Abandonei os remédios e perdi 27 kg
Reeducação alimentar, terapia e exercícios me livraram das anfetaminas
O ponteiro da balança de Rita oscilava
entre 48 kg e 70 kg
Foto: Divulgação
Já fui comedora compulsiva e vítima do efeito sanfona. Ainda adolescente, comecei a tomar remédios para emagrecer. O resultado é que eu ficava magra quando tomava as drogas, mas recuperava o peso assim que suspendia o medicamento. Pra piorar, me tornei viciada em anfetaminas aos 19 anos. Só me dei conta de que eu estava doente quando vi por acaso uma reportagem sobre os Comedores Compulsivos Anônimos na TV. Começou então a minha luta pelo emagrecimento saudável, que me fez eliminar 27 kg para sempre em cerca de dois anos.
Fui uma criança gordinha, fã de doces. Minha mãe era minha companheira nas farras alimentares regadas a bolos, pudins e outras delícias açucaradas. Com a morte do meu pai, aos 10 anos, passei a comer ainda mais para me consolar da saudade. Eu não conseguia beliscar um biscoito e guardar o pacote na mochila, como as minhas amigas. Devorava o pacote todo e depois me sentia culpada.
Aos 14 anos minha mãe me levou a um médico que me receitou um remédio para emagrecer. Na época eu já fazia coisas do arco da velha, como passar a semana à base de frutas e depois comer um galeto inteiro no sábado, junto com um remédio para digestão.
O remédio para emagrecer me introduziu numa roda-viva alimentar, já que tenho muita facilidade tanto para perder como para ganhar peso. De fato, o ponteiro da balança oscilava entre 48 kg e 70 kg! Numa fase gorda, fui proibida de desfilar de biquíni na formatura do meu curso de modelo. Magra, em compensação, fui ‘descoberta’ pela minha professora de dança, apesar de já freqüentar as aulas dela há tempos.