diferente da física Eliana Abdelhay, finalista na categoria de Ciências, que nasceu em “berço esplêndido”, como ela mesma diz. De uma família repleta de médicos, ela sabia que não queria atuar na medicina tradicional. Após trabalhar 30 anos como professora e pesquisadora, criou seis laboratórios no Centro de Transplantes do Instituto Nacional do Câncer (Inca), depois de aposentada.  “Tenho uma dívida com a população brasileira”, endossa a coordenadora, que utiliza novas ferramentas para melhorar, diagnosticar e tratar os pacientes. Sua equipe desenvolve um método de diagnóstico de câncer de mama menos invasivo, por meio de amostras de sangue. “É um exame barato e simples. É uma ferramenta que identifica a doença de maneira precoce e salva vidas”, diz. E complementa: “A gente espera que, no futuro, seja possível utilizar essa técnica para identificar todos os tumores”.

Leia também: A seleção de ouro de CLAUDIA
 
Finalista na categoria Políticas Públicas, Heloísa Helena de Oliveira, também acredita em um futuro melhor, principalmente para as crianças e adolescentes do Brasil. E é por isso que é administradora executiva da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança. No prédio da Câmara dos Deputados, às vezes quase acampada na mesa do cafezinho, discute com deputados e senadores os projetos que favorecem ou – na maioria das vezes – prejudicam os jovens. E explica para a plateia as dificuldades diárias: “Muitas vezes a gente considera um trabalho produtivo quando consegue engavetar uma proposta. Como você conversa com alguém que não entende que é prioridade saúde e educação?”, lamenta.
 
Outra candidata que atua diretamente com crianças e adolescentes é a mineira Juthay Nogueira. Além de preparar diariamente o jantar – completo, não apenas sopão – para os jovens da comunidade Morro das Pedras, a finalista da categoria Consultora Natura Inspiradora oferece em sua casa atividades como leitura, aula de música, boxe e corridas. “Nosso maior objetivo é que as crianças sejam felizes. Criança feliz não vai encostar revolver na cabeça de ninguém para assaltar, vai dormir bem e ser um bom aluno”. Ela conta que no local em que vive há uma alta incidência de meninas com HIV e meninas grávidas com menos de 15 anos. Após visitas de psicólogas e aulas de prevenção, tanto a taxa de gravidez precoce quanto de contaminação por HIV caíram.
 
Juthay atua diretamente com os jovens das comunidade. Já a fonoaudióloca forense Mônica Azzariti, finalista na categoria Trabalho Social, age na outra ponta: ela dá aulas de Comunicação Não Violenta para os policiais que trabalham dentro das favelas. “Algumas pessoas têm que domar um leão por dia. Eu domo 60 por turma”, resume a carioca. “Muitas vezes eles estão extremamente cansados, são mal remunerados e eu tenho que fazer com que eles entendam que é necessário para a população se comunicar melhor.” E explica o que a motiva a trabalhar nesta área, de forma voluntária: “Eu acredito no herói da vida real. Aquele homem que sai de casa e não sabe se volta. Eu sou fã desse herói da vida real que sofre, erra e morre.”
 
O trabalho da cientista Thelma Krug, finalista da categoria Ciências, impacta a vida das pessoas não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Ela é vice-presidente do Painel Intergovernamental para Mudanças do Clima, órgão que reúne dados e emite relatórios que determinam as práticas globais relacionados ao tema. Para chegar até aqui, ela batalhou muito. No evento, a  cientista contou que, quando viajou para os Estados Unidos com o marido, que ganhara uma bolsa de doutorado, e o filho de quatro meses, decidiu também fazer faculdade. Para poder pagar o primeiro ano da faculdade de Matemática, Thelma trabalhou como babá e datilógrafa. Graças ao ótimo desempenho, ganhou bolsa nos anos seguintes. “A imagem mais crítica que tenho dessa época era eu lavando a louça ao lado de um livro de cálculo, pois tinha prova no outro dia. Foi difícil, mas consegui terminar.” Thelma conta que a perseverança foi herdada da mãe: “Ela dizia: ‘Primeiro vem o trabalho, porque o marido hoje a gente tem e amanhã não sabe se vai ter. Já os filhos crescem e vão embora. Seu trabalho é o que vai te sustentar'”.  

Saiba o que rolou na segunda parte do evento. Leia a matéria: Ser mãe não impede que as mulheres cheguem ao topo da carreira.

Acompanhe o próximo debate, no dia 13/9, às 10h30, no Rio de Janeiro ou pelo Facebook de CLAUDIA.

Continua após a publicidade

Você também faz parte do júri que irá eleger as vencedoras de cada categoria. Para votar, aperte o coração ao lado da foto da finalista. Leia as histórias, avalie os trabalho e escolha as suas candidatas.

Divulgação
Divulgação ()

 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.