Waldick Jatobá: Das finanças ao design
“Antes de comandar a feira Made – Mercado, Arte, Design, Waldick Jatobá transitava por números, planilhas e relatórios do mercado financeiro como diretor-geral do escritório de um banco português em São Paulo. Quando a instituição fechou as portas, o economista baiano resolveu abraçar uma paixão antiga. “Sempre colecionei design vintage, mas me interessei de […]
“Antes de comandar a feira Made – Mercado, Arte, Design, Waldick Jatobá transitava por números, planilhas e relatórios do mercado financeiro como diretor-geral do escritório de um banco português em São Paulo. Quando a instituição fechou as portas, o economista baiano resolveu abraçar uma paixão antiga. “Sempre colecionei design vintage, mas me interessei de fato pela produção contemporânea quando fiquei amigo de Humberto e Fernando Campana, há cerca de dez anos”, conta. Da convivência com os célebres irmãos designers e a observação do cenário brasileiro veio a ideia do salão Design São Paulo, realizado em 2011 e que dois anos mais tarde se desdobraria na primeira edição da Made (nome que Waldick pronuncia com o “a” aberto). A meta, como explica, é apresentar ao longo de cinco dias uma seleção do design nacional e internacional, além de promover palestras, seminários e exposições. Entre os convidados da edição de 2014 figuraram o arquiteto japonês Sou Fujimoto com a instalação Bulb Cloud, feita com cerca de 1,3 mil lâmpadas. “O interesse pelo design está crescendo no Brasil, mas o jovem profissional ainda enfrenta muitas dificuldades”, constata. “Só recentemente a indústria moveleira nacional parou de tentar copiar o móvel italiano e passou a prestar atenção nesta nova geração de criadores.” Animado com a repercussão do evento, Waldick já traça planos para o futuro: “Quero levar a Made para outros países”, revela.