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“Deus também é uma mulher que só consegue amar”, diz a reverenda Alexya

Alexya Salvador não quer que os dolorosos episódios de LGBTfobia sofridos por ela se repitam e defende a transformação pela educação.

Por Ana Carolina Pinheiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 mar 2020, 12h02 - Publicado em 6 mar 2020, 07h00

Quando terminou a sessão de fotos para esta matéria, pairava sobre toda a equipe uma sensação de paz. O incenso aceso num canto do estúdio espalhava um aroma tranquilizante. Era como se Alexya Salvador, 39 anos, tivesse inspirado uma espiritualidade coletiva. A reverenda arrumava sua estola, adereço litúrgico usado por líderes religiosos em cerimônias. Ela mesma confeccionou a peça, nas cores da bandeira do movimento transgênero: azul, rosa e branco. Na sala também estava o banner que será colocado no altar de sua nova igreja, com uma cruz estampada com as cores do arco-íris, inspirada na bandeira LGBT. Alexya é da Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM), ministério internacional de comunidades cristãs protestantes, que acolhe especialmente fiéis LGBT+, seus familiares e simpatizantes. O primeiro culto aconteceu em 1968, quando Troy Perry, o fundador americano, recebeu 12 pessoas na sala de sua casa, na Califórnia. O público era só de homossexuais. Hoje o ministério possui mais de 200 templos ao redor do mundo, sendo 160 filiados, 45 emergentes (entre eles o de Alexya) e sete sem espaço físico, os chamados Oásis.

Alexya foi ordenada clériga da ICM no último dia 26 de janeiro, passando assim a ter o título de reverenda. Nessa mesma semana, o papa Francisco nomeou a italiana Francesca Di Giovanni, 66 anos, vice-ministra das Relações Exteriores do Vaticano. Alexya foi a primeira mulher trans na função e Francesca assumiu um lugar ocupado até então só por homens. No catolicismo, a participação das mulheres em postos executivos se dá a passos vagarosos. Nos principais cargos religiosos, como os de padre e bispo, é nula. Segundo uma carta apostólica do pontífice João Paulo ll, de 1994, mulheres não podem ser ordenadas por uma tradição da religião, baseada na escolha exclusiva de Jesus Cristo por apóstolos homens. Em 2016, o papa Francisco declarou em coletiva que segue as palavras do papa morto em 2005, ressaltando a intransigência da Igreja com o tema.
Ciente disso, e passando por um processo de transição e reconhecimento aos 26 anos, Alexya precisou abandonar o desejo de ser padre. Por anos, ela foi seminarista. Aliás, foi voltando de uma aula que cruzou com um grupo de mulheres trans na rua. A situação fortaleceu dentro dela questionamentos sobre gênero. Lentamente, desamparada pela religião que a acompanhara desde criança, fez um distanciamento consciente. “Se a Igreja Católica fosse de fato inclusiva, o que era de esperar de um espaço que prega os ensinamentos de Deus, eu continuaria lá. Mas sabia que não ia ter lugar sendo quem eu era”, diz.

Ironicamente, durante a infância, a Igreja era o refúgio para se proteger do bullying praticado pelos colegas de classe. “Lá eu não apanhava. A vida toda eu apanhei na escola por ser vista como a criança e adolescente diferente do grupo”, conta sobre os ataques homofóbicos. Mas Alexya passou a ser oprimida ali também a partir do momento em que deixou de seguir os padrões normativos. “Ouvia dos padres e dos bispos que iria pro inferno, que Deus não me amava e que ser uma pessoa LGBT+ era pecado. Doeu mais do que os tapas e os chutes que levei na escola, porque era o lugar que me dava paz e conforto”, desabafa. Os episódios de violência sofridos por Alexya deixaram marcas que não vão ser apagadas, mas que ela conseguiu ressignificar com os estudos. Cursou faculdade de letras e teologia. Hoje, além de reverenda da Igreja da Comunidade Metropolitana, é professora de literatura na rede estadual de São Paulo. Quando alunos e fiéis LGBT+ a procuram pedindo conselhos para sobrevivência, insiste: “Estude muito para obter independência financeira”. Considera, ao dizer isso, os índices alarmantes a respeito dessa população no Brasil. De acordo com um levantamento feito pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 90% das pessoas trans acabam se prostituindo em algum momento da vida. Os motivos geralmente incluem falta de oportunidade e de apoio da família.

Alexya confecciona os próprios trajes religiosos, como a estola com as cores do movimento transgênero e a casula dourada (Julia Rodrigues/CLAUDIA)

A transformação da dor

Nascida em Mairiporã, município da Grande São Paulo com pouco mais de 90 mil habitantes, Alexya teve uma infância cheia de afeto dos pais e da irmã mais nova. Morou com a família até os 18 anos, quando decidiu criar uma instituição, sem muita infraestrutura, para pessoas sem moradia. “Minha mãe achava loucura, mas a gente vivia da providência de Deus”, explica a professora, que manteve o grupo de acolhimento por quatro anos.

Oferecia ali a bondade que não havia encontrado com frequência na vida até então. Um episódio específico marcou sua juventude e a impactou diretamente, levando-a a ser quem é hoje. “Na 8ª série, quase todo dia apanhava no ponto de ônibus. Sempre fui a grandona da turma, mas era uma boba. Até que um dia meu professor de educação física viu as agressões e parou o carro. Pensei: ‘Graças a Deus ele vai fazer alguma coisa, vai me ajudar’. Acabei escutando: ‘Você não queria ser viadinho? Então apanhe quieto’ ”, conta. Sem trégua na agressão física, decidiu que seria professora, sua profissão há 16 anos. “Queria ser a professora que não tive”. Conseguiu. Quando passou a ocupar o espaço à frente da sala, sentiu instantaneamente a identificação dos alunos LGBTs+ com ela. “Professor, sinto isso. O que faço?”, diziam alguns com dúvidas em relação à sexualidade. À época, ainda identificando-se como homem gay, cuidava das palavras para não ter atrito com os responsáveis dos estudantes. Mas, antes de tudo, oferecia aos jovens atenção e escuta. “Sempre tive muita cautela porque, dependendo do que falasse para o adolescente em crise, com medo, que não sabe como agir, poderia encontrar problemas com os pais.” Segundo Alexya, abrir a porta do armário logo de cara nem sempre é a melhor saída quando se é menor de idade e os pais demonstram dureza com o assunto. Por isso, ela procura incentivar que o aluno estude muito e vá sentindo confiança. “É utópico, de certa forma, achar que os pais logo de cara vão dar um abraço nele e achar tudo lindo. Não é assim, porque infelizmente pai e mãe projetam tudo em cima do filho.” A professora ainda acredita que a religião intensifica o pensamento homofóbico dos familiares. Já ouviu da mãe de um aluno que havia acabado de se reconhecer como gay: “Não vou ter neto, não vou ter nora”. A mulher revelava se preocupar mais com suas expectativas do que com a vivência do filho. “Não é que o pai não aceita o filho, mas quando esse amor tem cor, significado e cheiro pode levar um tempo para entender. Infelizmente, alguns levam a vida inteira e não conseguem”, explica.

O processo de adaptação dos pais de Alexya fluiu melhor depois que eles viram pessoas LGBTs+ na mídia, trabalhando e seguindo a vida normalmente. “Por isso que é importante a representatividade; para ver que o filho não é o único e que pode ocupar todos os lugares. Assim, eles compreendem que continuamos sendo participantes da sociedade. Afinal, cumprimos nosso papel como brasileiros, contribuindo com impostos para o governo, apesar de não termos nossos direitos garantidos”, argumenta, apontando para a falta de segurança com que convive o público LGBT+. Nosso país é, inclusive, o que mais mata pessoas trans no mundo.

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“Deus é uma mulher negra travesti que só consegue amar”, afirma a reverenda (Julia Rodrigues/CLAUDIA)

Prazer, Alexya

Na movimentação pra lá de intensa da estação de metrô da Sé, no centro de São Paulo, Alexya, que ainda se identificava como homem, provou que amor à primeira vista existe. “Fui fazer a baldeação e notei um homem alto, muito bonito. Comentei com um amigo que estava comigo e ele disse que o cara também estava me olhando, mas, como eu tinha complexo de inferioridade grande, não acreditei”, lembra. Ao chegar à plataforma do metrô, sentiu alguém tocar seu ombro e, antes de se virar, ouviu a pergunta: “Que horas são?”. Trocaram os números de telefone. Na época, Alexya estava só de passagem pela capital paulista, enquanto Roberto vivia no boêmio bairro da Vila Madalena.

O primeiro beijo aconteceu no dia 1º de maio de 2009, e, desde então, eles construíram uma relação de afeto e liberdade, em que um apoia o outro em momentos cruciais para o bem-estar de ambos. No segundo ano do casamento, Alexya resolveu compartilhar com o marido uma questão que já estava insustentável. “Eu disse a ele: ‘Roberto, sou uma menina, não quero mais viver socialmente como homem’. Já tinha perdido peso, cabelo. Cheguei a tentar o suicídio três vezes, batendo meu carro de propósito”, conta a reverenda. “Falo que nasci de novo no dia 3 de outubro de 2011, quando me reconheci como mulher. Meu medo não era só da reação do meu pai e de Deus, mas de perder meu marido”, afirma. Do pai, ouviu que “gay tudo bem, mas se vestir de mulher já é demais”. A reação de Roberto, que era a que ela mais temia, foi acalmá-la. “Ele me garantiu que estava do meu lado e que a gente teria nossos filhos um dia. A minha transição e a do nosso relacionamento mostram para mim que, quando o amor norteia, tudo é possível. Não é tesão, é amor. É aquele amor incondicional, ama porque ama”, revela a professora.

A transição de gênero foi mais bem compreendida pelo pai de Alexya depois de assistir à novela A Força do Querer (2018), da Rede Globo, em que a personagem Ivana passava a se reconhecer como Ivan. Foi quando Arnaldo chamou pela primeira vez Alexya de filha, e não de “rapaz”. “De vez em quando, ele dá um escorregão, mas não fico brava. Sei que ele é o melhor pai para mim e entendo que vive um processo”, pondera.
A readequação de gênero foi feita em meio à rotina de aulas em Franco da Rocha (SP). O medo da reação dos alunos caiu por terra imediatamente. “Achei que seria difícil, que iriam me bater, quebrar meu carro, mas foi tão tranquilo. A periferia nesses aspectos é mais acolhedora do que os grandes centros. Gosto muito disso”, explica Alexya, que sentiu mais as atitudes preconceituosas por parte de diretores, secretários e até de outros professores.

Após se reconhecer como mulher, ela procurou recursos para modificar seu corpo, uma escolha que cabe apenas à pessoa trans. Contudo, não tinha plano de saúde e não conseguiu suporte do atendimento público. Fez, então, a reposição hormonal sem prescrição médica. “Comecei a me automedicar e tomei hormônios durante anos por conta própria. Foi sorte não ter tido um acidente vascular cerebral ou uma trombose”, conta a professora, que já não faz mais uso dos medicamentos.

A cirurgia de readequação de sexo já esteve nos planos de Alexya, mas perdeu o sentido para ela com o tempo. “Não quero mais. Acho que é válida, se a pessoa tem o desejo de fazer. O importante é não deslegitimar quem não fez. Afinal, o que é ser mulher? Aquela que perdeu um útero por causa de um nódulo deixou de ser mulher?”, questiona a reverenda.

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“Ouvia dos padres e dos bispos que iria pro inferno, que Deus não me amava e que ser uma pessoa LGBT+ era pecado. Doeu mais do que os tapas e os chutes que levei na escola”, diz Alexya Salvador sobre os ataques que sofreu na Igreja Católica (Julia Rodrigues/CLAUDIA)

Aquela que acolhe

Alexya e Roberto conheceram a Igreja da Comunidade Metropolitana quando buscavam um lugar que realizasse casamentos homoafetivos. A ICM se fundamenta nos preceitos cristãos e na teologia queer, que relaciona questões da orientação sexual e identidade de gênero com religião. Graças a essa interseccionalidade, os pastores transmitem ensinamentos com base na vivência de apóstolos e estudiosos, como a filósofa Judith Butler, a acadêmica Eve Kosofsky Sedgwick e o filósofo Michel Foucault. Para esses clérigos, a revisão de abordagens preconceituosas da Bíblia é necessária. “Deus é uma mulher negra travesti. É a manifestação do amor para mim, do afeto, do respeito, do acolhimento. Ela não consegue fazer outra coisa, só consegue amar. Ela se irrita apenas com a injustiça, a falta de amor e a falta de perdão”, finaliza.

“O cristianismo, em dois milênios de existência, sempre teve seu discurso LGBTfóbico. Então, pessoas da comunidade LGBT+, desde pequenas, ouvem a mesma conversa de segregação, condenação. É uma fala colonizadora de corpos, de sentimentos”, aponta Alexya, que começou a frequentar a Igreja da Comunidade Metropolitana como fiel, foi escolhida para ser pastora e, agora, reverenda. Entretanto, o posicionamento da Igreja afirmativa de identidades não deixa de reproduzir problemas sociais, que afligem os próprios fiéis e trabalhadores voluntários. Como mulher trans negra, Alexya comenta: “Na própria ICM tem transfobia e homem machista. Porque foi moldada para aquilo”. A resposta de Alexya está em ocupar espaços. “Não gosto de hierarquia, mas quero, sim, ser bispa, porque não tem bispa trans ainda na ICM”, comenta sobre o próximo passo que almeja. “Vai ser uma afronta para os padrões que ainda sobrevivem. E eu gosto mesmo é de afrontá-los”, garante.

Sobre o futuro, a reverenda afirma: “não gosto de hierarquia, mas quero ser bispa. Vai ser uma afronta para os padrões que ainda sobrevivem” (Julia Rodrigues/CLAUDIA)

Encontros

Como prometido por Roberto anos antes, o casal foi atrás de realizar outro sonho, o de adotar uma criança. Alexya descreve como o dia mais feliz de sua vida quando foi aceita no Cadastro Nacional de Adoção, em 2015. Em uma visita despretensiosa a um abrigo em Mairiporã, aconteceu um encontro marcante com Gabriel, um menino com deficiência intelectual que, na época, tinha 9 anos. “Quando nos olhamos, já nos adotamos. Na hora, pensei que nunca conseguiria ser mãe dele”, admite. Com a ajuda da advogada Cecília Coimbra, do Grupo Acolher, o casal começou o processo de adoção do garoto. No dia 6 de outubro daquele mesmo ano, a guarda de Gabriel foi concedida a Roberto e Alexya, que se tornou a primeira mulher trans a adotar uma criança no Brasil.

A rotina de Alexya foi transformada com a chegada do filho. Ela trocou o emprego na rede municipal pelo trabalho em casa – queria mais tempo com ele. Assistindo a vídeos de costura criativa na internet, a professora teve a ideia de montar um ateliê. Aberto até hoje, vende mochilas, avental personalizado, entre outros produtos para escolas.

Meses depois da chegada de Gabriel, Alexya recebeu uma ligação da juíza Cristina Caribé Pinto, de Pernambuco. Ela tinha assistido a uma entrevista com Alexya em que falava sobre o seu desejo de adotar uma criança trans. “A juíza explicou que queria ajudar. Sabia de uma menina trans, Ana, então com 9 anos, que esperava pela adoção.” O casal foi às pressas encontrar a criança, e um ano depois o processo estava concluído. Ana Maria conseguiu a mudança de nome na certidão de nascimento aos 10 anos, tornando-se a segunda pessoa menor de idade no Brasil com esse direito aplicado.

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Em 2019, a Comarca de Santos entrou em contato com a reverenda para falar sobre uma menina trans negra que se encontrava em um abrigo. “Fui na hora para a cidade. Catei meu carro, o Gabriel, a Ana e o Roberto e no mesmo dia trouxemos a Deyse”, explica Alexya, que aguarda o fim do período de convivência para o juiz anunciar a decisão sobre o processo de adoção.

Tanto Ana quanto Deyse fazem acompanhamento com uma equipe multidisciplinar no Hospital das Clínicas de São Paulo. Por causa da idade, o tratamento não inclui o bloqueio e a reposição hormonal, que só são permitidos acima dos 16 anos.

Como mãe e mulher trans, Alexya faz questão de ensinar as filhas a não baixar a cabeça para ninguém. “Hoje, o que me motiva, além de tudo o que carrego em mim, são os meus filhos. Espero que o Gabriel continue evoluindo dentro das suas condições e que, quando a Ana e a Deyse tiverem 39 anos, como eu agora, o Brasil não seja mais o país que mais mata pessoas iguais a elas, iguais a mim.”

(Julia Rodrigues/CLAUDIA)

No front

Poucos dias antes do anúncio do exílio do ex-deputado federal Jean Wyllys, em 2019, a professora recebeu uma mensagem de um amigo em comum com o jornalista sobre os ataques que ele vinha sofrendo. Por áudio, enviou ao parlamentar um agradecimento: “Obrigada por tudo. Se hoje eu estou com meu filho é porque você também influenciou”. Seguindo os passos do ativista, Alexya se candidatou nas eleições de 2018 como deputada estadual, em Mairiporã, pelo Psol. “Mesmo sem me eleger, fiquei superfeliz com os 11 mil votos porque fiz uma campanha com 1,5 mil reais. Assim como a comunidade negra teve que ocupar esses espaços para criar leis que a defendesse, somente pessoas trans, LGBTs+ vão poder fazer leis e enfrentar esse sistema de morte para que a nossa comunidade seja defendida e respaldada”, comenta.

Para a reverenda, a bancada da bala fere a Constituição. “Eu me assusto quando ligo a TV ou olho as redes sociais e me deparo com um culto dentro da Câmara em Brasília. Caso seja eleita, vocês nunca vão me ver fazendo o sinal da cruz lá dentro”, comenta Alexya, que deve sair como candidata a vereadora este ano, mas sem atrelar o título religioso à campanha. A professora se vê como deputada ou senadora em dez anos. “Quero estar em uma das três esferas de poder. Preciso estar, porque, para mim, política não é para ganhar dinheiro, mas para garantir representatividade, construção e manutenção de leis que levem a minha comunidade em consideração. Afinal, tenho duas filhas trans e um filho com deficiência em casa”, declara.

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(Julia Rodrigues/CLAUDIA)

Orgulhosa de tudo o que conquistou e calejada pelas porradas da vida, Alexya revela que aguarda o momento em que não precisará mais ser identificada como “a reverenda trans” ou “a mãe que adotou duas crianças trans”. “Mas, com esse governo bolsonarista que tanto nos persegue, se a gente não sinaliza que mudanças são urgentes e paradigmas precisam ser quebrados, essas pessoas vão continuar morrendo. E as vidas que foram ceifadas? Quem dá conta delas?”, questiona.

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