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Marina Ruy Barbosa: “Sou perfeccionista. Não me entrego mais ou menos”

Atriz, empresária, garota-propaganda e influencer. Marina, na verdade, é multitarefas

Por Isabella D'Ercole Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
31 Maio 2018, 12h31
 (André Nicolau/CLAUDIA)
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Em pé num quarto de hotel, Gioconda Ruy Barbosa, 49 anos, observa a filha Marina Ruy Barbosa ser maquiada para um evento. “Desde que ela tinha 9 anos, era a mais embonecada nos testes para TV. Eu comprava roupinha nova, fazia penteados”, conta a stylist, que até hoje escolhe os modelos da atriz, de 22 anos. Certamente tem uma pitada do incentivo familiar no sucesso da estrela. Acima de tudo, porém, está o foco que ela demonstrou precocemente. “Marina sempre soube o que queria e correu atrás”, explica Gioconda.

A canceriana cumpre as tarefas sem reclamar; nunca demonstra cansaço. Ela abriu espaço para fazer as fotos desta reportagem em um dia de trabalho que havia começado antes das 6 da manhã e só terminou às 22 horas. A agenda cheia tem a ver com o estilo de negócio que essa carioca estruturou para além da carreira de atriz. Mariana passa largas horas, de segunda a sábado, gravando as cenas de Amália, sua personagem em Deus Salve o Rei, novela global das 7. Nos momentos que seriam de folga, desempenha o papel de empresária. Parceira de sete marcas, participa do desenvolvimento de produtos (alguns levam seu nome) e, depois, aparece nas campanhas para lançá-los.

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No mercado, associados à sua imagem, há sapatos, joias, roupas, bolsas, maquiagens e um carro. Marina dedica-se a todos os projetos como se fossem únicos. “Sou perfeccionista. Não gosto de me entregar mais ou menos. Se compro uma ideia, é porque vou me envolver, entrar no time. No final, sentirei orgulho do resultado”, afirma. Às vezes, extrapola os limites do contrato. Se ela acredita no potencial do produto e quer aumentar exponencialmente a venda, turbina a propaganda postando três ou quatro vezes mais do que estava combinado. Monta sozinha editoriais com fotos e mobiliza a audiência. Para isso, ela garante, submete as propostas que recebe a um rígido processo de seleção. “Sou exigente. Preciso me identificar com o produto para apostar nele.” Marina cuida bem de suas protagonistas na TV porque elas são o link com o público que continuará a acompanhá-la nas redes sociais. Com 24 milhões de seguidores no Instagram, detém o posto de 25ª artista mais influente do mundo, à frente de astros hollywoodianos, como Robert Downey Jr. O levantamento foi feito pela montadora de veículos Renault.

No país, de acordo com o estudo Os Influenciadores – Quem Brilha na Tela dos Brasileiros, da Provokers para o Google e Meio & Mensagem, o nome dela sobe para o 18º lugar. É no Instagram que exibe penteados, makes e vestidos que escolhe para ocasiões especiais. Revela ainda episódios vividos no trabalho e a rotina com o marido, o empresário Alexandre Negrão, 32 anos. O registro da união deles, em Campinas (SP), foi a segunda foto brasileira mais curtida do ano passado.

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O segredo para manter a audiência permanentemente é ser fiel à própria personalidade, sem mostrar qualquer coisa que soe falso – como descreve. Essa transparência é suficiente para conservar a relação de proximidade com os fãs? A atriz crê que sim, pois tem tomado todos os cuidados. “O mais importante é não se tornar refém das redes”, diz. “Nunca perco de vista que ali está só um recorte. O real vai além e precisa ser alimentado sem registros. Não abro mão de sair com as amigas e ficar em família.” Antes de publicar, ela reflete sobre cada conteúdo. E só concretiza a postagem levando em consideração a responsabilidade que carrega como comunicadora. Então, opta por aquilo que é positivo. “Fotos de viagens, por exemplo, levam informação e cultura. E fazem as pessoas sentirem que estão comigo naquele lugar.”

O traquejo com as ferramentas digitais vem de experimentação. “Sou intuitiva, gosto de ouvir essa voz antes de agir”, revela. O pensamento a norteia também fora dos negócios. Ao revelar que se casaria tão jovem e com um homem mais velho, choveram críticas, sobretudo da imprensa. Não se deu ao trabalho de escutar. “Gosto da rotina de casada, de dormir e acordar juntinho”, conta. Marina enfrenta uma nova patrulha – a de quem pergunta quando o casal vai ter bebê – com uma resposta-padrão: “Queremos filhos, mas não há previsão. Ainda não me considero capaz de educar uma criança”. Nem há tempo para isso agora. A atriz, que nunca para, estará no próximo folhetim das 9, O Sétimo Guardião, de Aguinaldo Silva.

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Marina Ruy Barbosa

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