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“O Sol Também é uma Estrela”: 9 diferenças entre o livro e o filme

Mesmo que o longa com Yara Shahidi e Charles Melton seja de arrancar suspiros, saiba que ele é bem diferente do livro de Nicola Yoon.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 15 jan 2020, 17h56 - Publicado em 16 Maio 2019, 09h00
 (ImDb/Reprodução)
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Conhecida por “Tudo e Todas as Coisas” que ganhou adaptação para os cinemas em 2017, Nicola Yoon voltou aos holofotes com “O Sol Também é uma Estrela”. Assim como o primeiro livro lançado, o segundo também foi transformado em filme, com estreia nesta quinta-feira (16).

Com a premissa de ser um filme a là “A Culpa é das Estrelas”, o romance juvenil cumpre o papel dele de arrancar sorrisos e bons suspiros com os atores atores Yara Shahidi (da série “Black-ish”)no papel de Natasha Kingsley e Charles Melton (“Riverdale”) como Daniel Bae.

Natasha e Daniel são dois jovens que acabam se encontrando por acaso em um dia importante para os dois. Ela está fazendo tudo que está ao seu alcance para não ser deportada junto com a família para a Jamaica, enquanto que jovem coreano está indo para uma entrevista com um ex-aluno de Harvard que pode indicá-lo à instituição.

Ainda que a história central seja a mesma no filme e no livro, alguns detalhes são bem diferentes e podem chamar a atenção de quem está ansioso pela adaptação. Para ajudar a controlar as expectativas, o MdeMulher listou nove diferenças entre a obra literária e o longa. Confira:

1. As características dos personagens

No livro, Daniel e Natasha são descritos com características fortes, derivadas das culturas em que estão imersos. Enquanto que a protagonista tem um black power bem grande, o garoto tem os fios lisos e compridos, prontos para serem presos em um rabo de cavalo.

Já no filme, o ator Charles tem o cabelo curto e com leves ondas, enquanto que os cachos da atriz Yara têm uma curvatura mais próxima do cacheado e não do crespo.

Atriz Yara Shahidi no filme “O Sol também é uma Estrela”
(Imdb/Reprodução)
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Além das características físicas, Daniel e Natasha são bem mais intensos no livro. O protagonista é um apaixonado incontestável, enquanto que a protagonista está imersa na realidade de ser uma mulher negra prestes a ser deportada – o que justifica completamente o fato de que ela reluta em se relacionar emocionalmente com alguém.

2. A maneira como eles se conhecem

Já no trailer do longa, Natasha aparece com uma jaqueta (bem linda!) em que “Deus Ex Machina” está escrito atrás. No livro, a frase aparece da mesma forma, só que em um contexto diferente.

No filme, a expressão foi transformada no estopim para o rapaz coreano ir atrás da protagonista, já que coincidentemente ele escreve a frase em um poema no mesmo dia. No entanto, na obra original não é esse o gatilho do romance.

3. Quem é o melhor amigo do Daniel?

Totalmente diferente do livro em que o foco é no personagem de Charles, sem nenhum parceiro nas cenas, Daniel tem um melhor amigo negro no filme. Esse tipo de escolha pode ser interpretada como uma forma de apresentar o protagonista no longa como um homem oriental sem preconceitos. Enquanto que nas páginas literárias, não houve a necessidade desse recurso.

Só que mesmo sendo uma amizade interessante, ela é pouco trabalhada no filme e traz a sensação de que o melhor amigo não passa de um coadjuvante de toda a história.

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4. O livro se passa em apenas um dia e o filme não

No filme, situações importantes que Natasha e Daniel vivem são adiadas para o dia seguinte e, consequentemente, o casal tem mais tempo junto. No livro, tudo acontece num único dia.

Ainda que possa parecer mais coerente tantos momentos importantes acontecerem em dois dias, isso vai na direção oposta do que a autora tentou construir: a ideia de que a vida é tão intensa que tudo pode mudar em 24 horas – como se apaixonar verdadeiramente por alguém.

Atriz Yara Shahidi e ator Charles Melton no filme “O Sol também é uma Estrela”
(Imdb/Reprodução)

5. Como pode Natasha não sofrer pelo fone?

Pode parecer um mero detalhe no longa, mas a verdade é que a trombada entre Natasha e Daniel no livro é bem mais detalhada e impactante. Isso porque o fone de ouvido quebrado é o preferido dela, já que foi dado pelo pai e eles não têm a melhor relação na época em que a história está sendo contada.

Além disso, um objeto quebrado para a personagem da obra original de Nicola é bem mais difícil do que para a Natasha do longa. A protagonista no livro tem problemas financeiros ao ponto de não ter condições de consertar a tela do celular que também quebra no tombo que salvou a sua vida.

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6. O nome do advogado

Sem saber o porquê, o nome do advogado que ajuda Natasha a tentar reverter a decisão do Estado de ser deportada à Jamaica é diferente na adaptação cinematográfica. Enquanto que no livro, ele tem o sobrenome comum Fitzgerald, no filme ele foi chamado por Jeremy Martinez (John Leguizamo).

Mais do que nomes diferentes, os personagens também foram construídos com características diferentes. No livro, o advogado é bem mais duro e menos empático com a situação de Natasha. Já no longa, a cena é bem mais curta, o que faz com que os personagens sejam menos intensos nas reações e mais práticos.

7. As relações familiares

No livro, Nicola se preocupou em mostrar claramente a pressão de ter pais imigrantes. Já no filme, a ascendência dos personagens é colocada em segundo plano, enquanto que o romance entre eles é posto em primeiro.

Ainda que seja fofo ver a química entre Daniel e Natasha, a crítica social construída pela autora jamaicana deixa os personagens mais completos e a história mostra muito mais do que o amor. Portanto, saiba que as experiências literária e cinematográfica são completamente diferentes.

8. O apelido de Daniel

De um jeito carinhoso, Natasha aparece no trailer do longa chamando Daniel de “Sr. Gravata Xadrez”. No livro, o apelido fofo entre o casal é “Gravata Vermelha”, exatamente porque a roupa que o protagonista usa tem destaque pela peça em tom avermelhado.

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9. O amor explicado através da ciência

Para conquistar Natasha e explicar o amor por meio da ciência, Daniel sugere que a personagem de Yara participe de uma pesquisa científica capaz de provar o sentimento. No filme, o personagem de Charles aparece fazendo perguntas como se fossem criadas por ele mesmo. Já no livro, todas as questões fazem parte do estudo, o que ajuda a construir o romance do casal já que Natasha é apaixonada por ciência e acredita fielmente nela.

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