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Artista norte-americana sobrevive à sua segunda pandemia

Marilee Shapiro se recuperou da Covid-19 e já havia sobrevivido à gripe espanhola em 1918

Por Da Redação
11 Maio 2020, 15h27
 (Sarah L. Voisin/The Washington Post/Reprodução)
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Marilee Shapiro, de 107 anos, tornou-se a pessoa mais velha a sobreviver à Covid-19. Nascida em uma família judaica de Chicago, nos EUA, a artista e fotógrafa já havia sobrevivido à pandemia de gripe espanhola, em 1918, quando tinha 6 anos.

Em sua biografia, “Dancing in wonder for 102 years”, Marilee conta que, devido à pouca idade, não se lembra muito bem de como foi passar pela doença. “Ela soube que estava melhor quando desceu as escadas de casa, viu o pai tomando café da manhã e se juntou a ele na mesa”, contou sua prima Linda Hansell, que a ajudou a escrever o livro.

Desta vez, Marilee estava se sentindo doente há semanas antes de ser diagnosticada com a Covid-19. Começou a se sentir fraca e cansada em março, mas as condições pioraram em abril e ela parou de se alimentar. Foi aí que as enfermeiras da casa de repouso onde vive resolveram levá-la ao hospital. Ela foi diagnosticada com o novo coronavírus bem no momento em que a pandemia se alastrava pelos Estados Unidos.

Sua filha, Joan Shapiro, ouviu dos médicos que ela não teria mais que 12 horas de vida. Contrariando todas as expectativas, Marilee não precisou ser intubada e foi para casa depois de 5 dias no hospital. Ela está se recuperando bem e já voltou a ler os jornais e comentar as notícias, segundo sua família.

Em entrevista ao The Washington Post há alguns anos, Marilee contou que sua mãe tentou abortá-la porque já tinha 40 anos quando ficou grávida. Na mesma entrevista, disse que sua longevidade se deve à prática regular de exercícios – ela pratica tai chi chuan e yoga desde jovem – e ao fato de sempre ter se ocupado e trabalhado mesmo em um período em que não era comum que as mulheres trabalhassem fora de casa. Aos 88, mesmo tendo dificuldades para continuar trabalhando com peças pesadas de bronze, ela não quis se aposentar e resolveu entrar na faculdade para estudar fotografia digital. Agora, quase 100% recuperada da doença, Marilee não vê a hora de poder voltar a produzir.

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Em tempos de isolamento, não se cobre tanto a ser produtiva:

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