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Adriano Garib: “Nunca aconteceu de, nas ruas, alguém querer me bater”

Com o sucesso do personagem Russo, em Salve Jorge, Adriano fala do assédiodas fãs e do título de símbolo sexual

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 16 jan 2020, 01h03 - Publicado em 29 abr 2013, 21h00
Adriano Garib: "Nunca aconteceu de, nas ruas, alguém querer me bater"

Adriano Garib, o Russo de Salve Jorge
Foto: TV Globo/Divulgação

Adriano Garib tem um currículo longo e diversificado. É jornalista (foi repórter do SBT, da Band e dos jornais O Estado de S. Paulo , Correio Londrinense e Folha de Londrina ), diretor teatral, produtor, escritor – é autor de peças de teatro, sendo que cinco reunidas no livro Teatro de Adriano Garib (Ed. Atrito Art). Ainda fundou e dirigiu o Oqueoguruviu Confraria de Teatro, é professor de teatro, tem cerca de 50 participações em televisão, e por aí vai. Mas só agora, aos 48 anos, o ator curte um sucesso avassalador com Russo, o vilão de Salve Jorge , sua quarta novela – as anteriores foram Salsa e Merengue (1996), Duas Caras (2007) e Vidas em Jogo (2011).

Ao ler o perfil do Russo, dava para imaginar o sucesso que ele faria?
Jamais! Pelo contrário, falei: “Vou apanhar na rua”. Só que quanto mais hediondo a Gloria (Perez, autora da trama) fazia o cara, sentia que o personagem era mais popular. Fui ao Carnaval da Bahia e não conseguia sair na rua. Aqui, no Rio, levei meu filho (Gabriel, de 18 anos) para andar no Bondinho (do Pão de Açúcar) e não conseguimos passear. É complicado!

Em relação à abordagem dos fãs?
Outro dia, estava no supermercado e uma menina pediu para fazer uma foto. Disse: “Desculpa, querida, estou com pressa. Você me desculpa?”. Ela virou para mim e… “Não!” Falei: “Então, tá!”. E saí! Imediatamente, apareceu no Instagram, numa das fotos minhas, um comentário dela: “Esse Adriano Garib é um poço de antipatia, é um nojento. Onde já se viu, mal chegou e já se acha”. Eu não “mal cheguei”. Já trabalho há muitos anos. Só que é a primeira vez que me dão papel de destaque.

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E como você explica que um tipo tão bruto, marginal, como o Russo tenha caído nas graças do público?
Não consigo entender. Não posso excluir a possibilidade do carisma e tal, mas, tirando a coisa do meu trabalho, de como estou fazendo, com paixão, amor… não entendo. Tem uma raiva que ele suscita. Mas nunca aconteceu de, nas ruas, alguém querer me bater, implicar.

Até porque o Russo o transformou num símbolo sexual. A mulherada está completamente enlouquecida (risos).
Mas aí, acho que tem a ver com o fato de o Russo ter toda essa masculinidade, que é uma coisa rara de se ver nos personagens masculinos de novela. E esse papel exige isso. E mesmo sendo misógino, homofóbico ou o que quer que seja, e não tendo caso com ninguém…

Adriano Garib: "Nunca aconteceu de, nas ruas, alguém querer me bater"

Adriano com o gato de estimação de seu personagem Russo, em Salve Jorge
Foto: TV Globo/Divulgação

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Pois é, ele não pega ninguém.
Não come ninguém. Até chegou um senhor outro dia para mim e disse: “Vem cá, com tanta mulher bonita naquele lugar, por que você fica se roçando naquele gato?”. Respondi: “Porque ele é um trabalhador. Ele trabalha o tempo todo, não tem vida privada”. Agora, o jeitão dele, machão, latino, de alguma forma chamou a atenção da mulherada e da “homarada”.

E assediam mesmo?
Assediam. É chato esse troço… Esses dias me chamaram para ser DJ numa festa GLS. Eu perguntei por que e me disseram que sou um ídolo GLS. Acho que por causa do jeitão marginal, bandido, essa coisa máscula do Russo. Os homossexuais, tanto homens como mulheres, têm uma necessidade de exacerbar a sexualidade. E, de alguma forma, o Russo exacerba a sexualidade dele, mas não a pratica. Ele namorou a Lucimar (Dira Paes) por interesse, traçou a Rosângela (Paloma Bernardi) uma noite lá…

 Estuprou a Jéssica…
É, mas ele estava a trabalho, fez isso muito profissionalmente. E agora vai ter essa história com a Thammy (Miranda, a Jô), que, acho, será muito engraçada.

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Jô é a única que mexerá com o Russo?
E justo ela, que tem essa coisa que fica num lugar meio masculino e feminino… Ao que tudo indica, o Russo se apaixona mesmo e vai acabar dançando na mão dela.

Bem, mas voltando ao assédio… As pessoas são diretas na abordagem?
É ostensivo. Teve uma menina que parou o trânsito na praia de Botafogo, me chamou e falou: “Cara, você se movimenta de um jeito, tem um olhar, uma voz…”. Ela era jovem, bonita… Também quando vou a festas é uma loucura… Nas últimas, não sofri mais porque estava com a minha mulher, a Analine. Até então, tive proteção…

Até então por quê?
Digo até então porque eu e a Ana morávamos juntos… É um longo caso, a gente está há cinco, seis anos juntos. A gente estava aqui, aí ela foi para Salvador, porque a família dela é de lá. Nós nos separamos, aí ela voltou para cá no início do ano, reatamos e, agora, de novo, decidimos que é melhor ela ficar no canto dela e eu no meu.

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Estão separados?
Estamos em fase de transição. É muito difícil esse negócio, porque, se não dá para a gente casar agora, efetivamente, prefiro que ela fique no canto dela e eu no meu. E que ela tenha a liberdade afetiva que bem entender e eu a minha.

É uma relação aberta então?
Ana é uma das pessoas que amo na vida, como amo a minha mãe, o meu filho… E guardo esse tipo de relação com as minhas ex mulheres, porque foram pessoas fundamentais. Tenho com elas uma relação quase de pai. Mas, atualmente, estamos separados.

O assédio atrapalhou a relação?
Ela lidou com isso tranquilamente, só ficava cabreira quando via que era abusivo. Tem gente que chega como se você fosse um objeto. Tudo depende da abordagem. Se chega pra conversar com calma e a foto é decorrência disso, tudo bem. Mas, quando te tratam como um objeto, pra depois te botar no Facebook, não dá. É estranho.

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A abordagem do homem deve ser bem diferente da feita pelas mulheres, né?
É mais acintosa. Os e-mails que recebo de homens, não posso nem falar. São claros, com caráter mais sexual. O último que recebi dizia: “Garib, com todo respeito, mas você é o maior tesão”. Era um cara. E nem sei o que falar.

E o que disse?
Acabei não respondendo. O que eu vou falar? Obrigado?

Antes de Salve Jorge, você já fazia esse sucesso todo nas ruas?
Lembro que, quando eu era jovem, na universidade, e tinha um cabelão… Nossa! Chovia! It’s raining women. Depois, vai ficando mais velho, fica mais criterioso…

Então, o Russo só potencializou isso?
É, porque vira coisa pública, a TV tem esse glamour. Mas é bacana, porque, quando me veem, falam: “Nossa, mas você é muito mais bonito pessoalmente (risos).”

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