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Deputado critica roupas das parlamentares mulheres na Assembleia do Rio

Alexandre Knoploch, do PSL, chegou a comparar as roupas aos figurinos de novelas infantis como Chiquititas

Por Maria Clara Serpa
Atualizado em 17 fev 2020, 13h30 - Publicado em 13 set 2019, 17h02

Nesta quarta-feira (11), o deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL) usou seu discurso na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para criticar a maneira que algumas deputadas se vestem para ir ao plenário. Sem citar nomes, o político disse que a vestimenta pode representar quebra de decoro parlamentar em alguns casos.

“Estão fazendo isso aqui de ‘Escolinha do Professor Raimundo’. Inclusive denegrindo [sic] a imagem das mulheres. Existem formas de estar nesse parlamento e de vestimenta. Isso aqui não é ‘Chiquititas’, não é ‘Carrossel’ e não é ‘Escolinha do Professor Raimundo’. Então temos que levar isso aqui com seriedade. Esta bagunça que eles fazem achando que estão nestes atos pelas ruas, esse circo de horrores, essas balbúrdias cheias de maconheiros não pode ser trazido aqui para dentro. O parlamento merece respeito, e assim os parlamentares devem ser vistos e vestidos nesta casa“, disse Alexandre.

Os parlamentares do PSOL acreditam que Alexandre se referiu especialmente à Dani Monteiro, que neste dia vestia saia xadrez e meias amarelas até os joelhos. A deputada afirmou que o episódio foi apenas um de uma série de injúrias e calúnias que vêm ocorrendo na Alerj.

Temos o direito a usar as roupas que julgamos adequadas. O colorido ou determinadas peças não deveriam ser alvo de reprimenda, pois temos muito mais com o que nos preocupar, estamos aqui para legislar, não para perseguir esse ou aquele colega. Será por que sou mulher?”, questionou Dani.

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(Reprodução/Reprodução)

Segundo a deputada Renata Souza (PSOL), o incômodo ocorre porque as Casas Legislativas não foram pensadas como locais para mulheres e ainda mantêm uma estrutura patriarcal e machista. Ela ainda conta que, até pouco tempo atrás, o Congresso sequer tinha banheiros femininos.

“Não existe nenhum código de vestimenta específico para as mulheres porque o espaço nunca previu a nossa chegada”, conta Renata. “Ao ser incapaz de argumentar contra as deputadas, o deputado tenta nos violentar e assediar para atingir a nossa honra e moral. Já fui vítima no plenário de uma tentativa de deslegitimação pelo mesmo deputado que fez ilações, por exemplo, sobre minhas relações afetivas, amorosas e íntimas. É notável sua ojeriza às nossas roupas, muitas delas confeccionadas por costureiras mulheres negras da favela e da baixada fluminense, com tecidos africanos“, finaliza.

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