Traços mínimos e influência oriental na Semana de Design de Paris
Na Semana de Design de Paris, móveis e acessórios delicados e femininos atraíram os olhares.
Uma onda oriental invadiu Paris. E não estou falando dos milhares de turistas chineses e japoneses que fazem fila nas lojas da Avenida Champs-Élysées. Falo da bela exposição Le Japon, no magazine Le Bon Marché, com excelente seleção de roupas e produtos para a casa, e também dos lançamentos apresentados na feira Maison & Objet, nos pavilhões do Paris Nord Villepint, além de algumas mostras da Paris Design Week – eventos que ocorreram na primeira quinzena de setembro e, sem dúvida, influenciarão o consumo na próxima temporada. As estampas delicadas e certos elementos da cultura asiática estiveram presentes, inclusive, em marcas ocidentais, como na finlandesa Marimekko e na francesa Petite Friture. Outra tendência detectada na Cidade Luz é o desenho minimalista. Chamaram a atenção móveis, luminárias e objetos refinados e superleves, que economizam matéria-prima e, por isso mesmo, tornam-se quase imperceptíveis. Nesse sentido, a maior influência vem do design escandinavo. Por fim, uma terceira percepção: o resgate do passado. Grandes mestres dos anos 1940 e 1950, como o dinamarquês Arne Jacobsen (1902-1971) e o italiano Giò Ponti (1891-1979), tiveram peças relançadas e dividiram os holofotes com estrelas do design atual, a exemplo da eslovena Nika Zupanc e do nipo-canadense Oki Sato, criador do estúdio Nendo.