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Entrevista com Thiago Lacerda

Thiago Lacerda confessa que gostaria de ser como Bruno da novela "Viver a Vida": livre, leve e solto

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 05h34 - Publicado em 27 out 2009, 21h00
Heloiza Gomes -  (/)
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Thiago Lacerda
Foto: Rede Globo

Casado com a atriz Vanessa Lóes, 37 anos, e pai de Gael, 2, Thiago Lacerda leva a vida bem diferente de Bruno, seu personagem na trama de Manoel Carlos. O gato, que mexerá com Helena (Taís Araújo) e balançou Luciana (Alinne Moraes), não é chegado a responsabilidades, curte um dia de cada vez, viaja sem se comprometer com nada nem ninguém – pelo menos, por enquanto. Apesar de estilos diferentes, o ator, de 31 anos, não só aprova o comportamento de seu personagem como admite que poderia ter tomado o mesmo caminho. “Tenho um pouco dessa natureza”, confessa.

Como você definiria Bruno?
É leve, descompromissado com regras. Se tivesse que defini-lo em uma palavra, diria liberdade. Não tem nada que o prenda em nenhum lugar, vive da maneira que a vida se apresenta. É um um cara moderno.

Já experimentou essa liberdade?
Tive de fazer opções muito jovem. Com 18 anos, queria estabelecer vínculos duráveis. Mas, se a vida não tivesse sido como foi, talvez tivesse seguido o caminho do Bruno. Tenho um pouco dessa natureza, gosto de pessoas que não receiam abrir as portas e seguir.

Seu estilo de vida é o oposto, né?
Tenho uma maneira muito simples de viver. Acordo, tomo café, mergulho na praia, levo Gael à escola, namoro minha mulher, ouço uma música… Não tenho helicóptero, nem ilha em Angra, não salto de asa-delta. Sou um cara sem graça, aliás (risos).

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Mudando de assunto… Você tirou férias longas da telinha…
Fiquei um tempo longe da TV (desde Eterna Magia, 2007). Precisava descansar de tudo o que significa fazer TV, como entrevistas, publicidade… Tinha de dar um tempo. Até para entender como funciona a televisão.

E entendeu?
Muito. Na verdade, o que queria era tirar um ano sabático, mas não consegui. Em quatro meses, fui fazer teatro, a peça Calígula.

Isso o amadureceu artisticamente?
Sim. Tudo serve de acúmulo de experiência, mas só dá para solidificar isso quando se faz uma pausa. É importante parar e pensar: ‘O que não quero mais? O que me interessa?’ Foi um tempo para olhar os próximos dez anos.

O que você não quer mais?
Quando você projeta no inconsciente das pessoas uma imagem, é difícil dizer: “Não é exatamente isso”. Daí, fiz questão dessa parada para reflexão. E sei o que não quero, mas, talvez, não queira falar. Quero coisas que me desafiem. Não tenho vontade de entrar numa história ou pensar num papel só para ocupar meu tempo. Quero provocar reflexão, um sorriso, uma lágrima…

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Bruno fará isso?
Pensamos que viver é responsabilidade, compromisso, família… Bruno está aí para dizer que existe outra forma de viver.

Quais são os planos para os próximos dez anos?
Quando se tira um período longo de reflexão, projeta-se uma maneira de trabalhar nos próximos dez anos. Calígula representa isso: a vontade de seguir por caminhos diferentes. Não quero nada na minha vida que não seja Calígula, que não seja Bruno.

Voltando ao Bruno, então: ele ficará dividido entre a Luciana e a Helena?
Ele não é do tipo que fica dividido. Também não estabelece compromissos. Não é mau-caráter, pervertido ou galinha. É um cara que vive uma página de cada vez. E vai de encontro ao falso moralismo do Brasil. Por que não posso ter duas namoradas? Eu, talvez, não queira… Por que não para uma pessoa que pensa diferente? Ela tem que ser execrada?

É uma questão cultural.
O que me faz repensar por que se aceitar os padrões sem questioná-los. No Brasil, a gente se preocupa com o que o cara faz ao lado. Em Londres, há um punk ao lado do cara de gravata, uma mulher grávida, um mendigo e todo mundo se respeita. Bruno fará com que as pessoas pensem sobre certo e errado, sobre regras.

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Todo mundo já teve vontade de viver assim, mas o vínculo fala mais alto…
Viver a vida significa fazer opções de acordo com os momentos. Muito novo, me vi obrigado a fazer escolhas que, naquela época, me diziam alguma coisa. São caminhos, mas… O que é certo e errado: a vida que ele leva ou a minha? Não interessa. Tem gente que come jiló. Vou dizer que o cara é louco (risos)?

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