Vanessa Giácomo: “Não gosto de ficar sublinhando minha sensualidade”
A Malvina de "Gabriela", se prepara para fazer cenas quentes no cinema, como a protagonista de "Dona Flor e seus Dois Maridos"
Vanessa Giácomo aproveita o periodo pós-separação para se dedicar ao trabalhos e aos dois filhos
Foto: AgNews
Recém-separada, Vanessa Giácomo agora se dedica exclusivamente ao trabalho e aos filhos Raul, de 4 anos, e Moisés, de 2. Pelo menos, desde que pôs fim ao casamento de oito anos com o ator Daniel de Oliveira, pai de seus filhos, ela ainda não assumiu nenhum namoro.
Aos 29 anos, a atriz dá vida à Malvina, de “Gabriela“, e se prepara para ser a protagonista de “Dona Flor e seus Dois Maridos“, no cinema. Por acaso, duas personagens inspiradas em obras de Jorge Amado, mas muito diferentes. Se, na TV, encarna uma adolescente rebelde, na telona ela aparecerá em cenas quentes, cheias de sensualidade. Algo inédito em sua carreira.
Assistiu à versão de 1975 de Gabriela?
Não. A gente trabalhou mesmo com o livro, e não vi a outra versão, porque acho que influencia. Assistir a uma grande atriz atuando… deixa a imagem na cabeça. Aí, você acaba não dando tudo o que tem de melhor: “Ah, ela fez assim, será que estou fazendo certo?”. Neste caso, a espontaneidade é sempre melhor. Admiro muito Elizabeth Savalla (que viveu Malvina na época), é minha amiga, uma querida, e me mandou um e-mail.
O que ela dizia?
Ela me dava força. Achei muito bonito da parte dela. Como é minha amiga, estava me dando uma bênção… Fiquei muito feliz com a atitude! Elizabeth é uma pessoa muito próxima, e eu esperava isso mesmo.
Já teve uma fase mais rebelde, como a Malvina?
Ah, muitas! Acho que sou rebelde até hoje. É que as pessoas sempre me enxergam como muita calminha, mas… Sai de baixo! Se a pessoa falar Você tem que fazer isso!, pergunto por quê. É preciso ter coerência. Se não falar por que eu tenho que fazer, não vale mesmo. Sempre fui de questionar tudo com os meus pais. E acredito que isso traz certa personalidade.
Como se definiria como mãe?
Não sou nada radical. Sou muito amiga deles. De deitar no chão, brincar… Mas se tiver que falar sério, eu falo. Mas acredito que a base de uma boa educação é amar. Se amar, não vai pecar nem no excesso de zelo, que não é bom, nem na falta de atenção. O ideal é ter a medida certa dessas coisas.
Mudando de assunto… Você fará Dona Flor e Seus Dois Maridos, uma personagem bem sensual. E, provavelmente, terá cenas bem fortes.
Assim, pela arte, quando acredito na personagem, não tenho o menor problema com isso. Encaro numa boa. É para ser sensual? Então, vamos lá! Se estou envolvida com a personagem, e o que estou fazendo não é gratuito, tudo bem.
E você se acha sensual?
Não. Quer dizer… Não me enxergo assim. Claro que eu tenho uma sensualidade, né? A pessoa não ter sex appeal nenhum não é legal. Toda mulher tem um pouco de sensualidade. O que eu não gosto é de ter que ficar sublinhando isso o tempo inteiro. Por exemplo, fazer revistas em que eu fique de biquíni não é realmente o meu estilo.
Bem, o corpo está em dia. Você malha?
Parece, né? Mas nem malho tanto assim. Minha personal (Edna) diz: “Você é cara de pau, fica falando que malha.” Mas faço musculação e já fiz balé, quero até voltar. Balé emagrece muito.
E quais são os seus outros cuidados com a beleza?
Eu me alimento bem, não como fritura, bebo muita água, faço massagem e sempre vou à dermatologista, pergunto o que posso passar, essas coisas… E, para o cabelo, não faço nada, zero!
Você está com 29 anos. A chegada dos 30 assusta?
Quando cheguei aos 29, falei: “Opa, mudou!” Acho que dá uma ansiedade danada, parece que você não fez nada da sua vida ainda, é como se faltasse fazer tanta coisa… Quando vou poder estudar? E quanto mais você estuda, mais se prepara, mais viaja, mais vê que não sabe nada. Isso vai dando uma angústia daquelas… Você quer aprender, deseja fazer mais coisas, quer viver tudo muito rápido, só pensa em mostrar tudo de melhor para os filhos. Essa adrenalina traz uma coisa boa: você não se acomoda e corre atrás do que quer.