Bianca Bin revela desejo de ser mãe: “Nasci para isso. Quero ter um monte de filhos”
Casada desde 2012, a atriz protagoniza Joia Rara interpretando Amélia, a mãe de Pérola
Em Joia Rara, Bianca interpreta a personagem Amélia, sua segunda protagonista na carreira
Foto: Robert Schwenck
Com apenas 16 anos, Bianca Bin deixou Itu, no interior de São Paulo, para morar no Rio de Janeiro e realizar o sonho de ser atriz. Com 22, surpreendeu a todos ao se casar em uma cerimônia íntima com o ator Pedro Brandão, 28. Hoje, aos 23, Bianca protagoniza sua segunda novela, Joia Rara, e apresenta um novo desejo: quer ser mãe. Nasci para isso. Quero ter um monte de filhos, diverte-se com a própria precocidade. Tal vontade tornou-se ainda maior com o novo papel. Como Amélia, mãe de Pérola, vivida por Mel Maia, 7, na novela das 6 da Globo, ela tem constatado que o desejo de maternidade está patente. Apenas uma condição ainda a impede de engravidar. Moro em apartamento e quero juntar dinheiro para comprar uma casa com piscina, horta e quintal. Mas, assim que tiver uma casinha, vou encher de crianças. A energia de uma casa com criança é outra, conta durante a sessão de fotos no Hotel Santa Tereza, no Rio de Janeiro.
O apartamento, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, foi o segundo sonho realizado com o salário de atriz. O primeiro foi um carro. Mas Bianca Bin não é consumista. Graças à sua mãe, Silvia Elizabete, 54, aprendeu bem cedo o valor do dinheiro. Silvia era dona de uma sorveteria e ela e o irmão, Marcus, 24, ajudavam no trabalho, pelo menos por uma hora por dia. Não éramos pobres, mas só tínhamos as coisas porque trabalhávamos para conseguir. Sou de uma família classe média, que batalhou por tudo o que tem hoje. Ouvi muito isso a gente não pode comprar agora. Sempre vi como era difícil ganhar dinheiro. O pai, Marcus Bin, 61, é gerente de recursos humanos. Ele mora em Itu e vai todo dia para o trabalho em Jundiaí. Trabalha na mesma empresa há 25 anos. Nunca tivemos nada de graça, detalha. Como também não é chegada a baladas, Bianca economiza quase tudo o que ganha. Gosto mesmo é de ficar em casa com meu marido. Troco qualquer programa por um jantarzinho caseiro, garante a atriz.
Workaholic assumida
Ser precoce também trouxe ônus para a vida de Bianca. Entre Cordel Encantado (2011) e Guerra dos Sexos (2012), ela ficou nove meses sem trabalhar e descobriu da pior maneira que é workaholic. Em casa, sozinha com o marido, Bianca começou a desenvolver síndrome do pânico. Primeiro vieram as crises de ansiedade. É uma inquietação, uma coisa física mesmo. Sentia palpitações, taquicardia, suava frio… Tinha a sensação de que eu ia desmaiar ou vomitar. Tinha muito medo de sair, achava que ia passar por uma grande vergonha ou morrer. É muito louco, porque você sabe que não é verdade, mas não consegue controlar a mente, detalha. Por sorte, Pedro já havia tido os mesmos sintomas há alguns anos e logo a alertou sobre o problema. Felizmente, consegui buscar tratamento ainda bem no início. Hoje não gosto nem de falar muito a respeito disso, porque parece que vou vivenciando tudo de novo. Mas segui o tratamento direitinho e melhorei. Tenho certeza de que foi pela falta de trabalho, conclui. Por isso mesmo, embora Joia Rara ainda esteja no início, Bianca já tem planos para quando a novela acabar. Vou fazer teatro, porque fiz muita peça amadora. Minha formação foi de teatro, mas até hoje não fiz nenhuma peça profissional. Viajar de férias? Só se for por uma semana. Mais do que isso já fico maluca, brinca.
Mais espiritualizada
Foi chocante! É como a atriz define a sua descoberta do Nepal (país asiático dos Himalaias, cercado pela China e pela Índia), onde gravou as cenas iniciais de Joia Rara em maio deste ano. Assim que chegou, ela achou que não ia conseguir ficar sem comer frutas ou tomar água antes de checar se a garrafa estava mesmo lacrada. Mas, pouco depois, já estava apaixonada pelo país. Eles são muito espiritualizados, bem mais evoluídos do que a gente. A renda mensal é, em média, de apenas 100 reais e a pobreza lá não gera violência. É muito louco!, conta.
Católica praticante, mas não bitolada ou radical, Bianca também descobriu o budismo na viagem ao Nepal. Não me tornei budista, mas me identifiquei com a ideia de fazer o bem, de amar o próximo, da compaixão. Isso é o que aprendi com meus pais. Evoluí muito espiritualmente lá, amadureci demais, conta. Mesmo não tendo aderido à filosofia local, a atriz ri ao confessar que hoje tem estátuas de Tara (mãe da compaixão, é o aspecto feminino do Buda) feitas de madeira de cânfora, malas (o rosário budista) e vários pequenos Budas em sua casa. Cheguei ao Nepal querendo ir embora e saí com os olhos cheios de lágrimas. Vou voltar!, promete.
Ciumenta, sim!
Muito sincera, Bianca garante que ser protagonista não é um peso para sua vida. Nessa novela, todo mundo tem bastante espaço. Então, tudo é bem dividido. O que cansa mesmo é a complicada rotina de gravações e a quantidade de texto para decorar. Porque você meio que coloca sua vida numa prateleira nesse período. O marido é que tem de ser paciente, explica ela. No caso de Pedro, Bianca conta que, além de extremamente compreensivo, ele possui outras diversas qualidades. Pedro não liga para cenas de beijo, por exemplo. No nosso caso, eu é que sou a ciumenta (risos). Vim de uma cidade pequena, não acho confortável ver meu marido beijando outras mulheres, confessa.
LEIA A ENTREVISTA COMPLETA NA EDIÇÃO 1987 DA CONTIGO!, NAS BANCAS EM 16/10/2013.
“A energia de uma casa com criança é outra”
Foto: Robert Schwenck