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“Há artistas conhecidos que dizem onde estarão para serem fotografados”, conta Guilherme Gonzalez

No papel do paparazzo Zito, na trama das 19h, ator paraense fala a respeito da preparação de seu personagem e de seu segundo trabalho com texto de Maria Adelaide Amaral

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 16 jan 2020, 00h15 - Publicado em 9 Maio 2013, 21h00
Por Maraísa Bueno - Contigo! Online (/)
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Guilherme Gonzalez trabalha pela segunda vez com texto de Maria Adelaide Amaral, no papel do paparazzo Zito, em Sangue Bom
Foto: Fabio Medeiros

 

Há 20 anos trabalhando no Teatro, a vida de Guilherme Gonzalez mudou totalmente em 2011, quando interpretou o caipira Efraim, em Morde e Assopra. De lá para cá, o ator, de Belém, no Pará, fez apenas três papéis na Rede Globo, mas cada um em contextos muito diferentes.

Do caipira Efraim, onde ninguém o reconhecia, devido à sua caracterização, Gonzalez passou por Dercy de Verdade, série em que atuou como o marido da sobrinha da atriz, Zé, ajudando a contar a história do ícone do teatro e da TV brasileira – e fez seu primeiro trabalho com Maria Adelaide Amaral – e agora é Zito, um paparazzo, em Sangue Bom, também da escritora.

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Amizade

Guilherme conta que conheceu Maria Adelaide quando resolveu elogia-la por seu trabalho em Dalva e Herivelto, em que houve uma cena que se passou em sua terra natal, Pará. “Eu recebi um e-mail de uma amiga e nele havia o endereço da Maria Adelaide. E eu fiquei muito feliz com essa cena que se passou onde nasci e escrevi para ela, falando que eu fiquei muito emocionado com a cena e queria dar os parabéns. No dia seguinte, ela respondeu, me chamando para um café”, disse.

A partir daí, uma amizade começou. Pelo fato de Guilherme ter feito teatro, além de ter dado aulas de história na adolescência, Maria Adelaide, que é nome de grandes trabalhos focados em fatos históricos, o chamou para assistir a espetáculos no teatro, onde tiveram diversas conversas sobre os temas que assistiam e descobriram que moravam próximos.

“Ela ficou feliz quando eu passei no teste de Morde e Assopra. É complicado essa relação de ator e autor. Para eles é muito difícil, tem um jogo de interesse, não saber porque a pessoa está chegando, se aproximando. Meu interesse era a figura, a grande autora e trocar ideias, experiências. Tanto que, quando acabou Morde e Assopra, veio o convite da Dercy, que teve só quatro capítulos mas houve uma repercussão muito grande, porque Maria Adelaide trabalha muito com história”, explicou.

Ser um paparazzo

Para se transformar em Zito, Guilherme contou que passou dias ao lado de paparazzi espalhados pelo Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, e descobriu diversas curiosidades a respeito desta profissão que segue famosos em praias, restaurantes e ruas do Rio de Janeiro, principalmente.

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“Eu fiz laboratório com paparazzi que ficam no Leblon. Passei dias com eles e é uma coisa muito louca, o aumento dessa profissão dos paparazzi é um fenômeno muito interessante. A vida de um artista sempre desperta interesse das pessoas”, contou, completando que muitas das informações que eles recebem vêm de donos de quiosques, vendedores de picolés, que ligam para os paparazzi falando por onde a celebridade anda.

“E tem o lado dos que ligam para eles informando que vão a determinado local. Gente consagrada ligando, falando que ia para o aeroporto encontrar com namorado”, completou, dizendo que procura saber os dois lados dos profissionais. “Porque da mesma forma que é invasivo, uma pessoa ficar na porta da sua casa, te esperando para te ver, do outro, isso é usado como aliado para se manter na mídia”.

Reconhecido nas ruas

Pelos seus dois primeiros trabalhos na Rede Globo terem sido de caracterização, pois um era totalmente fantasiado e outro era histórico, Guilherme ainda não havia sido reconhecido pelos vizinhos. Mas com o Zito, as coisas andam mudando para o lado do ator. “Meus vizinhos já estão me olhando estranho. Vi meu porteiro mexendo nas correspondências que chegam com os textos da novela e uma vizinha me viu no primeiro capítulo da novela e falou comigo”, contou.

“Tudo é muito novo. É interessante, mas prefiro ser reconhecido como um bom ator e não como o fulano da novela tal. O negocio é saber lidar”, destacou.

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Dez quilos a menos

Guilherme emagreceu muito, o que o ajudou ainda mais para a composição de Zito. Mas não foi proposital perder 10 quilos. “Imagina que o porteiro do seu prédio é mais sarado que você. Morar no Rio de Janeiro, na beira da praia, se eu não emagrecesse, é porque alguma coisa de errado estaria acontecendo”, brincou o ator aos risos. “Seria muita cara de pau minha não correr na praia. Eu não emagreci para a novela, mas acabou me ajudando para compor o Zito”.

Ao lado de ídolos

Pelos poucos trabalhos feitos na emissora, Guilherme realizou o sonho de trabalhar com grandes nomes da televisão brasileira, como Fafy Siqueira em Dercy de Verdade, e agora com Marisa Orth, Giulia Gam e Malu Mader, esta última sendo fã de carteirinha.

“Eu era apaixonado pela Malu desde Top Model e até já cheguei a pular muro de hotel pra tentar tirar uma foto com ela. E de repente eu estou trabalhando com ela e isso é uma coisa muito legal. E é muito bom ter contato com uma pessoa que você sempre admirou e ela te retribuir isso”.

Quando o assunto foi Marisa Orth e Giulia Gam, que são personagens cômicas em Sangue Bom, onde fazem dramas para chamarem a atenção, Guilherme disse que, nas gravações, há momentos que é impossível realizar as cenas, por causa das risadas. “Quando a coxia é boa, tudo é bom. Quando Marisa e Giulia começam a contar os causos delas, você vai pra casa com outro astral, fora os momentos que é impossível começar a gravar por causa das risadas. É muito divertido”.

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"Há artistas conhecidos que dizem onde estarão para serem fotografados", conta Guilherme Gonzalez

Em Sangue Bom, Guilherme está tendo a oportunidade de atuar ao lado de um ídolo de infância: Malu Mader
Foto: Fabio Medeiros

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