Esse especial da Netflix é perfeito para quem busca inspiração na vida
Se você tem questionamentos sobre o amor, a família e o trabalho, pode usar 1h16 da sua vida para ouvir as lições de Brené Brown.
Você está precisando de um pouco de inspiração na vida? Pois na última sexta-feira (19) estreou na Netflix “Brené Brown: the Call to Courage” (“Brené Brown: o Chamado à Coragem”, em tradução livre), um especial com pouco mais de uma hora de duração, mas que vai ecoar na sua cabeça por muito tempo. O nome em inglês não atrai, mas pode acreditar, será um tempo bem investido.
Brené Brown é uma pesquisadora norte-americana, formada em serviço social, que em 2010 fez uma palestra no TEDx Houston sobre o poder da vulnerabilidade. Ela já trabalhava com o tema, na universidade e em empresas, havia anos, mas a palestra, que foi assistida mais de 39 milhões de vezes, a tornou conhecida em todo o mundo. Brené defende que não é possível amar, viver bem e ser feliz sem ser vulnerável. E no especial ela fala um pouco mais sobre isso.
Autora do best seller “A Coragem de ser Imperfeito” (Editora Sextante), Brené faz uma mistura de stand up comedy com palestra para a plateia da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), e logo de cara avisa que vai falar de coisas difíceis, mas vai fazer rir, também. Com leveza, ela conta sobre como o TED Talk foi o clique para que ela entendesse que, se escolhesse viver ativamente, sem medo de se expor, ela também iria sofrer.
A principal lição de Brené é que coragem e vulnerabilidade não são opostos – pelo contrário. Ser vulnerável é ter a coragem de se expor sem ter qualquer controle do resultado final. E não dá para ser corajosa sem correr esse tipo de risco.
Durante o especial, a gente vê que Brené não fica só no discurso. Ela divide histórias pessoais em que a vulnerabilidade teve papel chave, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. E mostra que em diversos aspectos da vida, podemos nos beneficiar quando baixamos a guarda e nos deixamos ser vistas como somos.
Um dos exemplos de vulnerabilidade que ela dá é quando somos, em um casal, a primeira pessoa a dizer “eu te amo”. É um salto no escuro, abrimos nosso coração sem garantias do que a outra pessoa vai pensar, sentir ou dizer. Faz parte do jogo: se você quer mais intimidade e mais amor, tem que aprender a se abrir e se expor, mesmo sabendo que corre o risco de se magoar. Quem não tem essa coragem, pode passar a vida toda sem conhecer o amor.
Abraçar a vulnerabilidade também é um ótimo jeito de conquistar pertencimento. Segundo Brené, o oposto de pertencer é “caber”. Sabe quando tentamos nos encaixar em um lugar, turma ou situação, e para isso precisamos fazer pequenas mudanças no jeito que somos? Pois para pertencer basta ser você mesma e permitir que os outros vejam você exatamente como você é. Sabe quando você encontra pessoas que gostam de você por causa dos seus defeito, em vez de apesar de seus defeitos? Pois bem, é disso que ela está falando.
Finalmente, ela fala sobre o papel da vulnerabilidade no ambiente de trabalho. Em vez de fingir perfeição e se fechar em uma armadura, ela sugere que colegas e chefes estejam abertos para o risco de errar, para as conversas difíceis. O medo de arriscar mata a criatividade e a inovação. Ousar ser vulnerável e topar falhar leva a resultados muito melhores, de acordo com Brené.
Meio autoajuda, meio diversão, o especial de Brené Brown pode ser um ótimo jeito de encontrar a inspiração que está faltando para sua vida. Vale a pena usar 1h16 da sua vida para prestar atenção no que ela tem a dizer e, quem sabe, se abrir um pouco mais para o mundo. Afinal de contas, como ela mesmo diz, ser vulnerável é difícil, mas é muito melhor do que chegar ao fim da vida se perguntando “e se…?”