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Campanha visa divulgar a linha de telefone 180, que atende mulheres vítimas de violência doméstica

Com a chamada “A violência não pode ser maquiada”, a campanha do Instituto Avon tem como peça principal a apresentação de uma linha de maquiagem invisível, que não esconde as marcas de violência no rosto da mulher.

Por Aline Gomiero
Atualizado em 28 out 2016, 06h09 - Publicado em 6 mar 2015, 08h07
Getty Images
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A violência não pode ser maquiada. Com essa mensagem impactante, o Instituto Avon lançou, nesta quinta-feira (05), uma campanha para divulgar a Central de Atendimento à Mulher, criada pela Secretaria de Política para as Mulheres, que atende por meio do telefone 180 denúncias de violência contra a mulher e indica serviços de apoio para este tipo de ocorrência.

De acordo com levantamento da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, a maioria das denúncias que chegam pelo telefone 180 sobre violência contra a mulher são casos de violência física. Dos 52.957 relatos recebidos em 2014, 27.369 são de mulheres agredidas com socos, tapas, mordidas, pontapés, queimaduras, entre outros. Embora muitos avanços tenham sido alcançados com a Lei Maria da Penha, ainda assim, hoje, o Brasil contabiliza um número baixo de denúncia a agressões: ao todo, foram 485.105 ligações feitas em 2014. Segundo relatos, o medo da morte é a principal barreira para mulheres que relutam em entregar seus agressores.  Além disso, muitas delas ainda não têm conhecimento sobre esse canal de comunicação.

O principal objetivo da campanha “Linha 180 – Seu brilho natural de volta”, que integra a iniciativa “Fale Sem Medo – Não à Violência Doméstica“, é defender a denúncia como forma de quebra do ciclo de violência. Para divulgar a iniciativa, a empresa apresentou aos jornalistas uma linha maquiagem invisível, com frascos de produtos de beleza vazios, que não escondem as marcas no rosto da mulher e que servem de pretexto para se falar sobre as várias formas de violência doméstica, e sempre indicar o uso da linha 180, que na verdade é uma linha de telefone. O catálogo, que apresenta os produtos e na verdade é um folheto informativo, traz fotos de mulheres com cicatrizes no rosto, para mostrar que nenhuma base, batom ou corretivo pode esconder aquilo que ficou marcado na vida da pessoa. “A maquiagem deve valorizar a mulher, jamais esconder marcas de violência, que precisam ser reveladas, expostas. Queremos que a mulher mostre no rosto as marcas, e cobre da sociedade proteção e atitude.” comenta Lírio Cipriani, diretor executivo do Instituto Avon.

A campanha também envolve a capacitação de revendedoras autônomas para divulgar o serviço de denúncia, levando informação para suas clientes. Confira o vídeo:

 

 

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