Vinícius Tardio: “Importa o que está no coração”

Qual o caminho para a felicidade? Esta é uma pergunta que fazemos ao longo da existência. E a busca torna-se mais forte quando temos que escolher o que vamos fazer da vida – e pelo resto dela, provavelmente. Quando tinha 17 anos, Vinícius Tardio teve esse tipo de questionamento e achou que Araçatuba, cidade do interior paulista, estava pequena para os seus sonhos. 

 

Saiu de casa e foi morar sozinho na capital do estado. Lá, ele encontrou nos palcos um caminho para a realização. O futuro reservava um pouco mais para o garoto. Depois de alguns pequenos trabalhos, ganhou seu primeiro papel, como protagonista da novela das 7, Além do Horizonte, na qual vive o DJ Rafa.

 

Aos 22 anos, o ator é uma das apostas da emissora na safra de novos rostos para as suas produções. “Não sabia o que ia fazer da vida. Quando comecei a estudar teatro e cinema, decidi que era o que eu queria. Mas a gente nunca sabe se vai dar certo. Hoje, estou aqui, fazendo o que gosto, sendo pago pelo que faria de graça”, analisa Vinícius, que é formado pela Escola de Atores Wolf Maya. 

 

Na trama, ele é um cara sensível, que a certa altura tem o coração dividido entre duas paixões: a namorada “fujona” Paulinha (Christiana Ubach) e Lili (Juliana Paiva), seu ombro amigo.

 

E a vida real não tem se mostrado diferente… O ator se define como um cara romântico e notícias já deram conta do envolvimento dele com Giovanna Lancelotti e sua colega de elenco Mariana Rios (a professora Celina da trama), com quem passou o Réveillon no Copacabana Palace, Rio. Nada confirmado pelas partes até agora. Fato é que a fama de bom-moço e o rostinho bonito vem conquistando admiradoras dentro e fora da telinha.

 

Falando assim, você parece ser uma pessoa romântica. Está certo?

Tenho um romantismo em mim, sim. Acredito de verdade no poder do amor. Veja só: o que seríamos de nós sem esse sentimento? É ele que move tudo! Não sei se posso me definir exatamente como um cara romântico, mas, pelo menos, aposto no sentimento. O que está no coração é o que mais importa.

 

Qual a sensação de estrear na TV e logo como protagonista de uma novela da Globo?

Está sendo uma coisa muito nova para mim, mas simplesmente maravilhosa. Tudo aconteceu de forma bastante rápida. Recebi uma ligação do produtor de elenco Luciano Rabello e ele disse que tinha um papel legal para mim. Saí de São Paulo em direção ao Rio, fiz o teste e um mês depois descobri que tinha passado. Se você me perguntar como chegaram até meu nome, não vou saber dizer ao certo. Em 2011, fiz um cadastro na emissora. Acho que me acharam por lá.

 

Essa história de ser ator surgiu “do nada” na sua vida?

De certa forma, sim. Foi no fim da adolescência. Comecei a estudar teatro e cinema aos 17 anos e, justamente nessa época, descobri que ser ator era o que me realizaria na vida. Ao sair da casa da minha mãe, percebi que era isso o que me motivava. Quando deixei Araçatuba, tive um crescimento pessoal enorme, porque fui para a capital e comecei a estudar, a morar sozinho, a ter que correr atrás das minhas coisas.

 

Com o convite para a novela, você teve que mudar de São Paulo para o Rio. O que está achando?

Pois é, estou morando no Rio agora, na Barra da Tijuca. Essa cidade é maravilhosa, né? Gosto de tudo: do ar, do mar…

 

Qual o maior desafio da carreira?

Um grande desafio é não mudar minha essência e continuar sendo quem sou: humilde, simples, igual a todo o mundo. Não me sinto especial por trabalhar como ator. Acredito que a fama não vai subir à minha cabeça.

 

Você se identifica com o Rafa?

Bastante, principalmente nas cenas na floresta, porque sou do interior. Além disso, pratico meditação, nada melhor que o contato com a natureza… O Rafa, assim como fiz aos 17 anos, também saiu de casa e foi atrás do que acreditava. Não vou dizer que foi fácil para mim, porque não foi! Mas, finalmente, as coisas estão fluindo. Dou o melhor e sigo o meu coração. Quando estou em um trabalho, invisto cem por cento de mim. Sei que gravamos bastante, mas trabalho com pessoas incríveis e que são absurdamente generosas comigo. Então, eu me sinto em casa.