PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Seis edifícios para entender a nova arquitetura do Chile

De norte a sul, o país tem ricos exemplos de bom projeto

Por Texto: Nilbberth Silva
Atualizado em 25 Maio 2022, 14h15 - Publicado em 11 jan 2016, 16h52

O Chile está com tudo – pelo menos em termos de boa arquitetura. O país tem profissionais ousados, que releem o modernismo com suas construções expressivas de concreto e aço. Por outro lado, os profissionais adaptam os edifícios às necessidades atuais e criam espaços que parecem saídos de um sonho.

Nomes reconhecidos mundialmente despontam no país, que tem apenas 17 milhões de habitantes. Um deles é Alejandro Aravena, escolhido para dirigir a Bienal de Veneza em 2016 e ganhador do Pritzker nesse ano, famoso tanto por seus prédios de forma incomum quanto por seus projetos de habitação social que priorizam as necessidades dos moradores. Outro ícone é Smiljan Radić, chamado a projetar a Serpentine Gallery em 2014.

Conheça alguns dos projetos mais interessantes criados nos últimos anos de norte a sul do país andino.

01

1. Vinícola Vik, em Milahue. Não é bom competir com a Cordilheira da Costa, no sul do Chile, e as planícies que parecem não ter fim. Respeitoso, o arquiteto Smiljan Radić criou um edifício semienterrado para produzir vinho e receber os turistas que degustam a bebida.

02
Continua após a publicidade

Na chegada, os visitantes encontram um jardim de pedras instalado meio à água que resfria os barris. Uma cobertura de lona dupla cobre a linha de produção. E, na outra ponta do edifício, cortinas de vidro emolduram o vinhedo. Vale a pena degustar o vinho por ali, cercado pela enorme escala da paisagem.

03

2. Quinta Moroy, em Iquique. A variedade de cores e formatos nas fachadas já revela: esse projeto de habitação pública é incomum. A equipe do estúdio Elemental projetou casas construídas pela metade. Dessa forma, as cem famílias beneficiadas poderiam terminar de erguê-las com suas ideias e recursos. O projeto de 2004 cooperou para dar a Alejandro Aravena o Leão de Prata na Bienal de Veneza de 2008.

04
Continua após a publicidade

Os arquitetos criaram prédios que ocupam pouco espaço do solo e têm vazios entre si. A solução garantiu aos moradores a chance de viver em um terreno central na cidade, mesmo com o orçamento de apenas 7 500 dólares por casa. Como resultado, as famílias têm melhor acesso a empregos e aos serviços públicos.

05

3. Faculdade de Economia e Negócios Diego Portales, em Santiago. Essa escola é formada por três pesados edifícios de concreto, mas são os terraços, escadarias e aberturas que tornam o projeto especial. A sede da pós-graduação é um cubo com um pátio central. Janelinhas quadradas e grandes aberturas cortam o volume. A graduação ocupa um edifício lâmina, cujos corredores são protegidos apenas pela quebra-sóis da fachada. O prédio da base conecta os edifícios e abriga áreas de uso coletivo, como cafeteria, biblioteca e a cobertura jardim.

06
Continua após a publicidade

4. Museu do Deserto do Atacama, em Antofagasta. Esse edifício não se destaca no horizonte, pois seu principal objetivo é valorizar o Parque Cultural Huanchaca. Justo: aqui as ruínas de uma fundição de prata do século 19 contrastam com a enormidade do deserto e do Oceano Pacífico. O museu de concreto tem o formato de uma caixa, cortada por pátios e janelas de vidro. Cinco rampas levam ao terraço. De lá é possível observar as ruínas e vivenciar o encontro entre o mar e o Atacama. O projeto é dos arquitetos Ramón Coz, Marcos Polidura e Ignacio Volante.

07

5. Capela do Retiro, em Auco. Nas procissões, os fiéis carregam as estátuas dos santos em plataformas suspensas. Essa imagem inspirou o arquiteto Cristián Undurraga a criar uma igreja implantada em uma escavação no terreno, mas cuja estrutura não toca o fundo. As quatro empenas de concreto do edifício se encontram a centímetros do solo para formar as paredes e sustentar o teto.

08
Continua após a publicidade

Abaixo das paredes, lâminas de vidro deixam a luz entrar e protegem os visitantes das intempéries. O interior tem painéis criados com dormentes de trem reciclados – o crucifixo é seu único ponto de atração. A decoração sóbria contrasta com a amplidão do deserto e dos Andes no exterior.

09 (1)

6. Museu da Memória e Direitos Humanos, em Santiago. Os arquitetos criaram um prédio lâmina com 80 metros de comprimento, pilares resistentes a terremotos e vão livre de 57 metros. Abaixo do terreno, um espaço público convida as pessoas a se juntarem sem medo – algo impossível durante a era Pinochet. Do lado de dentro é possível enxergar o exterior, graças ao fechamento com paredes de vidro misturado a uma malha de cobre. O edifício tem autoria dos arquitetos Carlos Dias, Lucas Fehr e Mario Figueroa, que trabalharam do Brasil, e Roberto Ibieta, baseado no Chile.

10 (3)

A ditadura militar do Chile teve 30 mil vítimas – dentre as quais 3 mil morreram e 1200 desapareceram. Um monumento a tanta dor, esse edifício tem exposições dedicadas às pessoas que sofreram violência no país e ao estado dos direitos humanos no mundo.  

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.