Cauã Reymond fala sobre ser bandido no filme Alemão e conta planos para o futuro: “Mais dois filhos”
O elenco do filme se reuniu na pré-estreia realizada, na segunda-feira (10), no Rio de Janeiro
Cauã deseja tirar férias antes de começar outro projeto
Foto: Reginaldo Teixeira
Cauã Reymond, 33 anos, não para de trabalhar. Depois de terminar Avenida Brasil (2012), rodou o filme Alemão, que entrou em cartaz na quinta-feira (13), estrelou o seriado Amores Roubados e está firme nas gravações da nova série Os Caçadores, que entra na grade da Globo a partir de abril. “Adoro trabalhar, mas vou tirar umas férias e só depois delas que engato novo projeto cinematográfico intitulado Língua Seca“. No meio disso tudo se rolar um convite, ele não descarta a possibilidade de uma carreira internacional.
No momento, suas prioridades são outras. “Tenho uma filha (Sofia, 1 ano e 9 meses, com a ex-mulher Grazi Massafera, 31). Quero mais filhos e não ir para os Estados Unidos ficar batendo perna e correndo atrás de alguma oportunidade”. Cauã já sabe até quantas vezes quer voltar a exercitar a paternidade. “Mais dois filhos”, revela. E bem-humorado faz uma brincadeira com a insistência de arrumarem uma nova namorada para ele desde que assumiu a separação em outubro do ano passado. “Nem me identifico mais com o meu eu. Nem sei qual é meu estado civil, de tanto que já me casaram”.
Enquanto na vida real parece continuar sendo um dos maiores bons partidos do Rio de Janeiro, nas telas o ator dá uma reviravolta na imagem de bonzinho. No filme Alemão faz o vilão da história, chamado Playboy que é o chefão do tráfico do complexo que dá nome ao longa de José Eduardo Belmonte. Playboy mobliza todo o tráfico local na caçada a cinco policiais que estão em uma missão secreta na comunidade, Danielo (Gabriel Braga Nunes), Carlinhos (Marcello Melo Jr.), Branco (Milhem Cortaz), Doca (Otávio Muller) e Samuel (Caio Blat), filho do delegado Valadares (Antonio Fagundes), este responsável por uma das cenas mais emocionantes do filme, ao saber que o filho havia sido morto no morro. E como acontece com a realidade de Cauã, seu personagem também tem uma ex-mulher, Mariana (Mariana Nunes). “Mas o Playboy cuidava bem dela. Ninguém pegava”, diverte-se.
Cauã Reymond e Antonio Fagundes
Foto: Reginaldo Teixeira
Apesar de o papel ser pequeno, no frigir dos ovos, o vilão acabou se dando bem, uma vez que há a intenção de se fazer uma seqüência, ou seja, um Alemão 2. “Foi por isso que o Cauã escolheu ser o bandido”, diverte-se Antonio Fagundes que destaca um outro detalhe do longa. “São três histórias de amor: pai e filho, no meu caso e as duas mulheres, a do Playboy e a irmã de um traficante que se apaixona pelo policial Carlinhos e é castigada perante todo o complexo”.
Gabriel Braga Nunes conta que durante as filmagens, que duraram 18 dias e aconteceram no complexo do Alemão, em Rio das Pedras e Babilônia e Chapéu Mangueira, o diretor permitiu bastante improviso. “Tem um momento em que a Mariana pergunta para o Danielo se aqueles olhos são dele mesmo, referindo-se à cor dos meus olhos”. Na caracterização de seu personagem, Gabriel usa um megahair. “Eu estava testando um cabelo para o lobisomem de Saramandaia que acabou nem sendo o usado na novela. Ficou uma coisa inédita”, brinca.
Para compor o Samuel, Caio Blat conversou com alguns policiais que participaram da operação que culminou com a invasão do complexo do Alemão pelas forças de segurança. Um deles, em especial, chamou muito a atenção do ator. “Ele ficou mais de um ano inspeccionando o chefe dele que era seu amigo, havia lhe colocado na corporação e recebeu essa missão. Então o drama que o Samuel e o pai dele passam é uma coisa que acontece no dia a dia da polícia”.
Caio Blat, Antonio Fagundes, Mariana Nunes, Cauã Reymond e Gabriel Braga Nunes
Foto: Reginaldo Teixeira
O elenco se reuniu no Rio de Janeiro, na segunda-feira (10)
Foto: Reginaldo Teixeira