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Fabio Assunção fala sobre o personagem Herivelto

Fábio Assunção fala do seu processo de composição para a minissérie Dalva e Herivelto, uma Canção de Amor

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 04h40 - Publicado em 29 dez 2009, 21h00
Adriana Dias da Cruz (/)
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“É difícil chegar perto do Herivelto, pois ele
 era extremamente carioca, um cara de 
escola de samba… Coisa que não tenho 
na minha vida, no meu sangue”, 
Fábio Assunção
Foto: AgNews

Por Herivelto Martins, Fábio Assunção raspou parte dos cabelos para criar duas entradas (características do compositor), relaxou com a alimentação – “Passei a comer muito chocolate”, diz – e colocou enchimento para exibir uma barriguinha. Também fez aulas de violão com Alfredo Del Penho e preparação vocal com Ester Elias. 

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O resultado ficou tão satisfatório, que Fábio até se anima para sair numa escola de samba. “Se for para ir na bateria, eu vou (risos)”, brinca o ator, que viverá Herivelto dos 24 aos 60 anos e admite que sofreu para viver uma personalidade real.

Qual era a principal diferença entre os relacionamentos de Herivelto com Lurdes e com Dalva?
São relações bem diferentes. Com Lurdes, Herivelto era um cara mais romântico. Até porque ele era um pouco mais velho. E era diferente com a Dalva. Acho que pelo fato de ela ser cantora… Aí, misturava com esse lado profissional. O temperamento da Dalva também dava essa coisa de tapas e beijos. Com a Lurdes, o Herivelto é sempre mais romântico; eles fundaram Cabana, um centro de umbanda.

Você já viveu uma paixão tão louca quanto a de Dalva e Herivelto?
Já fui casado com atriz e sei que… A agenda é mais tumultuada, os dois têm vários compromissos e… acaba que fica uma relação meio conturbada. E essa coisa de ser artista o leva a ter uma personalidade mais forte, mais… Mexe muito com a vaidade, com elementos que, num casamento, às vezes, pode perturbar um pouco. Não quero me fazer entender mal, mas… digo que, com a Dalva, era mais difícil. E estou falando da minha percepção. Não quer dizer que seja a verdade.

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É a primeira vez que você vive um personagem baseado em alguém que realmente existiu. Que tal?
É dificílimo. Primeiro, porque ele nasceu em 1912 e a minissérie basicamente se passa em 1930, 1940 e 1950. E Herivelto morreu em 1992, está muito fresco na cabeça das pessoas. Não interpreto Mozart, que é um cara que eu poderia fazer de qualquer maneira. Fico preso a referências. Ele foi ao Chacrinha, ao J. Silvestre… Não é um cara que eu fique livre para fazer o que quiser.

E como fez, então, para alcançar o resultado que irá ao ar?
É difícil chegar perto do Herivelto, pois ele era extremamente carioca, um cara de escola de samba… Coisa que não tenho na minha vida, no meu sangue. Tentei captar o espírito dele. 

Por meio da própria história…

Em cada cena, tentei chegar perto dele. Por exemplo, fiz uma no Fluminense que mostra o dia em que ele introduziu apito no samba. Procurei pegar coisas do espírito do samba naquela hora. 

Herivelto tinha realmente uma personalidade difícil?

Com os filhos, ele tinha uma relação difícil. Não era um cara que abraçava, não era afetuoso. Ele não abraçava os filhos.

 

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