Não é fácil amar na maturidade. Mas compensa. Fecho os olhos e me lembro do primeiro amor, o beijo inocente, o coração disparado. Avanço para sarros e gozos. Vem a a penetração em muitos orifícios. Cenas de assédio. Amores errados. Casamentos, separações, idas e voltas com figurinhas repetidas e enfim, chegamos à maturidade.
Sozinhas, infelizes, machucadas. Ou plenas, agradecidas e casadas. Tem vários modelos vigentes. Mas urge uma avaliação. Eu fiquei sem beijar na boca por longos 4 anos para depois me casar novamente. Vivi a fase encalhada para, em seguida, muvucar no junto e misturado. E amo amar na maturidade. É mais presente. Consciente e ao mesmo tempo simples.
As histórias de amor eterno já se foram. A necessidade de agradar a qualquer custo também. Sobrou você. Você diante do amor. O que fazer? Eu decidi amar o amor. O objeto – sujeito marido – é o vetor, mas meu interesse maior é no sentimento. O amor ensina a ser paciente, humano, presente.
Convido a todos que estão tendo a oportunidade de amar novamente na maturidade que aproveitem. Mergulhem dentro do coração e busquem a verdade do afeto. Aquele que é plasma vital na corrente sanguínea. Aquele que leva ao autoperdão. Tem sexo. Tem lábios. Tem pênis. Mas, sobretudo, tem sabedoria.
Quero um amor tranquilo que me leve de volta ao que sou mas que ao longo da vida fui me esquecendo apenas para agradar aos outros. Amar na maturidade é a chance de se devolver a si. Um caminho de volta a origem de tudo. Cupido, obrigada.
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