Nobel da Paz, Malala tem medo de não entrar na faculdade
A paquistanesa acaba de entrar em uma turnê pelo mundo - e a ideia é conhecer possíveis ~ajudantes~ na luta pela educação de meninas.
Malala Yousafzai começou no mês passado a “Girl Power Trip”, turnê que vai levá-la a países do mundo todo. A primeira parada escolhida pela ativista nessa grande viagem foi Lancaster, a cidade que mais recebe refugiados nos Estados Unidos.
A visita foi marcada por uma recepção digna de celebridades: todos queriam conhecer a jovem, que se tornou famosa aos 11 anos, mas, hoje, já está com 19.
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O motivo pelo qual iniciou esta viagem, aliás, tem tudo a ver com essa fase tão específica da vida: a jovem quer conhecer possíveis ~ajudantes~ na luta pela educação de meninas – afinal de contas, ela logo estará preocupada com sua própria educação, na faculdade.
É justamente com o processo seletivo da instituição que deseja frequentar – Oxford, na Inglaterra – que a ativista mais tem se preocupado. Ela tem estudado muito, e, sobre isso, soltou uma frase bastante curiosa em entrevista ao “Refinery29” durante a visita a Lancaster:
As pessoas esquecem que vencer um Nobel não significa saber muita coisa nos estudos.
Malala ainda diz mais: apesar de já ter palestrado diante de vários líderes e pessoas influentes ao redor do mundo, ela ainda fica nervosa quando precisa falar em frente a uma sala de aula. O motivo? O enorme valor que ela dá aos professores.
‘Eu respeito muito meus professores“, ela diz, “e na escola você sempre quer ser perfeita, a melhor aluna. É muita pressão”.
Foi em 2014 que a paquistanesa recebeu o Nobel da Paz, tendo sido a pessoa mais jovem da história a receber o prêmio.
A “recompensa” veio depois dos trabalhos que, desde os 11 anos de idade (!!!), Malala sustenta – lutando pelo acesso de meninas do mundo todo à educação.
Em 2012, quando tinha apenas 15 anos, ela foi vítima de um ataque terrorista ao sair da escola, no Paquistão. Na região em que cresceu, no Vale do Swat, o grupo extremista Talibã chegou a exigir que garotas não frequentassem a escola durante um mês inteiro.
Muito além de desobedecer a esta ordem, Malala se tornou uma ativista por querer garantir a meninas como ela o direito ao estudo e ao aprendizado. Maravilhosa!
É engraçado ver que até ela tem suas inseguranças, né?