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Carol Castro faz relato poderoso sobre parto humanizado

Atriz conta detalhes do momento em que sua primeira filha, Nina, veio ao mundo, há 3 meses

Por Da Redação
Atualizado em 13 nov 2017, 16h16 - Publicado em 13 nov 2017, 16h15
 (Reprodução/Instagram)
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Três meses após dar à luz sua primeira filha, Nina, a atriz Carol Castro, 33 anos, compartilhou em seu perfil no Instagram como foi o momento do parto. No relato publicado nesta segunda-feira (13), Carol conta detalhes do parto humanizado. Seu namorado, o violinista Felipe Prazeres, estava de mãos dadas com ela quando a menina veio ao mundo.

Leia também: Medo do parto: como lidar com isto?

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Esperei a extero-gestação se concluir. O 1º ciclo se fechar. Para então, poder me permitir relembrar o parto. Tão intenso. Na minha concepção, leiga e visceral… Na minha experiência… O Parto. Veio de partir. Ir embora. Porque Aquele velho EU. Aquele "EU-ainda-filha" parte. Se vai…abrindo caminho para o "EU-Agora-Mãe". Pode também ser "parto" de partir ao meio. Ou Por que não mesmo em pedaços? Porque ,para se deixar ir…é preciso se partir em muitos estilhaços de quem já fomos um dia. E é isso que acontece. Deixamos de ser quem éramos, para dar vida ao novo que chega, e assim, renascemos junto. Naquelas contrações infindáveis… acontece o grande encontro com a tal da dor. A tão temida…mas que nada mais é, do que um pouco de nós se esvaindo…abrindo espaço para uma nova realidade que irá nascer junto com aquele bebê que dança dentro de você para chegar ao mundo. Sim. É claro que dói deixar de ser… Pra renascer é preciso partir,repartir…deixar doer. Pra então superar. Sair mais forte dessa experiência arrebatadora que é trazer uma vida pra esse imenso universo… E é ali, naquelas horas de "partir" que nos encontramos dentro da "caverna". Naquele lugar primitivo só seu…Onde tantas mulheres antes de nós, já estiveram um dia. Onde a natureza foi divinamente feita para tal ato milagroso: o de dar à luz. Depois de tantos meses de preparo. De construção…chega o grande dia de trazer ao mundo, aquele ser que cresceu junto com você. A cada dia, a cada mês…dentro e fora. É chegada a hora."O Boa hora" que tanto escutamos! O instinto fala mais alto… e como numa dança, ele e a criança, bailam por entre os ritmos perfeitos do trabalho de parto. A cada contração e a HORA, a grande e aguardada hora, está mais próxima. É nisso que precisamos focar, para chegar lá…Não é na dor, que,sim, é tamanha. Ainda mais sem nenhum tipo de anestesia…mas assim, é melhor pra ela e pra mim. Que seja! E a cada contração, você se sente mais próxima…é uma a menos para ter seu bem maior nos braços.É como ouvi uma voz angelical* dizer em meu ouvido: "a dor é sua, é do seu tamanho. Você aguenta. Você foi feita pra isso". *minha Doula-maravilhosa – Diana (Continua)

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…( continuando do post anterior ) Eu falava com Nina o tempo todo! Estávamos conectadas. Juntas, naquela missão de chegada. A dela e a minha, como mãe. Foram algumas horas de um encontro muito forte com meus limites e meus instintos. Virei bicho. Dei à luz como vim ao mundo…sem pudores, sem amarras. Andava em círculos, de olhos fechados, entrava e saía da água, buscava minha posição. Tinha minha liberdade de escolha. E me conectava com a escolha dela. Lembro que ouvi alguém perguntando sobre a bolsa… E eu, num momento de lucidez dentro do transe, lembrei: meu Deus, a bolsa! Ainda não tinha estourado e eu estava há algum tempo em trabalho de parto. Não tive dúvida: gritei bem alto "Vem Nina! Estoura essa bolsa e vem!" Milagrosamente ( ou coincidentemente pra quem não acredita…), 2 segundos depois, a bolsa estourou. Tive certeza mais Ainda de que estávamos muito unidas naquela dança da vida. Nunca esquecerei do grito gutural que dei no momento em que ela chegou. Foi um "Vem filha" , "vem que estou te esperando", "vem que quero te sentir nos braços"…e assim foi. De mãos dadas com Felipe, a chegada dela. O encontro da minha pele com a pele dela. Nosso primeiro contato fora da barriga…Foi mágico. Não conseguia tirar os olhos de cada pedacinho daquele ser que tinha acabado de sair de dentro de mim! E pude então, conversar com ela, dessa vez olhando-a nos olhos. E Foi assim, que chegamos juntas ao mundo. A 1ª vez dela. E a 2ª vez minha. Nascer de novo é uma experiência difícil de descrever. Só sei que a tenho gravada em cada célula do meu corpo. Entre o cansaço e o alívio, a sensação de ter transbordado um amor em forma de Nina. ❤ ( Depois falarei sobre o pós parto…esse ciclo também precisa de uma atenção muito especial. É muito desafiador e delicado. Poucos falam sobre…) #saudesemprenina #partohumanizado #meusrabiscosCC

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Veja também: Os benefícios do parto normal

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Leia o depoimento emocionado da mãe na íntegra:

Esperei a extero-gestação se concluir. O 1º ciclo se fechar. Para então, poder me permitir relembrar o parto. Tão intenso. Na minha concepção, leiga e visceral. Na minha experiência.

O Parto. Veio de partir. Ir embora. Porque Aquele velho EU. Aquele ‘EU-ainda-filha’ parte. Se vai… Abrindo caminho para o “‘EU-Agora-Mãe’. Pode também ser “parto” de partir ao meio. Ou por que não mesmo em pedaços?

Porque, para se deixar ir é preciso se partir em muitos estilhaços de quem já fomos um dia. E é isso que acontece. Deixamos de ser quem éramos, para dar vida ao novo que chega e, assim, renascemos junto. Naquelas contrações infindáveis, acontece o grande encontro com a tal da dor. A tão temida, mas que nada mais é do que um pouco de nós se esvaindo, abrindo espaço para uma nova realidade que irá nascer junto com aquele bebê que dança dentro de você para chegar ao mundo.

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Sim. É claro que dói deixar de ser. Pra renascer é preciso partir, repartir, deixar doer. Pra então superar. Sair mais forte dessa experiência arrebatadora que é trazer uma vida pra esse imenso universo.

É ali, naquelas horas de ‘partir’ que nos encontramos dentro da ‘caverna’. Naquele lugar primitivo só seu, onde tantas mulheres antes de nós, já estiveram um dia. Onde a natureza foi divinamente feita para tal ato milagroso: o de dar à luz. Depois de tantos meses de preparo, de construção, chega o grande dia de trazer ao mundo aquele ser que cresceu junto com você.

A cada dia, a cada mês… Dentro e fora. É chegada a hora.”O Boa hora” que tanto escutamos! O instinto fala mais alto e, como numa dança, ele e a criança, bailam por entre os ritmos perfeitos do trabalho de parto. A cada contração e a HORA, a grande e aguardada hora, está mais próxima.

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É nisso que precisamos focar para chegar lá. Não é na dor que,s im, é tamanha. Ainda mais sem nenhum tipo de anestesia. Mas, assim, é melhor pra ela e pra mim. Que seja! E a cada contração, você se sente mais próxima. É uma a menos para ter seu bem maior nos braços. É como ouvi uma voz angelical dizer em meu ouvido: ‘a dor é sua, é do seu tamanho. Você aguenta. Você foi feita pra isso’. Minha Doula, maravilhosa, Diana, dizia.

Eu falava com Nina o tempo todo! Estávamos conectadas. Juntas, naquela missão de chegada. A dela e a minha, como mãe.  Foram algumas horas de um encontro muito forte com meus limites e meus instintos. Virei bicho.

Dei à luz como vim ao mundo: sem pudores, sem amarras. Andava em círculos, de olhos fechados, entrava e saía da água, buscava minha posição. Tinha minha liberdade de escolha. E me conectava com a escolha dela. Lembro que ouvi alguém perguntando sobre a bolsa e eu, num momento de lucidez dentro do transe, lembrei: meu Deus, a bolsa! Ainda não tinha estourado e eu estava há algum tempo em trabalho de parto.

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Não tive dúvida: gritei bem alto ‘Vem Nina! Estoura essa bolsa e vem!’ Milagrosamente (ou, coincidentemente, pra quem não acredita…), 2 segundos depois, a bolsa estourou. Tive certeza mais ainda de que estávamos muito unidas naquela dança da vida. Nunca esquecerei do grito gutural que dei no momento em que ela chegou. Foi um ‘Vem filha’, ‘vem que estou te esperando’, ‘vem que quero te sentir nos braços’.

E assim foi. De mãos dadas com Felipe, a chegada dela. O encontro da minha pele com a pele dela. Nosso primeiro contato fora da barriga. Foi mágico.

Não conseguia tirar os olhos de cada pedacinho daquele ser que tinha acabado de sair de dentro de mim! E pude então, conversar com ela, dessa vez olhando-a nos olhos. E Foi assim, que chegamos juntas ao mundo. A 1ª vez dela. E a 2ª vez minha. Nascer de novo é uma experiência difícil de descrever. Só sei que a tenho gravada em cada célula do meu corpo. Entre o cansaço e o alívio, a sensação de ter transbordado um amor em forma de Nina”.

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