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Referência no mercado de consultoria de imagem, Rachel Jordan é especialista em comportamento profissional e atua como consultora, mentora e palestrante para empresas e pessoas que desejam desenvolver suas habilidades emocionais e alavancar a carreira. Co-autora do Livro À Sua Moda – 4Talks, Rachel também ministra cursos e workshops na área
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O desafio da volta ao trabalho com escolas e creches fechadas

O cenário mudou e as antigas redes de apoio não estão disponíveis. Mas vai dar certo!

Por Rachel Jordan
16 jun 2020, 16h41

Há três meses, quando o isolamento social foi adotado como a medida mais eficaz no combate à pandemia do novo Coronavírus, não foram poucas as famílias que se viram diante de um difícil quebra-cabeças a ser montado. A missão era conciliar o trabalho em Home Office, que para muitos era uma experiência totalmente inédita, com a atenção em tempo integral aos filhos, já que escolas e creches se viram obrigadas a paralisar suas atividades para conter o contágio da doença, além da organização da casa.

Naquele cenário tão novo para todos, o grande desafio foi encontrar soluções para encaixar todas as peças dentro da nova configuração que se instalou em nossas vidas e mudou radicalmente nossa rotina. Em meio a toda essa situação, nós, mulheres, arcamos com o ônus maior de tantas mudanças em tão pouco tempo.

Além da jornada dupla, que já faz parte do cotidiano das mulheres que estão no mercado de trabalho, acumulamos novas funções para que tudo seguisse da forma mais organizada e saudável possível, sem perder o foco no emprego. Estamos exaustas e abaladas emocionalmente com a montanha russa em que se transformou nossas vidas ao longo desses últimos vezes. Os obstáculos ainda estavam sendo vencidos quando fomos apresentadas (os) a uma nova questão que tem tirado o sono de muitas (os) de nós. Com a retomada gradual da economia, que já está acontecendo em muitas cidades do país, especialmente em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, muitas empresas estão convocando seus funcionários para retomar ao ambiente de trabalho. E esse é o ponto que nos causa preocupação, não é mesmo?

Como voltar ao trabalho se as escolas e creches continuam fechadas e nossa rede de apoio, pessoas com quem sempre contamos em casos de emergência, como avós, familiares e amigos não estão disponíveis nesse momento? Afinal de contas, muitos pertencem a grupos de risco e ainda estão se resguardando, ou se recuperando, da Covid-19. Sem falar no fantasma do desemprego que anda povoando nossas cabeças por conta da grave crise econômica em que o país mergulhou. É um momento muito difícil e de muita apreensão porque mais uma vez teremos que encontrar uma solução rápida para atender ao novo normal que se apresenta de forma muito diferente para todas nós. Existe um novo comportamento social e precisaremos nos rearrumar dentro dele.

Meu conselho nesse momento é: mantenha a calma, vamos encontrar saídas. É fato que essa pandemia foi devastadora do ponto de vista sanitário provocando, até agora, mais de 40 mil mortes. Mas, ao mesmo tempo, revelou um ponto positivo: a enorme corrente de solidariedade e empatia que surgiu diante de um quadro tão grave como o que estamos vivendo.

É sobre essa rede que precisamos nos lançar. Sabemos que é praticamente impossível recorrer aos esquemas que armamos durante as férias escolares ou em outras situações que já dominamos. Afinal, o cenário é completamente diferente. A primeira coisa a ser feita é conversar de maneira franca e serena com o seu gestor, expor exatamente quais são as suas limitações para a volta ao trabalho e propor que juntos pensem numa estratégia para ser adotada até que as crianças voltem para as escolas e creches. Essa atitude demonstrará que você tem inteligência emocional para lidar com novas situações. É o momento de fortalecer a sua marca profissional com tranquilidade e equilíbrio.

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Sabemos que mais uma vez iremos nos deparar com as desigualdades existentes entre homens e mulheres. É preciso, mais do que nunca, lutar pela equidade de gênero. As empresas terão que mudar o olhar e entender que para a mulher o retorno ao trabalho presencial será muito mais complexo do que para o homem. O bom senso de todos precisará prevalecer. Como poderemos trabalhar e produzir de maneira positiva sem ter a certeza de que nossos filhos estarão devidamente protegidos e atendidos em suas necessidades nesse momento tão complicado? Não podemos nos esquecer de que muitas mulheres cuidam de suas crianças sozinhas, sem a presença masculina, e estão se sentindo completamente desamparadas nessa situação. As empresas também precisarão oferecer acolhimento especial a essas profissionais.

(FatCamera/Getty Images)

São muitas perguntas ainda sem respostas, mas proponho a vocês algumas reflexões que podem nos ajudar a tentar resolver o problema ou, pelo menos, minimizar a questão.

Home Office – Explique ao seu gestor todas as suas dificuldades, principalmente se seus filhos forem bem pequenos e precisarem de cuidados especiais. Proponha a manutenção do Home Office até que creches e escolas voltem a funcionar normalmente. Se comprometa a oferecer o melhor do seu trabalho e a apresentar os resultados que a empresa espera de você nesse momento.

Crianças no trabalho – Dependendo da atividade que você exerce, da idade do seu filho e das instalações da sua empresa, talvez exista espaço para propor que a criança possa ir com você para o trabalho. É uma situação extrema, longe de ser a ideal para você, para o seu filho e para a empresa. Mas se não houver flexibilidade da empresa em relação à manutenção do Home Office, talvez essa possa ser uma alternativa.

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Flexibilidade de horário – Caso tenha alguma rede de apoio que possa atender parcialmente a sua necessidade, como a ajuda de uma pessoa da família ou de uma amiga, proponha flexibilidade de horário. Explique, por exemplo, a situação das aulas virtuais, que exigem o olhar dos pais por perto para que a criança cumpra as suas tarefas escolares de maneira adequada. Neste caso, sugira chegar mais tarde ou sair mais cedo do trabalho.

Rede de Apoio – Tente encontrar uma nova solução fora da rede familiar que nesse momento está impossibilitada de ajudar. Normalmente, as mães da escola formam um grupo de apoio para trocar informações sobre os pequenos. Quem sabe uma delas tenha um pouco mais de disponibilidade e possa ajudá-la de alguma forma. A palavra do momento é solidariedade.

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