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Japan House estreia exposição sobre revitalização regional pela arte

A exposição 'Simbiose: a ilha que resiste' estreia em 30 de novembro e apresenta projeto realizado em Inujima, no Japão

Por Da Redação
29 nov 2021, 16h35
exposição simbiose
Exposição Simbiose na Japan House SP (Estevam Romena/Japan House)
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Nesta terça-feira (30), a Japan House São Paulo vai estrear a exposição “Simbiose: a ilha que resiste”, que fala sobre revitalização regional através da arte e da cultura. O projeto foi realizado em Inujima pela arquiteta Kazuyo Sejima, sócia fundadora do escritório SANAA e vencedora do prêmio Pritzker em 2010 e pela curadora Yuko Hasegawa, diretora do 21st Century Museum of Contemporary Art de Kanazawa.

Uma comunidade com aproximadamente 30 casas, onde a maior parte dos moradores são da terceira idade. Paisagem industrial abandonada, agora é tomada por arte e arquitetura integradas ao ecossistema local. Essa é Inujima, uma pequena ilha localizada no Mar Interior de Seto, no Japão, com apenas 0,54 km², “a ilha que resiste”.

A exposição reúne obras de arte, fotos, vídeos e depoimentos de moradores de Inujima. O projeto ficará exposto do dia 30 de novembro até 6 de fevereiro de 2022, com entrada gratuita. A obra conta ainda com uma grande representação arquitetônica do espaço geográfico da ilha, famosa por suas pedreiras, que atraíram o interesse da indústria ao local até meados do século XX.

exposição simbiose
Representação arquitetônica da ilha (Estevam Romena/Japan House)

“Os atuais habitantes passaram por diferentes momentos da ilha: de um passado industrial ativo até uma realidade de escassa atividade e pouquíssimos habitantes com faixa etária avançada, resultante em uma mudança radical de hábitos e interesses”, explica a diretora cultural da Japan House São Paulo, Natasha Barzaghi Geenen.

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“É um projeto que ultrapassa as lógicas do pensamento arquitetônico de práticas puramente construtivas, que exercita uma arquitetura mais experimental. Por meio da associação ‘arquitetura e arte’ propõe uma nova ocupação e uma nova maneira de se relacionar com o entorno. Sejima e Hasegawa criaram uma série de atividades para envolver os habitantes da ilha nesse lindo trabalho que estão realizando”, conta.

exposição simbiose
Exposição Simbiose na Japan House SP (Estevam Romena/Japan House)

A simbiose se dá pela convivência harmônica e mutuamente benéfica entre diferentes organismos – o passado e o contemporâneo, o meio ambiente e a ação humana, moradores e visitantes dessa ilha única.

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“Aos poucos, o projeto está mudando o panorama local. Trata-se de um processo de recriação e valorização da paisagem da ilha ao mesmo tempo que preserva e valoriza a sua história”, comenta a arquiteta Kazuyo Sejima, uma das responsáveis pela obra.

Além da exposição, o projeto também realizou revitalizações na ilha. Em destaque está a Casa F, com a obra de Kohei Nawa, artista de relevância internacional que apresentou uma exposição na Japan House São Paulo em 2017, e o Inujima Life Garden, um belo jardim ecológico localizado próximo ao vilarejo, a oeste da ilha, onde foi recuperada uma estufa de vidro e construído um café ao ar livre.

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Detalhes da exposição (Estevam Romena/Japan House)
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A proposta ainda oferece vários workshops e aulas para os habitantes locais aprenderem sobre a convivência com as plantas e com a natureza. E na residência artística, é oferecido um ambiente onde os artistas podem habitar e vivenciar o cotidiano da ilha enquanto desenvolvem seus projetos.

“A ilha toda está imbuída de um passado marcado, que ao invés de ser apagado, coexiste com uma renovação contemporânea importante e harmônica, que valoriza e inclui a população existente. É um interessantíssimo modelo de revitalização regional em desenvolvimento no Japão que pode servir de inspiração. Aqui no Brasil, podemos pensar em alguns paralelos muito bem-sucedidos como o Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG) e a Usina de Arte, em Água Preta (PE)”, acrescenta Natasha.

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(Estevam Romena/Japan House)
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A exposição não requer agendamento obrigatório e conta com recursos de acessibilidade. Depois do Brasil, o projeto viaja para Londres e Los Angeles dentro do programa de itinerância global da Japan House.

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